Acordei com Dante ao meu lado, a manhã tinha sido cheia de emoções, eu não entendia o que ele queria dizer, mas agora eu pelo menos sabia metade do ele sentia, ele havia sido sincero comigo, agora eu sabia porque ele fugia de mim toda vez que nos olhávamos de forma diferente. Nessa manhã, Dante me passou um sentimento que eu nunca tinha sentido, talvez fosse paixão ou ele só queria acalmar meus ânimos.
Ele passava a ponta dos dedos na minha costa nua, parecia pensativo. O mesmo levantou der repente e ficou de frente para a janela que dava acesso ao mar, sorri ao ver a nádega dele exposta.
— Eu nunca mais tomei banho de mar, hoje o dia está magnífico. — Ele virou-se para mim — o que acha de ir para a praia?
Eu sorri e levantei, procurei pelas minhas roupas espalhadas pelo quarto porem ele me interrompeu.
— Tomar banho pelado no mar é provavelmente uma experiência única.
─ Eu tenho vergonha.
─ Quem você acha que vai nos ver aqui? Essa ilha é minha.
Colocamos nossos roupões e descemos, meus cabelos eram levados para trás por conta do vento forte. Dante tirou seu roupão sem nenhum pudor.
— Meu deus — coloco a mão em frente aos lábios —, os mordomos estão logo ali.
Ele olha para os homens que arrumavam uma mesa do lado de fora de casa, provavelmente para o nosso jantar.
— Eles estão focados demais no que fazem — ele segura o nó do meu roupão e o tira com apenas um puxão. Eu tento cobrir minhas partes íntimas. — Não seja tão puritana, ninguém irá nos ver daqui.
Dante Caminha até a praia completamente nu, eu o observo ainda envergonhada. Ele entra no mar e mergulha, olho para trás e as pessoas nem sequer pareciam notar nossa presença ali. Em um impulso eu corro para dentro do mar, a água estava fria, eu tive um choque assim que entrei, ele gargalhou e jogou água na minha cara.
— Seu... — passo as mãos no meu rosto, quando abro os olhos ele já estava na minha frente, me agarrando pela cintura. Seus olhos faziam um contraste bonito com o laranja do pôr-do-sol.
— Você fica bonita quando perde a vergonha.
Eu finjo beijá-lo mas pego impulso e empurro sua cabeça para dentro da água. Ele me puxa para baixo e une nossos lábios, nós perdemos o fôlego rapidamente.
Dante me pega em seu colo e me leva para a praia, ele me coloca na areia com delicadeza e se posiciona encima de mim com um sorriso fino nos lábios.
Passo minhas mãos no rosto dele, eu o queria tanto e nem sabia disso. Junto nossos lábios com urgência, eu precisava dele.
— Não se importa mais com as pessoas? — Ele fala entre o beijo.
— Eu não me importo com mais nada.
Eu tentava me agarrar em algo enquanto Dante se movimentava encima de mim. Ele engolia meus gemidos com um beijo, eu me contorcia na areia com todo o prazer que ele me proporcionava.
O frio já não nos incomodava mais, estávamos aproveitando o calor um do outro.
[...]
No jantar, eu coloquei um vestido fino para aproveitar a brisa do mar. Uma mesa ao lado da piscina nos esperava.
Dante estava do lado de fora, ele olhava para o mar com uma taça de champanhe na mão. Eu limpei a garganta, ele virou para mim rapidamente e sorriu.
─ Acho que deveria ser crime alguém ser tão bonita como você.
Minhas bochechas arderam.
— Espero que goste de frutos do mar. — Ele diz puxando a cadeira para mim.
Eu me sento de frente para ele, o cheiro estava magnífico. Durante o jantar não conversamos, ouvia apenas os talheres batendo nos pratos e as ondas quebrando no mar.
— Quando saímos daqui continuaremos como dois estranhos? — Não me contenho em perguntar.
— Não tem como, eu já falei demais a você. — Ele limpa os cantos dos lábios — só preciso que tenha paciência, nada será como antes.
Naquela noite eu decidi confiar nele, aquela fora a pior das decisões que já tomei.
No dia seguinte nós voltamos para a cidade, as coisas entre nós pareciam estar estranhas, Dante a todo momento pensativo e eu querendo saber o que se passava em sua cabeça. Voltamos para a realidade. Hoje eu estava mais uma vez anotando os compromissos dele e atendendo telefonemas. Estava do lado de fora com Nicole quando Vanessa saiu do elevador, ela ignorou completamente minha presença.
— Você marcou hora? — Perguntei.
— Eu não preciso disso, e você sabe muito bem.
Ela adentrou a sala mesmo com a minha intervenção, eu corri atrás dela.
Dante estava em meio a uma ligação, ele olhou feio para Vanessa. Eu segurei em seu pulso e ela tentou se soltar, mas algo em meu dedo atraiu sua curiosidade, era o anel que Dante me deu.
— Aonde você conseguiu esse anel? — Perguntou.
Eu não respondi.
— Foi Dante que deu a você, não foi? Na verdade, nem precisa responder. Eu não acredito que ele comprou para você!
— É apenas um anel. Nada demais. — Digo.
— Não é qualquer anel, ele pediu para que eu escolhesse. Me disse que era para a mãe dele. — Os olhos dela ficaram vermelhos rapidamente. — Vocês estão juntos, não é?
Eu senti uma leve satisfação em ver ela se descabelar porque a “rata” tomou tudo aquilo que era dela.
— Sim, já fazem meses. — Digo.
Vanessa vai até Dante e toma o telefone de suas mãos, ela desliga o telefone o batendo forte na mesa.
— Mas o quê...
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Entre quatro paredes(Completo)
Muito linda a história, valeu a pena!...
Amei, amei, amei! História objetiva, linda, detalhes que prendem! Parabéns a autora!...
Amei o livro! História que vale a pena ler até o final...
A hitótia é linda, vale a pena ler, é melhor ainda q ñ é longa....