Em suas Mãos (Barak 2) romance Capítulo 34

Resumo de Khadija, não estou falando de sentimentos.: Em suas Mãos (Barak 2)

Resumo do capítulo Khadija, não estou falando de sentimentos. do livro Em suas Mãos (Barak 2) de Sandra Rummer

Descubra os acontecimentos mais importantes de Khadija, não estou falando de sentimentos., um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Em suas Mãos (Barak 2). Com a escrita envolvente de Sandra Rummer, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

À noitinha, sete horas, Rashid chega do trabalho. Ele está vestindo um terno de cinza chumbo, o blazer pendurado no braço. Ele está carregando uma pasta de couro preta. Sua camisa branca tem as mangas arregaçadas, os dois primeiros botões estão abertos, dando um leve vislumbre de seu peito bronzeado e tonificado.

Quando ele me avista, sorri.

—Oi. —Eu digo, ainda sentada no sofá. Lembrando-me das falas dele, ontem.

Ele me procura. A iniciativa será sempre dele.

Rashid deixa a pasta no sofá e se aproxima de mim.

—Oi. Vem cá.

Respiro fundo e me levanto. Afasto a emoção que me domina para o mais profundo do meu interior. Tento aparentar tranquilidade, mesmo quando ardo de desejo em vê-lo.

Logo sou envolvida por seus braços. Eu encosto de leve minha cabeça no peito dele. Sinto com prazer seu cheiro maravilhoso, seu corpo quente no meu. Ele me abraça mais. Procura meus lábios e os beija com ferocidade. Por fim consigo lhe mostrar a extensão do meu desejo. Estamos agora famintos nos braços um do outro. Sinto o cume alto em sua calça. Tão rijo e perfeito. Estremeço.

—Vem, vamos ao seu quarto, quero falar com você.

Estou me sentindo vulnerável. Ou seja, suscetível a ser ferida ou magoada; minha guarda aberta a tentações.

No meu quarto, sentados na minha cama, ele sorri de modo afetuoso para mim. Resisto. Não posso babar pelo som da sua voz cálida, pela gentileza de seu olhar.

Não estou totalmente desesperada. Minto para mim mesma.

Allah! Preciso entender tudo isso direito.

—Nosso relacionamento está aonde eu sempre quis que ele chegasse... eu te desejo ardentemente. —Ele respira fundo. —Sou sincero em dizer que te desejei no momento que coloquei meus olhos em você. —Ele ergue a mão e passa nos meus cabelos. Engulo em seco com suas palavras. —Estou feliz que finalmente tenha se dado conta que é hipocrisia continuarmos negando o que nossos corpos clamam.

Uma esperança que ele pode estar se apaixonando agita meu coração.

—Seja mais claro. —Eu peço.

—Khadija, não estou falando de sentimentos. Continuo a favor da nossa autopreservação. Quando isso tudo acabar, seguiremos caminhos diferentes. Eu digo bater na tecla do falso moralismo. Você não vem de uma família tradicionalista, você nem era virgem quando te tomei. Por que negar tanto desejo? Permita-se transbordar. Permita-se esquecer o que te atrasa. Permita-se começar sem pensar no trágico. Permita-se ser livre. Livre de qualquer coisa que não lhe deixe enfim, permitir.

Eu consegui encará-lo sem demonstrar qualquer sentimento.

—E?

Rashid sorri e beija meu rosto, cada pedacinho dele de forma sedutora, me provocando. Então se afasta e me encara.

—E você não irá se arrepender. Sei que o tempo está passando, nós estamos correndo contra o tempo. Você sabe que investiguei sua vida. Então quero que saiba que quando tudo isso acabar, eu te deixarei bem.... —Ele fala carinhoso, passando a mão gentilmente pelos meus braços. —Não quero te ver naquela vida que eu te encontrei. Com o valor que te darei, você poderá estudar, refazer sua vida...

Tenho vontade de mandar ele ir a merda, mas me lembro da conversa com o Sheik.

—Rashid, você está me tratando como uma prostituta de luxo. Você está me pagando por meus serviços?

Rashid segura meus ombros.

—Khadija, eu posso não transparecer, mas eu me preocupo com você. Só isso. Não veja maldade nas ações que quero tomar. Quero sua felicidade. Quero te ver bem.

Eu me odeio olhar para ele e acreditar, por um momento que seja, que ele se importa comigo. Como se realmente ele queira me ajudar.

—Certo, então sua intenção é me ajudar? —Eu pergunto parecendo casual, mas dentro meu coração está apertado. Lambo meus lábios e faço uma pausa. Porque agora seus olhos estão em meus lábios.

Rashid colocou o polegar neles.

—Você não sabe como você me deixava louco quando fazia isso. Inconscientemente, eu sei.

Ele me puxa para ele e sua boca toma a minha de repente, ele estremece de prazer e eu junto com ele. Seu cheiro único me envolve e eu derreto em seus braços. Seu beijo se torna intenso, tanto que pensei que ele arrancaria minha roupa e faríamos amor novamente. Mas depois de um tempo ele me solta, ofegante desvia seus olhos dos meus. Observo seu perfil perfeito, do jeito que ele molha o seu lábio inferior, e como o movimento de sua cabeça faz uma mecha de cabelo negro cair uns centímetros sobre sua testa.

Ele me encara novamente.

—Eu tomei a liberdade de marcar uma consulta médica para você e para mim, amanhã. Quero te sentir inteirinha, sem impedimentos. Mas preciso deixar claro algumas coisas. Algumas regras.

Eu respiro fundo.

Sim, o Rashid casual se foi, e quem assume agora é o Rashid em sua demonstração de poder.

Não reaja. Digo a mim mesma. Aceite. Você está envolvida com ele mesmo. Você já se ferrou. Já está apaixonada por ele. Jogue com suas regras. Vamos ver até onde isso vai dar.

—Que regras? —Pergunto, valendo-me de toda a minha paciência.

—Bem, o médico irá te receitar um anticoncepcional, ou outro contraceptivo que você preferir. Então, você estará por sua conta e risco. Se for as pílulas, você não deverá esquecer de tomá-las, nenhum dia. Por isso faço questão que ele a oriente o que é melhor. Mas caso fique grávida, não haverá acordo entre nós. Você terá esse filho, mas ele será meu. E eu tenho influência e poder para conseguir isso.

Meu coração se debate como um pássaro preso em uma gaiola. A gaiola do amor. Sim, eu o amo. Tenho dois corações refletidos nos meus olhos. Só o amor me fará concordar com toda essa loucura, entrando no jogo dele para ver aonde isso irá chegar.

Tenho vinte e cinco anos já, madura o suficiente pelos meus atos. E eles dizem para ter fé. Rashid irá acabar descobrindo que essa atração que ele sente, essa fascinação é amor.

Olho para o rosto de Rashid, vejo seu olhar me avaliando. Sei que preciso dizer alguma coisa rápido, para impedi-lo de ler meus pensamentos:

—Mais alguma coisa?

Ele ri debochado, então seus olhos brilham diabolicamente para mim e sua expressão muda, fica mais intensa. Seus olhos descem para minha boca. Algo acontece. Seus traços ficam carregados, seu olhar bruto. Há algo perigoso nele e isso me arrebata ainda mais.

—Estou feliz. Você não sabe o quanto.... Agora sinta e se entregue ao que somos incapazes de resistir. —Ele diz rouco e me inclina no colchão. Seus lábios vão para o meu pescoço.

Ofegante, pressiona sua testa contra a minha, seu corpo ainda vibrando. — Isso foi incrível...

Nossas respirações ainda estão descompassadas. Eu dou-lhe um leve sorriso.

Ele deposita um beijo nos meus lábios e joga seu corpo para o colchão. Minutos depois, eu me arrisco a olhar para ele. Seu cenho está franzido. Isso aperta meu coração. Minha respiração fica imóvel quando logo o vejo deslocado. Agitado, como se quisesse correr agora dali.

Eu me cubro e o encaro séria.

—Pode ir. É isso que quer fazer, não é?

Ele me observa cuidadosamente. Sua tensão preenche todo o ambiente. Ele respira fundo e se senta. Olha para mim, então espero por sua reação, todos os meus músculos ficam tensos para que sua resposta não consiga me machucar, mas ele não fala nada.

Como previ, ele se levanta da cama e começa a se vestir. Fecho os olhos, para não ver essa cena, ouvindo seus movimentos.

Escuto o som do zíper de suas calças subindo.

—Amanhã iremos cedo fazer os exames. — Diz, sua voz desprovida de emoção.

Eu o encaro. Seguro as lágrimas. Não quero me desmanchar na frente dele. Eu preciso que ele me veja forte.

—Está certo.

—Ah, esqueci de te dizer que sou o novo embaixador das ações filantrópicas, estou substituindo meu pai. Amanhã eu receberei em nome dele, uma homenagem e assumirei seu posto.

—Então não irei te ver, é isso?

—Não, Khadija. Amanhã você irá me acompanhar a esse jantar.

—Está certo.

—Você adora essa palavra “Está certo”. —Ele me imita com um sorriso.

Essa é boa!

Seus olhos passam por mim deitada na cama.

— Diga como parar de querer você, por favor. Eu não tenho a menor ideia, porra.

Ele se inclina e me dá um beijo profundo, por mais tempo, com mais intensidade, sedução crua.

Então se afasta, com um sorriso sai para fora do meu quarto e um momento depois o vazio me toma.

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