ENTRE O AMOR E O ÓDIO romance Capítulo 68

Na manhã seguinte, Rebecca é a primeira a acordar. Ela abre os olhos e sente sua cabeça girar. Logo se dá conta de que está deitada no peito de Alex. Assustada, dá um leve pulo da cama, acordando-o. Alex a encara e, com vergonha, ela leva as mãos aos seios, cobrindo-os.

— Qual o problema agora, Rebecca? — Pergunta ele, fechando os olhos novamente. — Está na poltrona, o que você está procurando. — Afirma ele, sentando-se na cama.

— O que eu fiz? — Questiona-se baixinho, pegando a camisa e vestindo.

— Você foi incrível ontem à noite, Rebecca. Podemos fazer isso mais vezes. — Alex percebe o constrangimento dela, principalmente ao notar as bochechas dela rosadas. — Foi bom para você também? — Pergunta, decidido a brincar com aquilo. Ela desvia o olhar, escondendo sua vergonha. — Deixa-me adivinhar, você não lembra muito bem da nossa noite, não é? Mas posso afirmar que você gostou, seus gemidos nos meus ouvidos confirmaram. — Diz, com um sorriso malicioso.

— Idiota. — Ela exclama, pegando uma almofada e jogando-a nele. — Você não deveria ter me tocado.

— Você veio até aqui seminua. Sou um homem, o que você esperava?

— Esperava que você não aproveitasse o meu estado de embriaguez. — Ela o repreende.

— É por isso que eu sempre digo: não beba demais. Você não tem limites. Eu não a toquei, Rebecca. Eu até tinha vontade, mas você estava embriagada. Não sou esse tipo de homem. Por favor, na próxima vez venha sóbria. Adoraria pernoitar com você. Mas tenha em mente que, se você ousar deitar-se novamente bêbada na minha cama, eu farei o que bem entender com você, para você entender de uma vez por todas o que pode acontecer quando estiver embriagada na cama de um homem. Agora saia.

— Você é um cretino.

— Sou cretino? Mas é você que vem correndo para a minha cama. Então, o que isso faz de você? Sabe de uma coisa, saia do meu quarto agora.

— Com todo o prazer. — Responde ela, irritada.

Rebecca sai do quarto, batendo a porta, e ele se acomoda novamente na cama. Alex decide permanecer ali por mais algum tempo; ele sempre acaba dormindo mais do que o normal quando ela está ao seu lado. No quarto de Rebecca, ela busca seu celular por todos os cantos, sem sucesso. Resignada, ela segue para o banho, tentando aliviar a ressaca.

Depois de um tempo de descanso na cama, Alex lembra-se de que marcou um almoço com seus amigos. Ele se levanta e se encaminha para o banheiro para se preparar. Ao descer, encontra Rebecca almoçando, acompanhada de Henrique e Maria.

— Alex, o que aconteceu com você? Está tudo bem? — Rebecca pergunta, observando os machucados em seu rosto. — Você brigou?

— Não, claro que não. Sou um idiota, caí de cara no chão. — Responde, sem muita paciência. — O que você acha? — Pergunta, com um toque de sarcasmo. — Preciso sair. Vem comigo! Suas coisas estão no carro.

— Você está sendo grosseiro. — Ela diz, claramente descontente.

— Aprenda a lidar com isso, minha cara esposa. — Alex responde, virando-se e indo em direção à garagem.

— Com licença. — Ela diz, levantando-se da mesa e seguindo atrás dele. — Alex, você brigou com o meu amigo?

— Amigo? Por favor! — Ele estende a bolsa para ela. — Volto mais tarde.

Alex entra no carro e segue em direção ao restaurante Ritz para o seu compromisso. Assim que entra no local, sente os olhares perspicazes de seus companheiros voltados para ele.

— Bom dia, Alex. Como você está? — Pergunta Saulo, num tom sarcástico.

— Nem comece com sarcasmo agora, por favor, me deixe em paz. — Ele responde, de mau-humor. — E as senhoritas, como estão?

— Susan teve uma luxação no pulso com a queda, mas ficará bem. A outra senhorita está bem. Deixei-as no hotel depois que saímos do hospital. E a Sra. Baker, está tudo bem com ela? — Questiona Leandro.

— Ela é uma estúpida, continuou me causando problemas durante a noite, mas está bem. — Responde, frustrado ao relembrar a noite passada. — Era só o que faltava. — Diz, ao avistar as famílias O'Donnel e Halgrave entrando no restaurante. Seu humor piora ao perceber que Magno e Antônio estão se aproximando.

— Olá, Sr. Shaw. — Diz Antônio, provocando-o. — Desculpe, Sr. Baker, nunca vou me acostumar com esse sobrenome tão irrelevante. Eu costumava te respeitar quando você era o grande Sr. Shaw.

— Não tenho paciência para isso hoje, certo? Seria melhor darem meia-volta e não ficarem à minha vista. Garanto aos senhores que hoje não me importarei em dar uma lição em vocês.

— Noite difícil, não é? Todas elas são assim. Não se preocupe, mulheres sem valores, sempre procuram as melhores oportunidades. Graças a Deus que meu filho se livrou dela. Você teve sorte por não se envolver, jovem Alex. Seria substituído rapidamente por alguém mais experiente.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: ENTRE O AMOR E O ÓDIO