ENTRE O AMOR E O ÓDIO romance Capítulo 151

Rebecca transborda de alegria com a notícia da volta de Alex. Ela arruma cuidadosamente a pequena caixa na mesa da sala de estar e prende um balão em forma de coração com a inscrição “eu te amo”, imaginando as emoções que ele experimentará ao descobrir aquela encantadora surpresa.

— O que você acha? Será que está muito simples? — Pergunta, com um toque de insegurança na voz.

— Simples, mas absolutamente perfeito. — Maria responde, tranquilizando-a. — Para Alex, o que realmente importará é o significado que está contido dentro desta caixa.

— Escrevi uma carta, mas agora que estarei aqui para recebê-lo, você acha necessário?

— Suas palavras escritas com o coração serão um toque especial nesse momento. — Maria responde, e um sorriso nasce nos lábios de Rebecca.

— Vou preparar um jantar para ele! Mal posso esperar para vê-lo, abraçá-lo e testemunhar o sorriso em seu rosto quando confirmar que é o pai de nossos filhos. — Diz, emocionada. — Maria, apesar de todas as mágoas que Alex me causou, eu ainda me pergunto diariamente se mereço tanto amor como ele me dá. — Rebecca compartilha sua vulnerabilidade e um toque de tristeza que a tem acompanhado.

— Rebecca, este não é o momento para a tristeza. — Adverte Maria, envolvendo-a num abraço caloroso. — Alex te ama tanto quanto você o ama. — Diz, acariciando gentilmente os cabelos dela. — Vocês passaram por um trauma, não souberam como lidar com isso e acabaram se machucando. No entanto, o amor permaneceu intacto nos corações de vocês. Quando finalmente se perdoaram, ganharam uma nova chance de felicidade. Não estrague isso com sentimentos tristes.

— Você está absolutamente certa. Não vou mais me permitir pensar nas coisas ruins. — Responde, suas palavras transbordando de emoção. — Vamos ao supermercado e depois prepararei um jantar delicioso para o homem da minha vida. — Conclui, irradiando felicidade.

Rebecca está com seu coração repleto de expectativas, sentindo que a felicidade com Alex está a um passo de se concretizar, fazendo seus olhos brilharem de ansiedade e alegria. O apartamento de Alex será o palco de toda a emoção, com Rebecca dedicando o dia inteiro a preparar tudo para a chegada do homem que ama. Maria é sua leal companheira, ajudando com entusiasmo em cada detalhe, e a atmosfera é carregada de energia positiva, como se o amor pudesse preencher cada canto daquele lugar.

Enquanto isso, Nicole deixa seu ódio e ressentimento fluírem intensamente, canalizando-os para a destruição de objetos em sua casa. Cada quebra, cada estrondo, reflete sua raiva incontrolável, e sua expressão facial revela toda a amargura que a consome. Ao lado da porta, Peter observa sua esposa em mais um surto, ciente de que o casamento deles é uma construção sombria baseada em um acordo de vingança contra aqueles a quem nutrem ódio profundo.

— Eu disse que não queria falhas. Para que eu te pago, Peter? — Questiona, irritada, seus olhos faiscando de raiva.

— Para aturar os teus surtos, não é? — Provoca com deboche, tendo que desviar de um vaso que ela arremessa nele.

— Eu não estou para brincadeira. O que foi que aconteceu? — Insiste, desejando uma explicação imediata, seu rosto distorcido pela fúria.

— Os homens contratados não a encontram, ela não está no apartamento dela. — Peter relata, sua expressão, uma mistura de preocupação e apreensão.

— E você não previu isso, Peter? Como você pôde ser tão descuidado? Por que não, deixou alguém vigiando o apartamento dela? Ordene a esses incompetentes que não saiam de lá. Tive que lutar muito para encontrar um apartamento vago naquele prédio. — Nicole grita, sua raiva evidente em cada palavra, sua voz cortante como uma lâmina.

— Farei tudo o que você mandar, meu amor. — Peter responde, tentando apaziguar a fúria da esposa, mas também demonstrando sua própria irritação.

— Parece que teremos que esperar alguns minutos extras. — Resmunga, enquanto se encaminha para a sala, onde a ansiedade e a alegria se misturam em seu coração.

Na sua casa, Nicole sorri com malícia ao ler a mensagem que chega em seu celular, seus olhos transbordando a maldade profundamente enraizada em seu coração. A simples ideia da dor que logo assolará Alex lhe traz um sombrio conforto, uma vingança tardia por todas às vezes que ele a humilhou.

— Que aquela ridícula sofra todas as agonias possíveis e que seu coração se despedace antes de morrer. — Resmunga, com um tom sombrio, um sorriso sinistro se formando em seus lábios.

Enquanto isso, Rebecca acaricia amorosamente sua barriga, sentindo os movimentos de seus filhos em seu ventre. Seu rosto se ilumina com um sorriso radiante ao lembrar da vida feliz que costumava compartilhar ao lado de Alex, uma vida que está a meras horas de ser resgatada.

Entretanto, seus pensamentos são abruptamente interrompidos pelo som da campainha, ecoando como um presságio sinistro. Ela se levanta com um leve suspiro, forçando um sorriso tenso, e abre a porta, esperando ver Natan do outro lado.

— Quem é você? — Questiona, mas sua voz mal passa de um sussurro, enquanto observa o homem à sua porta.

— Sou o teu pior pesadelo, o mensageiro da morte. — O homem vocifera, sua voz soando como um eco assustador.

Uma onda de arrepios gélidos percorre o corpo de Rebecca. Antes que ela possa reagir, ele desfere um soco brutal em seu rosto, atirando-a com violência ao chão. A última imagem que ela capta antes de seus olhos se fecharem é a visão assustadora do homem rasgando seu vestido, um terror paralisante tomando conta de seu coração enquanto a escuridão a envolve.