Em suas Mãos (Barak 2) romance Capítulo 29

— Masa'u Al-Khair. Você depois irá no meu quarto?

Eu não posso fazer nada, além de olhar para ela. Eu sinto que minhas entranhas torcendo em todas as direções erradas, e eu tenho o desejo doente de transar com ela.

Allah! Eu a odeio por ela viver sua vida patética.

E eu aborreço sentir o desejo que eu sinto.

Porque, realmente, tudo o que fiz nesses nove dias foi pensar nela. Eu fecho meus olhos para quebrar a ligação do seu rosto tentador, do seu cheiro de rosas e jasmim.

—Não. Estou cansado. Hoje não estou afim de representar.

Khadija me olha sem entender.

Sim, eu vou te evitar.

Eu saio da sala antes que eu fique duro e começasse a pensar com a cabeça errada. Suas negativas não irão me frustrar mais.

Uma hora depois estou de banho tomado e usando um calção no meu quarto.

Foi muito bom abraçar meu pai. Revê-lo. Contar-lhe como foi minha viagem à Acapulco, participar-lhe como tudo evoluiu bem.

Mais um hotel instalado e lucrativo!

Eu deveria estar feliz, mas me sinto entediado. Faço tudo para o bem dos negócios, mas aquela alegria que eu tinha pelo meu trabalho ficou para trás, em algum lugar da minha vida. Eu pareço uma máquina de fazer dinheiro. Eficiente, sem sentimentos.

Sempre gostei de tirar o proveito máximo de uma competição e com perspicácia derrotar meus adversários, sem dó. Fora a satisfação de multiplicar meus lucros com golpes certeiros no mercado financeiro.

Despedir-me do meu velho há nove dias atrás para viajar foi como passar sal na minha ferida. Não foi fácil cuidar dos negócios da família e não saber se meu pai ficaria bem. Tive medo de me despedir pela última vez dele. De me ligarem com a triste notícia que...

Afasto os pensamentos abalado. Não quero pensar nisso...

Incapaz de dormir, meus pensamentos seguem em direção a lugares que eu não quero visitar. Khadija!

Então me levanto da cama e começo a desfazer as minhas malas, estou me esforçando para não ficar pensando no inferno dessa mulher que ultimamente está me fazendo perder o sono. Meu foco em manter tudo no campo físico, sem sentimentos, está saindo do meu controle.

Preciso tomar as rédeas da situação!

Mala desfeita, deito-me na escuridão da cama com as mãos apoiadas no colchão e tento dormir.

Nada!

Inevitavelmente começo a lembrar dos dias que estive fora, lembranças entrelaçadas com Khadija.

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