Em suas Mãos (Barak 2) romance Capítulo 38

Eu o afasto e o encaro.

—No que eu te provoquei agora?

—Não se faça de desentendida.

Meu rosto fica quente.

— Ele estava apenas sendo simpático.

— Sim, muito simpático. — Ele diz jocoso, então me olha com intensidade. —Esse homem não tirava os olhos de você, desde que chegamos.

Allah! Eu não vi nada disso. Ele está falando isso só para dar um peso maior na situação?

—Eu não reparei. Na verdade, eu nem o tinha visto, até ele surgir na minha frente.

Lábios quentes procuram meu pescoço, arranhando minha carne. Seus dentes mordem suavemente no início, e, em seguida, com força suficiente para me fazer lamentar. Sai de mim um gemido baixo e eu estremeço, as palmas das minhas mãos empurram seu peito, mas ele não permite e sua dança sensual me envolve. E eu sou enfraquecida por seu corpo se mexendo num ritmo quente, lentamente, roçando o meu. Estou à beira de perder minha mente.

—Quando você está na minha cama, você é minha. — Sua voz rosnada faz minha pele queimar.

Não consigo deixar de sentir uma onda de gratidão por estar em seus braços, de pertencer a ele. Ainda amarrada àquele amor fulminante. Seu jeito, suas palavras ofuscam o pensamento que ele é um bastardo sem coração, arrogante.

Ele me afasta um pouco e leva uma das minhas mãos até o peito, sua cabeça abaixa e ele a beija sensualmente. Seus olhos procuram os meus. Ele diz rouco:

—Estou louco para arrancar sua roupa. Você tira meu fôlego, baby. Você está tão linda que quero esquecer meu lado mouro e aflorar o latino dos meus antepassados. Seu corpo será meu violão espanhol e eu quero tocar você a noite inteira. Tirando cada nota, com seus gemidos até o amanhecer. E eu serei sua melodia, irei de terna a vibrante e você preencherá meu coração com seus gemidos com cada acorde que eu tocar.

Eu estou sem fôlego só de me imaginar como ele falou. Meu corpo o violão tocado por seus dedos de forma ágil e vibrante.

Suas palavras e a paixão refletida em seus olhos negros me desestruturam por completo. Seus olhos são muito convincentes, eles dizem que ele é louco por mim. Rashid para de dançar e me aperta fortemente num abraço que parece eterno. Ele está me levando à loucura, não consigo evitar. Eu sou louca por esse homem.

Allah!

Eu abro os olhos e dou com os olhos negros dele sorridentes.

— Desculpe-me por ter dormido em cima de você. — Eu digo para sua expressão divertida.

—Você parecia cansada. Deu dó ter que te acordar. Seu rostinho estava tão sereno. Você parecia tão bem... tão confortável...

Sim, ali era o melhor lugar do mundo. Reparo que a porta do carro já está aberta ao lado dele. Ele desce e estende sua mão para mim.

—Vamos?

Coloco minha sobre a dele e saio do carro. Ele olha para nossas mãos e entrelaçadas seus dedos nos meus. Seu polegar me acarinha, e eu me permito aproveitar o roçar suave da nossa pele. Rashid me envolve. Caminhamos para o interior da mansão abraçados. Esse gesto pode parecer banal, mas eu amo isso. Eu me sinto tão intima dele.