ENTRE O AMOR E O ÓDIO romance Capítulo 111

Resumo de Capítulo 111 - Não posso perder você também: ENTRE O AMOR E O ÓDIO

Resumo do capítulo Capítulo 111 - Não posso perder você também de ENTRE O AMOR E O ÓDIO

Neste capítulo de destaque do romance Contemporâneo ENTRE O AMOR E O ÓDIO, Tamires Coelho apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

Alex caminha até o quarto onde Rebecca repousa e passa toda a tarde em uma poltrona, observando-a enquanto dorme. À noite, quando ela desperta, ele está de pé diante da janela, perdido em seus próprios pensamentos. Rebecca fita as costas dele, as lágrimas escorrendo por seu rosto, sentindo o peso sufocante em seu coração. Ela suspira, reunindo a coragem necessária para encará-lo.

— Alex? — Chama com a voz trêmula.

Ao ouvir a voz dela, o coração de Alex acelera, mas ele continua imóvel, incapaz de encará-la.

— Alex, por favor, olhe para mim. — Implora, sentando-se na cama e lutando contra as lágrimas.

— Como você se sente? — Pergunta ele, sem ainda conseguir encará-la.

— Por favor, olhe para mim, Alex. — Suplica, lágrimas escorrendo. — Olhe para mim, eu te imploro.

Alex permanece imóvel, sentindo seu coração doer ao ouvir o choro de Rebecca. Por mais que ele tente, não consegue reunir coragem para encará-la. Ele está perdido, sem saber o que dizer ou como agir naquele momento.

— Como você está? — Repete a pergunta.

— Por que você está me perguntando se já sabe, Alex? Por que está aqui se nem consegue me olhar?

— Quero ouvir de você, Rebecca. Quero que você me diga. — Insiste, lutando para conter suas próprias emoções.

— O que você quer saber, Alex? Que tipo de pessoa horrível eu sou? Quer entender como pude machucar nossa bebê? Eu não sei, simplesmente aconteceu. — Diz, chorando incontrolavelmente, incrédula com suas próprias ações. — Eu não mereço ser feliz, eu deveria estar morta. Vá embora, Alex, apenas vá embora. Você não deveria estar aqui.

— Rebecca. — Murmura, virando-se para ela. — Por favor, não repita essas palavras, eu não quero ouvi-las. — Diz enquanto enxuga as lágrimas, aproximando-se e segurando a mão dela, que ela puxa como se o toque dele a queimasse.

— Eu não mereço perdão, Alex, sou um monstro. Entenda isso de uma vez. — Continua em sua autodepreciação.

— Pare com isso, por favor.

— Odeio você, Alex. Foi por isso que fiz tudo isso. Eu deveria ter partido junto, para que sua dor fosse ainda mais insuportável. Saia daqui, por favor. Eu me odeio. — Suas palavras são um misto de angústia.

— Como você conseguiu, Rebecca? Como encontrou essa coragem? Como ousa proferir essas palavras quando suplico que não o faça? Por que decidiu me destruir? — Questiona, lágrimas escorrendo. — Estive aqui, dando-lhe todo o meu amor, sempre à disposição para você, e no final, é isso que mereço? É uma crueldade sem igual. Estou lutando de todas as formas para aceitar isso. Esperei pacientemente para que se recuperasse, para que pudesse se despedir dela, mas você optou por ser um monstro. Não merece minha consideração. Conseguiu o que desejava, Rebecca, porque minha dor é insuportável. Você acabou de morrer para mim!

Rebecca observa com os olhos marejados enquanto ele deixa o quarto. Ela se joga na cama, enchendo o ambiente com seu lamento desesperado. Pressionando um travesseiro contra o rosto, visando abafar os gritos de dor que escapam. Cada palavra amarga que proferiu, a atormenta profundamente, pois magoá-lo é o último desejo de seu coração. Ela nunca quis causar-lhe sofrimento, mas naquele momento, não viu outra maneira de afastá-lo. Afinal, ela não se enxerga como merecedora do perdão ou do amor que ele lhe dedicou. Em sua angústia, ela implora em silêncio para que a morte a leve. No corredor, Alex cruza com Richard, que percebe a intensa raiva em seu rosto.

— Richard, por favor, desligue os aparelhos da minha filha. — Diz, com a voz firme, sem aguardar resposta, e caminha até o quarto da filha. Diante da cama, ele toma a mãozinha dela com carinho. — Minha bebezinha, me perdoe, falhei com você. Te amo com todo o meu coração. Que você se torne um lindo anjo no céu e, um dia, possa nos perdoar. Sentirei sua falta a cada minuto até nos reencontrarmos. Descanse em paz, meu amorzinho. — Beija suavemente sua testa. — Eu te amo, minha princesa. Sempre vou te amar. — Com o coração despedaçado, se levanta e sai do quarto, em direção à saída do hospital.

Enquanto isso, no quarto de Rebecca, Richard observa enquanto ela chora incessantemente. Sem dizer uma palavra, ele se aproxima, senta-se ao lado dela e a envolve em um abraço.

— Querida, você está bem? — Ela faz um sinal com a cabeça afirmativa. — Vocês tiveram uma briga?

— Richard, como era meu bebê? — Pergunta, a voz falhando entre soluços.

— Rebecca, era uma linda menina. Ela foi forte, lutou com valentia, mas era tão frágil que não conseguiu resistir. — Responde, com lágrimas nos olhos.

— Onde ela está agora?

— Ela está na UTI neonatal, Alex insistiu em mantê-la nos aparelhos. Compreendemos o quão angustiante isso é, mas tentamos de todas as maneiras aconselhá-lo a encerrar esse sofrimento. — Explica com pesar.

— Ele fez isso para que eu pudesse me despedir.

Com as palavras de Rebecca, Richard compreendeu finalmente os motivos pelos quais, Alex relutava em seguir em frente.

— Richard, você pode me levar até ela? — Pede com uma voz trêmula.

— Rebecca, ela não está mais aqui. Não faça isso, só aumentará sua dor. — Aconselha, preocupado.

— Por favor, Richard, eu preciso vê-la. Não me negue isso. — Insiste, com olhos cheios de lágrimas.

— Então, prometa-me que ficará bem? Prometa que não terá outra crise.

— Eu prometo.

Rebecca passa a manhã e parte da tarde chorando inconsolavelmente na cama. À noite, seu corpo exausto a faz desligar-se, e ela dorme num sono agitado e cheio de pesadelos. Alex entra no quarto e a observa se debater. Com cuidado, ele se senta ao lado dela e acaricia seu cabelo, vendo-a se acalmar gradualmente. Ele deita-se ao lado dela e a envolve em um abraço protetor, enquanto acaricia seu cabelo. Naquela noite, com ela em seus braços, foi a primeira vez que ele teve uma noite de sono tranquila, sem acordar. No início da manhã, ele abre os olhos e a observa em seus braços. Ele dá um beijo suave em sua testa e a retira delicadamente de seus braços, para não a acordar. Ele se move para a poltrona, onde se senta, segurando gentilmente a mão dela, enquanto a observa.

— Becca, meu coração está doendo, uma dor que eu jamais pensei sentir. Eu não sei se suportaria se perdesse você também. Eu realmente não entendo o porquê de você ter feito isso. — Fala com a voz embargada enquanto olha para baixo. Ao ouvir sua voz, Rebecca abre os olhos e vê Alex ali ao seu lado, compartilhando suas emoções. — Daqui a pouco vamos sepultar nossa bebê juntos, e depois arrumaremos uma forma de lidar com essa dor, como a gente sempre faz. No futuro, quando você se recuperar, quando nós nos recuperarmos, podemos tentar novamente, começar a nossa família. Só por favor, não desista mais, não desista de nós. Não vá embora, te ver quase sem vida diante dos meus olhos, mesmo que por segundos, foi a coisa mais assustadora do mundo, eu não conseguiria suportar isso. Não posso perder você também. Eu te amo, você é o amor da minha vida.

Alex levanta a cabeça para encará-la, e seus olhos se encontram, tocados pela tristeza e emoção daquele momento. Ele se inclina e junta seus lábios nos dela, em um beijo carregado de amor e esperança.

— Eu sempre vou amar você, Rebecca. — Conclui, acariciando os cabelos dela.

Rebecca fecha os olhos, aproveitando os toques dele, e não demora muito até que ela esteja adormecida novamente. Alex dá um beijo na cabeça dela e levanta-se, saindo do quarto. No corredor, Nicole avista-o saindo do quarto e entra em um quarto qualquer, evitando ser vista.

— O que a senhora faz aqui? — Questiona a enfermeira ao ver Nicole no quarto.

— Me desculpa, entrei no quarto errado.

Nicole observa o corredor e, não avistando Alex, sai do quarto e caminha até o quarto de Rebecca. Ela para em frente à porta, olha para todos os lados para se certificar de que não está sendo observada e, com um olhar sombrio, entra no ambiente, observando-a adormecida.

— Patética, tão frágil, eu poderia te sufocar agora mesmo. — Diz, sentando-se na poltrona.

O toque do celular de Nicole desperta Rebecca de seu leve sono. Ela avista Nicole, que está observando-a, e olha ao redor do quarto, como se estivesse procurando algo ou alguém.

— Ele não está aqui, Rebecca. Ele deve estar dormindo na cama do hotel aqui perto, onde passamos a noite. Sei que esta não é a ocasião, mas tenho que dizer, que homem. Mesmo destruído, ele me leva às nuvens com os seus toques. Você destruiu o melhor homem que existe, Rebecca. Você acha justo mantê-lo ao seu lado? Após ter tirado a vida da filha dele? Provavelmente, ele vai querer ficar ao seu lado, porque todos estão convencendo-o de que você está doente, mas ele nunca conseguirá ser feliz ao teu lado, porque sempre lembrará do monstro que você é. E sempre que ele se sentir triste, ele buscará consolo em meus braços.

As palavras de Nicole são cruéis e provocativas, destinadas a perturbar ainda mais Rebecca em seu momento de vulnerabilidade. Rebecca deixa as lágrimas escorrerem, mesmo que ela odeie Nicole, sua culpa acaba fazendo-a concordar com aquelas palavras, ela está constantemente convencida de que não merece ser feliz.

— Vai embora daqui. — Diz, em meio às lágrimas.

— Eu só vim dizer que sinto muito. Alex chorou em meus braços porque vão sepultar aquele anjinho que você matou agora pela manhã. Ele está destruído. Afaste-se da vida dele, você já tirou tudo dele. Sinto de verdade, Rebecca, eu sabia que ele acabaria na minha cama, mas não era assim que eu queria que fosse.

Nicole levanta-se e encara-a com um sorriso, deixando Rebecca chorando com sua culpa esmagando o seu peito. Rebecca desaba em um pranto incontrolável, sua dor e culpa a envolvem completamente. Ela se sente totalmente desmerecedora do amor e da felicidade, convencida de que seu destino é carregar o fardo do sofrimento, da solidão e pagar por todos os pecados que cometeu. Seu apelo desesperado a Deus reflete a profundidade de seu sofrimento emocional neste momento de crise intensa.

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