Eu estou na All in. Uma boate elitizada. Estou à procura de sexo com alguma desconhecida. As ofertas não são escassas. Enquanto eu deslizo uísque pela garganta observo as mulheres sentadas num banco de couro vermelho ao meu redor, acomodadas numa grande mesa.
Nessa noite estou tendo sérios problemas para me concentrar na loura de lábios enxertados, seios cirurgicamente aumentados, ou na morena-alta de corpo bem feito, ou na oriental seminua dando aquele olhar que significa “vai em frente”.
Estou distraído, ocupado demais observando uma garota do outro lado do salão. Não estou a observando essa loira pelo fato de ela ser bonita, com seu vasto cabelo loiro caindo sobre os ombros e belos olhos verdes. Nem mesmo pelo vestido que marca seu corpo perfeito.
A garota bebe sozinha no bar. Alguns rapazes surgem ao lado dela, mas não tem cacife para despertar sua atenção. O motivo de observá-la é que eu estou me sentindo enfadado, mesmo quando as garotas tentam chamar minha atenção, rindo, puxando conversa.
Irritado em ouvir um bando de mulheres falantes. Eu me levanto de repente e decido vou até ela.
É com ela que irei satisfazer o grandão!
Apartamento da família Barak, minutos depois...
A língua macia e úmida passa pela minha barriga, sobe pelo meu pescoço, mas quando seus lábios vão em direção a minha boca, eu não permiti e a brequei.
—O que foi? —Ela pergunta ofendida.
—Nada. Estava bom aí. Continue onde estava.
Em reposta, a garota suga meu dedo para dentro da boca, sorri e escorrega os lábios no meu peito. Eu não posso dizer que isso agita as coisas dentro de mim. Até agora, desde que a peguei, espero o raio de eletricidade acender entre nós. Aquela deliciosa conexão que eu sentia com Khadija, mas nada!
Fecho os olhos com força afastando meus pensamentos dela. Tentando apreciar o que a boca dessa loirinha pode me proporcionar. Mas dentro da minha cabeça imagens de Khadija começam a me assolar. A agonia dentro de mim aumenta e abro os olhos. Vejo a garota com a boca no grandão.
Esqueça essa mulher! Ao menos por agora! Deixando essas divagações de lado, tento relaxar e começo a apreciar as sensações que ela está me provocando.
Então ordeno afastando-a de mim:
—Vire-se.
Sem qualquer pudor ela se vira. Tento encontrar atrativo no traseiro bem feito da garota. Mas para mim parece um pedaço de carne exposta. Até o perfume dela começa a me dar náuseas.
Sinto-me abalado por constatar que algo em mim mudou. Sem vontade de dar continuidade em tudo isso, eu quase desisto. Mas meu ego masculino, aquela coisa de macho que deve ir até o fim não me deixa abandonar tudo.
Coloco a camisinha e a pegando de jeito, a penetro. Ela geme alto. O som lascivo que sai de sua boca fere meus ouvidos.
Com raiva desenfreada de tudo e todos, começo a me mexer com força na esperança de afastar aquela confusão de sentimentos da minha cabeça.
Quando tudo termina, me sinto vazio. Eu nunca me senti tão vazio em toda a minha vida.
Eu controlo o sentimento ruim de dentro de mim e digo num tom calmo:
—Garota, não me leve a mal, mas gostaria que fosse agora.
Ela aperta os lábios e começa a pegar suas coisas do chão, fico lá olhando para ela se vestir. Suas mãos tremem de nervoso. Então ela me olha, parece estar por um fio, as palavras ferinas estão para sair de sua boca. Ela parece então tomar coragem.
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