ENTRE O AMOR E O ÓDIO romance Capítulo 124

Resumo de Chapter 124 Nunca foi capaz de me contar nada: ENTRE O AMOR E O ÓDIO

Resumo do capítulo Chapter 124 Nunca foi capaz de me contar nada de ENTRE O AMOR E O ÓDIO

Neste capítulo de destaque do romance Contemporâneo ENTRE O AMOR E O ÓDIO, Tamires Coelho apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

Alex acaricia gentilmente o rosto de Rebecca, afastando os cabelos que cobrem seus olhos. O corpo dela sempre reage aos toques dele, e ela fecha os olhos. Quando o toque de Alex cessa, ela abre os olhos e encontra seu olhar.

— Eu não apenas amei, mas ainda amo você com todo o meu coração. — Responde, seus olhos cheios de lágrimas.

— Então seja sincera comigo, está bem? Sem mentiras, sem omissões. Seja sincera, por favor. Vou te perguntar mais uma vez. Você tem algo para me contar? Quer discutir o passado, as coisas terríveis que passamos? Quer me dizer com quem esteve?

— Alex, eu não posso falar sobre o passado, me desculpe. Você não conhece a pessoa com quem eu estive. — Ela continua a mentir, com medo da reação que ele terá.

— Você é tão mentirosa, sempre esconde coisas de mim. Não sei como pude me enganar tanto a seu respeito. Me passe o seu celular. — Ordena, estendendo a mão em sua direção.

— O quê?

— Vamos, Rebecca, entregue-o. — Rebecca abre a bolsa, pega o celular e entrega a ele. Alex dá a volta na cadeira, passando seus braços sobre os ombros dela, enquanto mantém o celular à frente. — Este é um software de rastreamento, eu sempre soube onde você esteve. — Conclui, apagando o software e devolvendo o celular a ela.

— Você estava me vigiando, Alex?

— Desde o dia em que você retornou para casa. Rebecca, é decepcionante como você não consegue ser honesta comigo.

— Você já me forneceu uma lista das mulheres que o acompanham todas as noites? Você se recusou a conceder o divórcio quando eu pedi, passando todos esses meses na companhia de outras, quando o que eu mais desejava era apenas um simples abraço seu. Você também me desapontou.

— Não estive com outra mulher durante todo esse tempo, a última pessoa que toquei foi você.

— O quê? — Pergunta incrédula. — Repita o que você disse.

— Eu não me envolvi com nenhuma outra mulher, Rebecca. Apesar de todo o ódio que carrego, você ainda é a única mulher que eu desejo. Eu queria que você sofresse porque acreditava que você merecia sentir a mesma dor que me consumia, e foi por isso que fiz você acreditar nisso. Eu passava horas bebendo sozinho no escritório do grupo Wealth para não ceder aos meus desejos de estar com você.

— Alex, por qu…

— Ainda não terminei, Rebecca. — Diz, interrompendo-a. — O fato de você ter se envolvido com outra pessoa é o menor dos nossos problemas. O que mais me incomoda é que você mentiu para mim, mesmo quando te implorei milhões de vezes para não fazer isso. Todos os dias tento encontrar o perdão, tento te perdoar e me perdoar, mas você não facilita para mim. Você está certa, você é uma Halgrave, e nisso você não mentiu.

— Você está me julgando por mentir, mas não foi exatamente o que você fez? Não mentiu por meses a fio que estava saindo com outras? O que você esperava que acontecesse? Você está sendo hipócrita, um falso moralista.

Alex se ajoelha na frente dela, segurando suavemente suas mãos e mantendo o olhar fixo nos olhos dela.

— Rebecca, eu sei que errei. Não estou evitando minha responsabilidade. Passei todos esses meses lutando com meus sentimentos. Eu queria poder estar com você, entender e superar tudo o que aconteceu em nossas vidas, mas agi equivocadamente, e agora não aguento mais observar a tristeza em seus olhos, o brilho que se apagou. — As lágrimas fluem dos olhos de Rebecca. — Sinto falta de ver seus olhos brilhando por coisas simples, dos seus sorrisos cheios de entusiasmo ao acordar, da sua paixão pela vida e, acima de tudo, de ouvir você dizer que me ama. Roubei tudo isso de você, e não posso mais fazer isso, porque você ainda é a mulher que eu amo. — Alex enxuga as lágrimas que escorrem pelo rosto dela e a beija, um beijo intenso e cheio de carinho. Eles se olham, ofegantes, com os corações pesados naquele momento, e voltam a se beijar. Ele quebra o beijo, levanta-se e estende a mão para ela. — Venha comigo.

Rebecca segura a mão dele e o abraça com força, chorando em seu peito, enquanto Alex acaricia seu cabelo e gradualmente ela se acalma.

— Eu te amo, Alex. — Sussurra no ouvido dele.

— Eu também te amo, Rebecca. — Diz, afastando-a de seu peito e beijando seus lábios apaixonadamente. Com cuidado, ele seca as lágrimas que continuam a cair. — Não chore, não mereço suas lágrimas. E farei o que você deseja. — Conclui, pegando-a pela mão.

Alex conduz Rebecca para fora do escritório e a leva até a sala de reuniões. Ao entrar no local e deparar com os olhares de Ryan e Lúcia, Rebecca não consegue conter as lágrimas.

— Boa tarde, Srta. Reis. Aqui está sua cliente. — Diz, mantendo a compostura.

— Boa tarde, Sr. Baker. — Responde, esboçando um sorriso para ele.

— Rebecca, você gostaria de um momento para conversar com a sua advogada? — Pergunta, escondendo suas próprias emoções. Rebecca balança a cabeça negativamente. — Certo, Srta. Reis, por favor, prossiga.

— Srta. Jenkins, a proposta do Sr. Baker inclui conceder-lhe 50% dos lucros dos quatro anos em que estiveram casados, a mansão no centro de Boston onde moravam e a casa que está construindo.

— Não, eu não quero. — Responde, com a cabeça baixa e lágrimas nos olhos.

— Sim, Alex começou a procurá-los nos últimos meses, e faz cerca de duas semanas que ele os encontrou. Acredito que tenha sido a maneira dele de não te deixar sozinha. Becca, agora você pode ajudá-los. Tem dinheiro para cobrir a dívida do seu pai e apoiar sua mãe, enquanto ele paga o que deve. Se quiser, posso ser o advogado dele. — Diz Ryan, dando-lhe um beijo suave na testa.

— Isso é surreal, eu simplesmente não consigo acreditar. Obrigada por se oferecer. Preciso ir. — Fala, secando as lágrimas para recuperar a compostura.

Rebecca abraça Ryan e recolhe suas coisas, saindo da sala de reuniões. Ela aperta repetidamente os botões do elevador, ansiosa para sair daquele lugar. Ao entrar no elevador e se virar para a porta, seus olhos se encontram com os de Alex, que a encara da porta de seu escritório. Naquele momento, as lágrimas que ela segurava escorrem, e o ambiente parece sufocante. As portas parecem se fechar lentamente, enquanto eles mantêm seus olhares fixos. Quando as portas finalmente se fecham, ela se apoia no elevador, tentando manter-se de pé.

Ambos passaram o restante do dia sentindo a dor daquele momento. Alex permaneceu no escritório trabalhando para tentar esquecer, enquanto Rebecca se isolou em seu apartamento, recusando todas as ligações de suas amigas. No dia seguinte, ela está deitada no sofá de seu apartamento, sentindo a solidão consumi-la, quando sua atenção é desviada pelo toque da campainha. Sem ânimo, ela levanta-se e abre a porta, recebendo um abraço acolhedor de suas amigas.

— Como você está, amiga? — Pergunta Susan.

— Estou bem, ou pelo menos estou tentando ficar. Eu não esperava que fosse ser tão difícil. Acho que, para mim, era o mesmo que para ele, estar perto era o suficiente. Mesmo com todos os nossos problemas, ainda era o suficiente.

— Sinto muito que a história de vocês tenha terminado assim. — Diz Luiza.

— Foi extremamente doloroso. Ele organizou um jantar no nosso quarto aniversário, foi gentil e carinhoso o tempo todo, mas eu soube naquela noite que havíamos terminado. E o que mais dói é que assinamos o divórcio minutos após nos dizermos “eu te amo”.

– Cunhada, imagino que tenha sido muito difícil, mas acredito que foi o melhor para vocês. Talvez, com o tempo, consigam se perdoar e recomeçar.

— Acho que não, Camila. Nos magoamos profundamente, e nosso amor não foi suficiente para superar toda a dor que carregamos. Vou para o Texas, meus pais estão morando no interior, em Amarillo. Alex os encontrou para mim. Me digam como pude magoar esse homem? Como consegui destruir nossas vidas? Mesmo depois de tudo, ele continuou cuidando de mim. — Diz entre lágrimas, recebendo um abraço caloroso de Susan.

— Rebecca, não esqueça que o Alex também te machucou. Vocês dois erraram. — Constata Christine.

— As palavras dele foram horríveis, mas mereci cada uma delas, além de fazer aquela at… — Interrompe a fala, não conseguindo dizer em voz alta. — Está cada vez mais difícil admitir isso, porque não consigo lembrar, e sinto tanto amor pela minha bebê que me convenço de que não fiz. Sei que é estranho, mas é o que sinto, que não machuquei a minha bebê. Mas o Alex sei que machuquei, disse coisas horríveis a ele, enquanto ele me implorava para que eu não fizesse. Ele queria ficar ao meu lado, e fui eu quem o afastou.

As quatro mulheres presentes envolvem Rebecca num abraço coletivo, buscando confortá-la diante de toda a dor que ela carrega. Passam o dia todo ao lado dela, fazendo o máximo para tornar seu dia um pouco mais alegre.

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