ENTRE O AMOR E O ÓDIO romance Capítulo 109

Resumo de Capítulo 109 - Totalmente perdido na escuridão: ENTRE O AMOR E O ÓDIO

Resumo do capítulo Capítulo 109 - Totalmente perdido na escuridão de ENTRE O AMOR E O ÓDIO

Neste capítulo de destaque do romance Contemporâneo ENTRE O AMOR E O ÓDIO, Tamires Coelho apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

Alex levanta-se exausto e se afasta da recepção, perturbado com os olhares de compaixão que recebe de todos ao seu redor.

— Richard, precisamos conversar. — Diz Christine, aproximando-se.

— Pode falar. O que aconteceu? — Richard pergunta, visivelmente cansado.

— Não aqui, vamos para o seu consultório.

— Certo, vamos lá. — Responde ele, dirigindo-se ao seu consultório.

Christine, ao se aproximar de Susan, pega-a pela mão e a conduz até o consultório de Richard.

— O que é tão importante? — Indaga Richard, sentando-se em sua cadeira.

— Richard, quando cheguei em casa hoje, um celular não parava de tocar. Descobri que era da bolsa da Becca. Quando eu abri para desligar, encontrei isso. — Ela abre a bolsa, pega uma receita e entrega a ele, e em seguida coloca um monte de remédios sobre a mesa.

— Maldição! — Resmunga Richard, enquanto examina a receita e observa a pilha de remédios diante de si.

— O que está acontecendo? — Questiona Susan, confusa.

— São abortivos, Susan — Responde Richard, desanimado. — Rebecca estava tomando esses remédios! Como eu não percebi? — Ele se questiona com raiva.

— Richard, eu não posso acreditar nisso. Ela parecia tão bem. — Diz Susan, levando a mão à boca para sufocar o choro, incrédula com aquela descoberta.

— Rebecca está doente, Susan, ela está sofrendo de depressão. Infelizmente, muitas vezes as mães rejeitam seus próprios filhos quando estão doentes. — Explica Richard.

Susan e Christine trocam olhares, as palavras que Rebecca proferiu no dia anterior ecoando em suas mentes.

— O que faremos, Richard? Alex entrará em desespero, e se esse bebê não sobreviver, ele pode culpar Rebecca. Não podemos contar a ele.

— Chris, isso aparecerá nos próximos exames dela. O médico logo informará Alex sobre os resultados. Não há como esconder isso por muito tempo. Além disso, ele já está ciente de que ela está lutando contra a depressão, ele compreenderá.

— Está tudo bem aqui? — Indaga Ryan, adentrando o consultório acompanhado de Leandro.

— Não, está tudo terrível. — Susan responde, abraçando Leandro e chorando em seu peito.

— O que aconteceu, meu amor? — Pergunta Leandro, acariciando o cabelo dela. — Não me diga que a...

— Não, nada aconteceu. — Responde Richard, interrompendo-o. — Temos um problema sério. Como todos sabem, Rebecca passou por momentos difíceis, e Christine acabou de descobrir que ela estava tomando abortivos, e não só isso, aqui estão vários remédios antidepressivos.

— Droga! Há quanto tempo ela vem tomando essas drogas? — Questiona Ryan, visivelmente preocupado.

— Não temos como saber, Ryan, é óbvio que ela conseguiu esses medicamentos ilegalmente, é evidente nessa receita. Precisamos contar isso para o Alex antes…

— O que vocês querem me contar? — Pergunta Alex, entrando no consultório e interrompendo-os.

— Alex, vai ficar tudo bem! — Christine diz, aproximando-se e abraçando-o, mas Alex a afasta e encara Richard.

— Alex, desculpa. — Ele murmura ao entregar a receita. — Ela está doente, Alex, não esqueça, ela não tinha consciência do que estava fazendo. A depressão é uma doença.

— O que é isso, Richard? Que diabos está acontecendo? Isso é algum tipo de brincadeira? — Ele indaga, sua voz transbordando incredulidade. O silêncio se abate sobre a sala. Ele se aproxima da mesa e examina os remédios. — De onde tiraram isso? — Questiona, a raiva se acumulando em sua voz. O silêncio persiste entre os presentes. — Respondam! — Grita, passando as duas mãos na mesa, fazendo tudo cair no chão.

— Estava na bolsa dela. — Christine responde, lágrimas escorrendo por seu rosto.

Alex fica parado, segurando a receita, incapaz de compreender como Rebecca fez aquilo e ele não percebeu. Sua raiva cresce, e ele soca a mesa com força, assustando seus amigos. Sem dizer uma palavra, ele sai da sala atordoado, passando pela recepção, ignorando a todos, sendo seguido pelos amigos.

— Amiga, está tudo bem com ela, não está? — Questiona Melissa, aproximando-se de Susan.

— Eu não sei, amiga, realmente não sei. — Diz ela, abraçando Melissa.

— O que aconteceu? — Pergunta preocupada.

— A Becca está doente, amiga. Ela estava tomando abortivos. — Sussurra.

Melissa permanece em silêncio, acariciando o cabelo de Susan para confortar a amiga. No corredor, Alex anda de um lado ao outro, amassa aquela receita e a joga na lixeira, seu olhar é indecifrável, repleto de tristeza, dor e raiva.

— Ela tomou isso, Richard?

— Tudo bem, obrigado pela atualização. — Richard segue a orientação do médico.

Alex, ao chegar em casa, desliga o seu celular que não para de tocar, com as incessantes ligações dos seus familiares e amigos. Ele entra no quarto e vai direto para o banho, ficando debaixo do chuveiro por longas horas, enquanto suas lágrimas se misturam com a água quente que percorre o seu corpo. Seus sentimentos conflitantes parecem um fardo insuportável em seus ombros. Ao sair do banho, ele se joga na cama, mas, mesmo que tente apagar naquele momento, seus pensamentos não o deixam. No início da noite, ele retorna ao hospital, vestido todo de preto, evidenciando seu luto, com seu olhar distante, totalmente perdido na escuridão que carrega. Ele recusa todas as tentativas de aproximação dos amigos e familiares, isolando-se em sua dor profunda e impenetrável.

— Richard está aqui? — Questiona, mantendo uma expressão impassível.

— Sim, ele acabou de voltar. Está em seu consultório. — Responde Benjamin. Alex caminha em direção ao consultório de Richard e entra sem bater.

— Como está Rebecca? — Questiona, sentando-se em frente a ele.

— Ela segue no mesmo estado, Alex, mas o pior já passou.

— O pior já passou? Para quem, Richard? Continuo sentindo o pior que pode acontecer a um pai, então não passou. Chame o médico, eu quero falar com ele.

— Alex.

— Chame a porra do médico aqui.

— Tudo bem! — Concorda Richard e solicita à recepção que o médico compareça ao seu consultório. — Como você está? — Questiona, enquanto aguardam. Alex observa-o, mas não responde.

— Com licença. — Diz o médico entrando na sala, ele caminha e para ao lado de Richard. — Sr. Baker, sinto muito pela sua perda. Tentamos tudo que estava ao nosso alcance, sua filha teve uma parada cardíaca logo após nascer. E durante a madrugada teve mais duas, a última culminou na perda das funções neurológicas. Sei o quanto isso é doloroso, mas aconselho que os aparelhos sejam desligados, ela não está mais aqui, não prolongue a sua dor.

Alex baixa a cabeça, sentindo as lágrimas percorrerem seu rosto, em um momento de profunda tristeza.

— E quanto a minha esposa?

— Ela está sedada, mas está estável. Em alguns momentos acordada, pareceu estar desorientada. Acreditamos que ela tenha sofrido uma pancada na cabeça durante a queda, embora tenha tido um ferimento feio. Surpreendentemente, não apresentou lesões internas. Conseguiremos diagnosticar melhor quando ela acordar. Durante a cesariana, enfrentamos muitas complicações, o que, infelizmente, pode acarretar problemas para ela ter filhos novamente. Sinto muito.

Alex não consegue abrir a boca naquele momento. O médico encara Richard, que agradece balançando a cabeça, então ele se retira em silêncio. Richard levanta-se e caminha até Alex, que está chorando de cabeça baixa. Ele coloca a mão em seu ombro, tentando confortá-lo.

— Não faça isso, Richard, não toque em mim. Ficarei bem.

Alex estava afastando qualquer tipo de contato naquele momento. Ele estava totalmente perdido, sem saber como lidar com aquela situação. Seu mundo havia desmoronado de uma forma que ele jamais poderia imaginar, e o vazio deixado pela perda de sua filha era sufocante, uma dor que parecia não ter fim.

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