ENTRE O AMOR E O ÓDIO romance Capítulo 42

Na manhã seguinte, os incessantes toques da campainha despertam bruscamente Rebecca. Ainda sonolenta e desorientada, ela se levanta e segue até a porta com passos hesitantes.

— André, o que você está fazendo aqui? — Questiona ao abrir a porta, revelando surpresa em sua expressão.

— Becca, vieram falar com você. Como está? Saiba que não está sozinha, está bem? — Diz André, sua voz carregada de preocupação.

— Do que você está falando? — Pergunta, confusa, buscando entender a situação.

— Você precisa ver isso. — Ele segura sua mão gentilmente e a conduz até o sofá. — Vamos manter a calma, você não está sozinha.

Rebecca olha para ele, confusa, enquanto tenta assimilar a gravidade do que está prestes a ver. André liga a televisão e ajusta o canal para o noticiário. O rosto de Rebecca empalidece ao ver uma série de notícias chocantes envolvendo seu pai.

— Como assim? Papai não fez isso, é mentira, não é? — Sua voz treme com uma mistura de incredulidade e angústia. Num instante, seu mundo parece desabar ao seu redor. As lágrimas começam a fluir, e André a envolve em um abraço caloroso, tentando oferecer conforto durante esse momento difícil.

— Vai ficar tudo bem, Rebecca.

— Preciso ir até lá. Não consigo acreditar que meus pais me abandonariam dessa forma.

Rebecca se levanta da maneira mais natural possível, ainda vestindo seu pijama, e sai do apartamento desorientada, caminhando com passos decididos em direção à casa de seus pais.

— Não dá para simplesmente ir assim. — Diz, segurando-a pelos braços. — Eles partiram durante a noite. Não há nada para você encontrar lá.

— Por favor, André, me deixe ir. Isso é mentira, meus pais seriam incapazes disso.

— Fizeram isso, Rebecca. Foram embora. — André a conduz de volta ao apartamento, acalmando-a enquanto ela se recupera do impacto emocional. — Vamos lidar com isso da maneira adequada. Vou te acompanhar até a delegacia. Vá se arrumar primeiro.

Ainda atordoada, Rebecca segue as instruções de André e se encaminha para o seu quarto. Enquanto isso, em Boston, ao entrar em seu escritório, Alex se depara com seus familiares, acompanhados por Sophia e sua família. Ele os ignora, acomodando-se em sua cadeira e concentrando-se na análise dos contratos sobre a mesa, como se estivesse completamente isolado, embora percebendo os olhares de todos.

— Seja qual for o motivo da presença de vocês, saibam que têm apenas 10 minutos. Estou prestes a partir para Nova York, onde tenho outro compromisso.

— Você não sairá daqui tão cedo, Alex. — Diz Olga, irritada.

— Isso não vai acontecer. O que pretendem agora? Planejam minar meus planos, por que sabem que fracassarão se eu for até lá negociar?

— Por que desperdiçar tempo, Alex? Você não tem chances de ser melhor do que eu. — Diz Nicolas, observando um sorriso surgir nos lábios de Alex.

— Então, vocês não têm com o que se preocupar. Eu estava decidido a cuidar disso. — Diz, apontando para os documentos. — Para não lhe dar trabalho, Sr. Shaw. Mas, já que desejam seguir por esse caminho, que assim seja. O que temos para hoje?

— Alex, por favor, vamos resolver isso? Se você quer que eu faça o que me pediu, eu farei, para solucionarmos os nossos problemas. Você é mais importante para mim do que qualquer outra coisa.

Alex se levanta e faz o que costuma fazer quando precisa pensar: observa a paisagem lá fora.

— Sophia, deixe-me ser claro. Nunca amarei uma mulher como você. Isso não está claro? Você não tem personalidade.

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