Entre quatro paredes(Completo) romance Capítulo 29

Ele me agarrou em seguida.

Eu mal sabia que aquele era o motivo do jantar, na verdade eu pensava que iria sair de lá em pedaços. Dante tinha terminado de falar o que não havia conseguido dizer na ilha, meu coração pulsava firme, eu sentia todo o meu corpo vibrar.

Ele não me beijou, apenas me abraçou, sua ternura aqueceu meu peito, fiquei na dúvida se o que estava me transmitindo era amor, se fosse, aquela fora a primeira vez. Demorou um pouco para ele me soltar, seus olhos estavam brilhando, combinavam com as luzes da estátua da liberdade.

— Vamos sair daqui, sei que você detestou tudo isso.

Eu abrir um sorriso largo e enxuguei as lágrimas de emoção.

Nós caminhamos para fora do restaurante de mãos dadas, ele fez questão de sentir o calor da palma de minha mão.Entramos no carro e ele deu partida, eu tampouco sabia para onde íamos.

— Para onde está me levando? — Pergunto entusiasmada.

— Para um lugar diferente desse, é especial.

Ele dirigiu bastante por quase toda a cidade, apoiei meus braços na janela do carro e deitei minha cabeça observando as luzes, o vento atiçava meus cabelos que a essa altura já estavam soltos. Chegamos no Brooklyn quando o sol já estava quase para nascer. Fiquei curiosa para saber o que me esperava.

Dante desligou o carro em frente a um prédio grande, num bairro residencial.

Eu observei o prédio longo quando saí do automóvel, respirei fundo. Ele me acordou de meus devaneios pegando em minha mão e me puxando para dentro do local. Dante caçou uma chave e abriu a porta. Nós entramos e o local estava um completo vazio, as outras portas estavam trancadas e os corredores escuros.

— Ainda não é aqui. — Ele me puxou novamente.

Nós subimos as escadas correndo feito dois adolescentes. No fim, ele abriu uma porta pesada que dava acesso ao terraço. Minha respiração falhou com a vista daquele lugar.

Viro para o lado e Dante estava sentando em um simples caixote que tinha por lá, ele afastou para eu sentar do seu lado.

— Nós não invadimos esse lugar não, né? — Pergunto.

Ele sorrir.

— Não, pode ficar tranquila.

Eu estava tremendo de frio, ele me deu seu blazer para me aquecer e passou seu braço ao redor dos meus braços.

— Quantas das suas muitas você já trouxe aqui?

Ele solta um sorriso nasal me fazendo parecer uma idiota.

— Eu morava aqui antes de tudo.

— Nesse conjunto residencial?

— Sei que parece brincadeira, mas não é. — ele parece lembrar do passado com ternura — fui muito feliz aqui, antes de ter que assumir a empresa após a morte do meu pai. Depois de alguns anos eu comprei esse prédio, virou meu local de paz.

Observo a expressão de calma que ele tinha, não fazia ideia de que um lugar tão simples poderia fazê-lo feliz.

— É difícil de acreditar que uma pessoa igual a — pigarreio — o poderoso Dante Angnel tenha um apreço tão grande por um lugar caindo aos pedaços.

— Esse é o meu único tesouro, Alice. Ninguém sabe, ninguém conhece e você é a primeira pessoa a quem eu confio para mostrar isso tudo.

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