Nunca na minha existência eu pensei que me sentiria tão completa como agora. Ninguém no mundo poderia ocupar o lugar de Daniel no meu coração, ele era a única coisa que eu me importava verdadeiramente, desde que vi seu rostinho brilhando em meio às enfermeiras. O amor que eu tanto buscava em alguém estava bem ali, na minha frente. Eu sentia vontade de gritar aos quatro ventos o quanto eu amava aquele menino.
Daniel se tornou o homem da minha vida.
─ Ele é muito lindo. ─ Beatriz fala com os olhos marejados.
─ Quero apertar ─ Anne passa seu dedo pela cabeça pequena. ─ Que fofura!
Agora nós finalmente já estávamos no quarto, Daniel tinha feito todos os exames necessários e eu podia curtir a vontade com ele.
Na porta do quarto, apareceu Guilherme com uma expressão adorável. Eu lembrei imediatamente da briga que tivemos mais cedo.
Me senti envergonhada depois de tudo que eu disse.
─ Ele é perfeito. ─ Disse ele olhando o bebê.
O bebê abre os olhos e pela primeira vez percebo que seus olhos são verdes, sim, ele tinha olhos verdes, não eram verdes claros eram escuros e intensos, assim como os do pai.
─ Olhos verdes, hum ─ Anne murmura.
Beatriz olhou feio para ela.
─ Isso pode mudar até o 1 ano de idade. ─ Tento parecer o mais indiferente que pude.
─ Meu deus, você passou muita raiva durante a gravidez. Esse menino é a cara do Dante. ─ Anne diz.
Guilherme olhou para mim desconfortável. Um nó se formou na minha garganta, eu não pude olhar para ele.
Daniel era um bebê calmo, eu o fiz ninar apenas passando os dedos em seu rosto pequeno. Ele dormia como um anjo, de vez enquanto eu levantava para olhá-lo, mas Guilherme fazia isso por mim às veze já que decidiu passar a noite comigo.
Ele voltou para sentar em uma cadeira ao meu lado após olhar Daniel mais uma vez.
─ Guilherme, eu fui muito rude com você.
─ Você estava no seu direito. ─ ele diz sem olhar muito para mim, e continuava olhando para o Daniel. ─ Eu realmente não sou o pai.
As palavras dele carregavam amargura, eu definitivamente tinha ferido seus sentimentos.
─ Me desculpa, eu não quis dizer aquilo.
─ Então o que quis dizer? ─ por um momento ele olha para mim mas desvia. ─ eu só estou aqui pelo Daniel, por que se fosse por mim, já teria ido embora.
Levanto da cama com dificuldade, eu tinha levado pontos. Coloco minha mão no ombro dele com delicadeza e o mesmo vira-se para mim.
─ Vou te contar tudo. Só peço que não fique com raiva de mim. ─ eu agarro em sua cintura abraçando ele, demorou para o mesmo retribuir, mas no fim o fez.
Depois de uma longa conversa Guilherme ficou imóvel, como se não acreditasse no que eu acabará de falar.
Parecia brincadeira tudo o que eu falei mas ele nunca diria em voz alta.
─ Não vai dizer nada? ─ pergunto receosa.
─ Quer dizer que o pai do Daniel e o empresário Dante Angnel... ─ ele une as mãos e as coloca em frente aos lábios. ─ isso muda muita coisa, Alice. Ele nem sabe da existência do Daniel.
─ Eu deveria ter falado, mas depois de tudo que eu passei e vi. Minha mãe tinha acabado de morrer e...
Inesperadamente ele me puxa para seus braços. Eu respirei fundo para não deixar as lágrimas escaparem.
─ Tudo bem, eu entendo.
─ Não pode contar para ninguém isso.
─ Fica tranquila, não vou contar para ninguém. ─ Ele beija minha cabeça. ─ eu juro.
─ Confio em você. ─ Eu levanto minha cabeça e junto nossos lábios.
Os dias mágicos na maternidade acabaram, finalmente estamos em casa com um bebê. Nenhum de nós sabia como seria de agora em diante, já que ninguém tinha experiência com bebê recém-nascido.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Entre quatro paredes(Completo)
Muito linda a história, valeu a pena!...
Amei, amei, amei! História objetiva, linda, detalhes que prendem! Parabéns a autora!...
Amei o livro! História que vale a pena ler até o final...
A hitótia é linda, vale a pena ler, é melhor ainda q ñ é longa....