ENTRE O AMOR E O ÓDIO romance Capítulo 107

Resumo de Capítulo 107 - Um pesadelo terrível: ENTRE O AMOR E O ÓDIO

Resumo de Capítulo 107 - Um pesadelo terrível – Uma virada em ENTRE O AMOR E O ÓDIO de Tamires Coelho

Capítulo 107 - Um pesadelo terrível mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de ENTRE O AMOR E O ÓDIO, escrito por Tamires Coelho. Com traços marcantes da literatura Contemporâneo, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

Rebecca acaba de completar oito meses. Duas vezes por semana, ela faz terapia, e Alex a acompanha sempre que ela vai ao hospital. Desde a crise que ela teve, Alex passou a trabalhar em casa, indo ao escritório apenas em casos urgentes que não consegue resolver remotamente. Enquanto espera por ela no hospital, Richard o chama para conversar em seu consultório.

— Como estão as coisas? — Pergunta Richard.

— Difíceis. Os altos e baixos continuam. Ela não conversa comigo, por mais que eu tente. Não quero pressioná-la e deixá-la mais triste ou irritada.

— Você está certo. Com certeza, ela deve estar se abrindo com a psicóloga. Escuta, Alex, você não vai mesmo acompanhar Ryan até Nova York?

— Não acho necessário. Já o ajudei com a proposta. Prefiro ficar ao lado de Rebecca.

— Sei que te disse para ficar ao lado dela, mas não seja superprotetor, Alex. Dê um pouco de espaço para ela. Sem contar que hoje elas têm aquele chá na casa de Christine. Vai proibi-la de ir?

— Claro que não. Ela me disse que vai. Vou levá-la até lá depois da consulta.

— Então, aproveite esse tempo para cuidar de você também. É crucial que você esteja bem! Que tal a viagem com o Ryan para dar suporte nesse negócio? À noite, vocês estarão de volta, e isso lhe proporcionará a oportunidade de relaxar um pouco também.

— Vou considerar isso. — Responde Alex, observando Rebecca se aproximar.

— Olá, Richard. — Diz ela, com um sorriso simpático.

— Como você está, Becca?

— Estou melhor, obrigada. Podemos ir, meu amor? — Pergunta, segurando a mão de Alex.

— Claro, meu amor. Até mais, Richard. — Diz, conduzindo-a para a saída.

Alex conduz o carro até a casa de Christine, e apesar de suas várias tentativas de conversar com Rebecca resultarem em respostas curtas, ele opta por não insistir, respeitando o espaço dela. Ao chegarem ao destino, ele estaciona o carro e observa-a em silêncio.

— Alex, você está bem?

— Sim, estou bem, querida. E você ficará bem?

— Sim, Alex. Ficarei com as meninas, não se preocupe. Será ótimo passar um tempo com elas. — Alex acaricia suavemente o rosto dela. — Eu te amo.

— Também te amo, querida. — Ergue Gentilmente a camisa dela e acaricia sua barriga. — Meu amorzinho, papai ama você. Falta pouco para nos conhecermos. Você será perfeito, assim como a mamãe. Mal posso esperar para ver o seu rostinho. — Ele dá um beijo afetuoso na barriga dela. — Eu te amo, Becca. Você é o amor da minha vida. Me ligue se precisar de qualquer coisa. — Ela sorri, beija seus lábios e sai do carro.

Alex observa-a até que ela entre na casa e, em seguida, dirige-se ao seu escritório para encontrar Ryan, determinado a ajudá-lo na compra da empresa que ele deseja dar de presente para Christine. Rebecca é recepcionada e conduzida até a sala de estar.

— Como você está, amiga? — Indaga Christine, abraçando-a.

— Estou bem. Acho que preocupei todos, não é?

— Só um pouquinho, cunhada, mas é compreensível. — Diz Camila, envolvendo-a em um abraço apertado. — Meu irmão nos manteve bem-informados.

— Alex é incrível. Não saiu um minuto do meu lado desde a minha crise. Esses detalhes me encantam. O quanto ele é atencioso. Gosto toda vez que ele conversa com o nosso bebê. Eu realmente desejava que essa gravidez fosse tranquila.

— E o que está acontecendo, amiga? — Pergunta Susan, puxando-a para um abraço. Rebecca desaba em lágrimas com a cabeça apoiada em seu ombro.

— Acho que estou rejeitando meu bebê. — Sussurra ela com a voz trêmula. — Tenho pensamentos horríveis sobre ele, desejo constantemente que ele não existisse. É terrível, porque não consigo evitar esses pensamentos. Sinto-me uma mulher horrível.

As mulheres não sabem o que dizer naquele momento, apenas a abraçam, oferecendo consolo enquanto ela gradualmente se acalma.

— Está terminando, Becca. Logo você estará com seu bebê nos braços, e todos esses sentimentos ruins vão desaparecer. — Conclui Susan, abraçando-a.

Gradualmente, as outras mulheres começam a chegar para passar a tarde juntas. Rebecca sorria animadamente, mas quando avista Nicole chegando com Melissa, sua expressão logo se transforma em uma expressão séria.

— Boa tarde, meninas. — Cumprimenta Nicole.

— Becca, minha linda. Como você está? — Questiona Melissa.

— Estou bem, Melissa. E você?

— Estou bem também, amiga. Que bom te ver aqui! Essa barriga cresceu, hein? Daqui a pouco você explodirá. — Melissa comenta, e Rebecca sorri sem jeito.

— Cresceu mesmo, mas está linda, amiga. — Susan completa, lançando um olhar repreensivo para Melissa.

— Posso usar o banheiro? — Indaga Melissa.

— Claro, fique à vontade. Estaremos na área da piscina. — Responde Christine, e as mulheres a seguem até lá.

Durante toda a tarde, as empregadas servem as mulheres à beira da piscina enquanto elas conversam animadamente. No final da tarde, Rebecca começa a se sentir mal, mas não o suficiente para causar grande preocupação. Ela acaricia a barriga suavemente enquanto respira lentamente.

— Amiga, está tudo bem? — Pergunta Bruna.

— Sim, estou bem. Meu bebezinho está agitado hoje.

— Imagina só, cunhada, se nascer um menino com o humor do pai, você vai surtar. — Luiza brinca, arrancando risadas delas.

— Ainda bem que meu filho me amará como o pai dele. Isso torna tudo mais fácil. — Diz Rebecca, olhando para Nicole, que bebe seu chá, tentando esconder sua expressão de desgosto. — Acho que daqui a pouco eu já vou.

— Mas Becca, combinamos de jantarmos. — Retruca Christine.

— Eu sei, mas está um pouco desconfortável aqui dentro, meu bebê está muito agitado. — Diz, acariciando suavemente a barriga. — Vou mandar uma mensagem para o Alex me buscar.

— Amiga, ele está em Nova York com o Ryan. Mas se você quiser ir, eu te levo. — Responde Christine, com uma expressão desanimada. — E fico com você até ele chegar.

— Ele não me disse nada. Tudo bem, eu não quero incomodar, eu ficarei aqui. — Conclui, sentindo uma leve contração.

— Você está bem? — Pergunta Grace, observando a expressão de dor dela.

— Sim, sim. Não se preocupe. — Responde, tentando disfarçar o desconforto.

Rebecca segue com suas amigas, enquanto a intensidade de sua dor aumenta gradualmente. Quando a dor se torna insuportável, ela se levanta e vai até o banheiro, caminhando lentamente, enquanto acaricia sua barriga.

— Calma, meu bebezinho. — Diz, alisando carinhosamente sua barriga.

Ao entrar no banheiro, ela sente uma forte contração e se apoia na parede, com a mão na barriga, gemendo de dor. Ela percebe algo quente escorrendo por suas pernas e se assusta ao levantar o vestido, deparando-se com a quantidade de sangue. Sua visão começa a ficar turva, e ela tenta desesperadamente se apoiar na parede para sentar-se no vaso sanitário. Uma contração intensa a faz gritar de dor, e então ela perde completamente a capacidade de se sustentar, caindo violentamente com a cabeça batendo na pia e sua barriga no chão.

— Vocês ouviram alguma coisa? — Pergunta Camila.

— Não, não ouvi nada. — Responde Nicole.

— Aconteceu alguma coisa? — Questiona Alex ao se aproximar.

— Alex, precisamos ir para Boston. — Responde, com uma expressão séria.

— O que aconteceu, Ryan? — Pergunta, temendo que seja algo relacionado a Rebecca.

— Alex, é sobre a Rebecca, ela está no hospital. — Diz, baixando o olhar. Alex fecha os olhos, temendo a notícia que está prestes a ouvir.

— Ela teve outra crise? Ela está bem, Ryan? — Pergunta ele, com a voz trêmula, desejando que Ryan confirme que ela está bem, que foi apenas mais uma crise.

— Sinto muito, Alex. Ela passou mal na minha casa. Ela passará por uma cesariana de emergência. O estado deles é grave, eu sinto muito.

Alex fica em choque, perdendo o controle do seu corpo. Ele sente como se estivesse em um pesadelo terrível, e a ideia de perder Rebecca e o filho é aterrorizante.

— Alex, Alex, venha. — Ryan o arrasta pelo corredor, fazendo-o retornar à realidade. Enquanto eles se dirigem ao hangar, Alex liga para Richard, desesperado por mais informações.

— Como ela está? — Pergunta ao ser atendido, e Richard hesita responder. — Porra, Richard, como ela está? Como está meu filho?

— Alex, sinto muito, mas não tenho boas notícias. O estado dela e do bebê é grave. O obstetra dela já está aqui, estão preparando-a para uma cesariana. Me desculpe por dar essa notícia pelo telefone.

Alex coloca a mão na boca, segurando o choro, enquanto lágrimas silenciosas escorrem por seu rosto.

— Por favor, Richard. Faça de tudo para salvá-los, por favor. — Implora desesperado.

— Vamos ter fé, ficará tudo bem. Eu te mantenho atualizado. — Conclui Richard, desligando ao avistar o médico de Rebecca.

— Alex, eu sinto…

— Não, apenas não. Eles vão ficar bem. — Diz, interrompendo-o. — Eles vão ficar bem. — Conclui, tentando se convencer.

O retorno a Boston pareceu a viagem mais longa da vida de Alex. Durante todo o trajeto, ele reza para que tudo corra bem para sua família. Ao chegar ao hospital, ele corre para a recepção da maternidade, ignorando todos os presentes, e vai direto até Richard.

— Deixe-me entrar, por favor. Preciso estar com ela. Não posso deixá-la sozinha nesse momento, por favor. — Implora desesperado.

— Alex, me desculpe, não é possível entrar lá agora.

— Porra, Richard, deixe-me entrar. Eu a deixei sozinha, preciso estar ao lado dela. Por favor, eu te imploro, Richard. — Clama, com lágrimas nos olhos. — Não vou atrapalhar, só quero segurar a mão dela e apoiá-la neste momento. Por favor.

— Alex, seu bebê nasceu, é uma linda menininha. Elas estão na UTI. A cesariana… — Antes que Richard completasse a atualização do quadro de saúde de Rebecca e da bebê, o alarme de emergência da maternidade soa.

— Segurem-no. — Ordena Richard, correndo em direção ao alarme para verificar o que está acontecendo.

— Por favor, me larguem. Preciso ir até lá. — Grita Alex desesperado, empurrando os amigos. — Tenho que ficar com elas. Por favor, não façam isso, me deixem ir ficar com elas. — Implora, debatendo-se.

— Alex, tente ficar calmo. O Richard cuidará de tudo. — Diz Saulo, tentando acalmá-lo.

— Por favor, me soltem. — Implora, quase sem voz.

Os amigos continuam segurando-o contra a parede até que ele finalmente se cansa de se debater. Alex desliza seu corpo pela parede e coloca a cabeça entre as pernas enquanto as lágrimas escorrem sem cessar, o medo consumindo seu corpo. Seu choro angustiante preenche o ambiente, e ninguém sabe o que dizer naquele momento.

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