Em suas Mãos (Barak 2) romance Capítulo 66

Quatro dias depois de descobri que o médico sabe de Khadija. E uma semana e quatro dias longe dela...

Allah! Até quando ficarei no escuro?

Rashid

Descobri que o médico tem namorada. Ela frequenta sua casa constantemente. Meus homens flagraram um beijo de despedida na porta de sua casa. Essa informação melhorou o meu humor, embora ainda eu esteja angustiado por não encontrar Khadija.

Tem sido dias infernais, às vezes me perco na minha tristeza, sem conseguir prestar atenção em nada. As pessoas falam comigo, mas eu não consigo ouvi-las.

A secretária às vezes me passa documentos para assinar e muitas vezes eu tenho que ler três vezes para entender, pois eu não consigo me concentrar. Estou tão desligado de tudo e todos e tão ligado ao meu passado com Khadija que isso tem atrapalhado o andamento do meu trabalho.

Os finais de semana são piores. Eu me sinto mais angustiado. Ando pela casa como uma alma penada ou no meu quarto como um animal enclausurado.

Não consigo comer direito, não durmo direito. Khadija sempre na minha cabeça. Eu me sinto perdido e sei que ela é a chave para eu me reencontrar.

Estou vivendo dias sem sentindo. Eu morro de saudades e preocupação. A droga toda é que eu tenho acesso a conta que fiz para ela. Khadija não usou até agora o dinheiro. Isso tem me deixa angustiado e tem me feito me sentir culpado.

É horrível essa impotência de não saber o que fazer.

A conclusão que cheguei é que ela está com alguém, que está a amparando nesse momento.

Mas onde?

O que ela tem feito?

Como ela tem se sustentado?

Se eu pudesse voltaria atrás no tempo, faria tudo diferente, sem toda a minha prepotência em achar que eu era autossuficiente. Era um tipo de homem que tinha esse lado bem definidos dentro de mim. Eu me achava livre, como se eu não tivesse preso a nada.

Como eu estava errado...infelizmente o tempo não volta atrás. O estrago está feito!

Capítulo 24

Dois meses depois que Khadija saiu de casa, ou melhor que eu a mandei embora. Allah! Me ajude!

Hospital São Marcos...

—Allah! Como ele é linda. —Eu digo vendo a filha recém-nascida no colo da minha irmã.

Ela sorri, observando o bebezinho mamando em seu seio. Eu fiquei surpreso de ver a quantidade de cabelos negros, mesmo sendo tão pequena.

—Gostaria tanto que papai pudesse estar aqui para conhecê-la.

Meu coração se aperta e eu me contristo. Sim, seria maravilhoso.

—Verdade. —Digo pensativo.

Samir sorri para a esposa.

—Querida, não pense em coisas tristes. Dizem que o estresse, as preocupações prejudicam a amamentação do bebê. Pense agora na nossa garotinha.

Ela limpa as lágrimas e assente. Então olha para mim.

—Só falta nosso tiozão aqui. E você Rashid? Quando vai se amarrar a alguém?

Eu funguei.

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