INDECENTE DESEJO romance Capítulo 18

O rosto sereno e relaxado torna difícil conciliar a garota com a show para maiores que ela estava dando naquele bar quando cheguei, dormindo ela até parece um anjo inofensivo. Mas não, o bar Man tem razão, essa garota é problema e vai atrapalhar meus planos.

Ela resmunga, liberando sons baixos e incompreensíveis ainda de olhos fechados. Se agitando na cama que cedi pra ela por essa noite, fazendo com que o lençol suba e mostre suas pernas descobertas, revelando um pedaço da minha blusa enrolado em seu quadril, enquanto uma de minhas cuecas cobre a bunda redonda e pequena. Praguejo, amaldiçoando a fedelha por me causar pensamentos contraditórios. Fico entre cuidar dela e fazer coisas nada inocentes. Puxo o lençol que seus movimentos inconscientes afastaram e cubro novamente seu corpo, deixando apenas sua cabeça visível.

Pego seu celular, satisfeito por ela ter me dado a senha mais cedo quando criei uma falsa mensagem pra sua mãe. Verifico se a mulher já visualizou e deixou alguma resposta.

"Como assim, dormir fora?. Você não dorme fora desde os seus dez anos de idade. " A mulher digitou.

Resmungo, pensando em algo esperto para digitar.

"Estou na casa de uma amiga da escola. Nos falamos depois. "

Escrevo de volta, torcendo para que a mulher acredite, afinal faz apenas alguns meses que a filha terminou o ensino médio.

Vai colar.

"Amélia Leal, você odeia todas aquelas meninas. Conte a verdade ou vou rastrear seu telefone!"

Me desespero, tentando pensar em uma resposta convincente.

Droga, essa menina não tem amigas?

" Essa não é ruim, na verdade, simpatizo com ela. Preciso me distrair, você precisa entender."

Envio.

Alguns segundos depois o telefone volta a vibrar e sorrio com o que leio.

"Ok, volte pra casa amanhã cedo. Temos que conversar. Amo você, ratinha. Nunca esqueça que sua mãe te ama e tudo que faço é pela sua felicidade."

Não entendo o conteúdo da mensagem, mas fico satisfeito que ela não vá rastrear o celular da garota. Seria muito ruim nesse momento se Augusto Leal descobrisse que a filha caçula tá dormindo na minha cama, ou não. Sorrio, olhando o pedaço de carne proibida toda embrulhada como um maldito presente no meu colchão.

O pensamento de fazê-lo imaginar o que sua filha e eu estamos fazendo sozinhos em um quarto, me faz sorrir.Afasto a ideia da mente e sigo para o banheiro, ligado ao quarto e tomo um banho rápido, apenas para tirar a sujeira de um dia difícil. Quando me considero limpo o suficiente, abandono o chuveiro e agarro a toalha branca que sempre tenho disponível aqui, enrolo o pedaço de pano no quadril e saio do banheiro. A sensação de limpeza é maravilhosa, ainda mais quando tudo que aparece na minha cabeça nesse momento é o breve encontro que tive com Aurora, e por algum motivo essa lembrança me faz sentir sujo. Não posso mentir para mim mesmo e dizer que meu corpo não reagiu ao dela, junto da raiva também existia saudade. Ela me fez lembrar do passado, de como minha vida era boa. Aurora continua deslumbrante em sua pose de mulher independente, aliás, o completo oposto de Amélia.

A menina é uma bagunça, apesar do olhar firme. A caçula Leal tem uma sensualidade natural e uma comoção nas íris claras, capaz de dobrar qualquer um e ainda assim, não transmite confiança.

Puxo uma calça moletom do meu armário, espiando por cima do ombro se a diabinha ainda está dormindo. Um sorriso espontâneo se alarga em meu rosto quando constato que sim, em um movimento rápido retiro a toalha e visto umas das minhas cuecas boxes, subindo a calça moletom rapidamente em seguida.

Se, dois meses atrás, me falassem que eu estaria trocando de roupa na presença de um membro da família Leal, mesmo que esta esteja desacordada e seja uma pequena tentação, eu iria rir. Eu tinha planos, tenho planos para Amélia e trocar de roupa até estava incluso, mas isso envolvia a fedelha nua e bem acordada.

Viro na direção dela, imaginando sua reação quando acordar e me encontrar bem ao seu lado.

Caminho para a cama, desnudo da cintura pra cima e me deito, colocando um de meus braços para apoiar minha cabeça enquanto a outra descansa sobre meu abdômen. Guilhermino não vai gostar que eu dormi aqui, ele é extremamente correto e me julgaria desrespeito, mas foda-se.

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