Entre quatro paredes(Completo) romance Capítulo 41

Mais um mês passou, minha barriga estava cada vez mais aparente. A cada mês que passava eu pensava em falar ao Dante sobre tudo, ainda mais depois do acidente no dia de ação de graças. Anne disse que ele estava bem, segundo Ryan, mas que ele não visitava a família como antes.

Como era de costume todas as noites eu assaltava a geladeira. Peguei o resto do jantar que estava na geladeira e devorei com refrigerante. Beatriz dizia que eu não podia passar fome então sempre enchia a geladeira com besteiras e frutas, eu sempre preferia os doces. Anne me chamava de vaca, pois sempre estava mastigando alguma coisa.

Me sento no sofá e começo a assistir programas variados.

— Caramba, você me assustou! — Beatriz diz saindo de seu quarto.

— Me desculpe, Bea. — Digo com um sorriso nos lábios.

— Quase tive um ataque, você parece um fantasma. — Ela vai até a geladeira e pega água.

— Está vendo bebê, a tia Beatriz é malvada com a sua mamãe.

— Você ficou grávida e caduca. — Ela sorri e olha atentamente a TV, que por acaso estava em um filme muito legal.

— Estou sem sono, não tive um sonho muito agradável.

— Também estou. Sabe, ainda não e acostumei muito bem com essa nova vida, parece brincadeira. — Ela fala sorrindo.

— Muito menos eu, eu tenho 23 anos, e há um ano atrás não imaginava que conquistaria tudo isso. — Digo.

— Muito menos eu, não tinha amizades boas. Você sabe, eu não era uma pessoa muito legal.

— Eu sei, amiga. Mas agora estamos aqui, juntas e firmes. — Entrelaçou minha mão na dela. Ela sorrir e deita sua cabeça em meu ombro.

— E quando você precedente saber o sexo do bebê?

— Ah, eu falei com a médica, ela disse que mês que vem vamos fazer a ultrassom. Todas as vezes o bebê está com as pernas fechadas.

Ela assentiu.

— Me faz um favor? — Pediu ela.

— O que?

— Diz para a sua irmã, parar de ficar fazendo face time com o Ryan todo dia. As paredes são finas, eu consigo escutar ela falando sobre como o pau dele é grande. — Ela revira os olhos e eu gargalho.

— Pelo menos ela ver alguma coisa, estou na seca há meses.

Durante esses meses em Londres, eu passei a frequentar sempre uma loja de rosquinhas que tinha na esquina da onde eu trabalhava. Eram as melhores rosquinhas que eu já tinha comido, minha boca salivava ao imaginar aquele monte de gordura misturada com qualquer outra porcaria. E sempre após o trabalho, eu comprava pelo menos uma caixa delas, as meninas odiavam, alegavam que era nojento então sempre sobrava mais para mim.

— O que você irá querer, hoje? — Perguntou a atendente.

— Eu quero aquelas com açúcar por cima, como vocês conseguem fazer uma coisa tão gostosa como aquela? — Pergunto olhando o cardápio.

— É segredo. — Ela fala sorrindo. — É apenas isso?

— Sim, eu quero o combo de quatro, por favor.

— Está bem. — Diz ela entrando para a cozinha.

Esperava minhas rosquinhas quando sinto alguém atrás de mim.

— Alice? — Era Guilherme. Ele sorriu assim que me viu.

— Anh, olá, Guilherme! — Digo limpando minha boca. — Nossa, que vergonha. Você deve estar me achando uma gulosa.

— Não, fique calma. — Ele disse com um sorriso nos lábios.

— Você também gosta daqui?

— Não, eu vi você pelo lado de fora e resolvi dar um "olá". — Ele fala.

Nós nos encaramos, como sempre fazíamos na empresa. Ele sorriu para mim e apontou para minha frente, a moça já estava com minhas rosquinhas embaladas.

— Está aqui, meu bem. — Disse esperando o dinheiro.

Abrir minha bolsa e percebi que não tinha trazido a carteira. Droga.

— Eu sinto muito mesmo. Acabei esquecendo minha carteira na loja. Desculpe por ter feito você perder seu tempo. — Digo envergonhada.

— Eu pago. — Guilherme é mais rápido.

— Imagina, não precisa.

Antes que eu protestasse mais ele entregou o dinheiro para a mulher e voltou sua atenção para mim.

— Muito bem, vocês sabem o que dizem, não se pode deixar uma mulher grávida com desejo. — A atendente disse, eu só queria matar ela com meu olhar naquele momento. A moça percebeu o que causou e seu sorriso desapareceu.

— Vamos! — Digo para quebrar o clima.

Saímos da loja já com nossos casacos. Abrir a caixa e comecei a comer uma rosquinha.

— Você quer? — Pergunto.

— Não, obrigado. — Disse. — Eu meio que já sabia que você está...

— Sim, eu estou. E agora é o momento em que você foge, pois eu estou grávida e vou ser mãe solo — falo. — É tudo tão chato, eu nem posso conversar com um rapaz que eles fogem de mim.

Só depois percebo a besteira que falei, droga mais uma vez!

— Eu não vou fugir, aposto que será uma mãe excepcional. — Disse me encarando.

Como fazia para andar de novo depois daquele sorriso? Guilherme sempre sabia a hora de mostrar a sua elegância.

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