INDECENTE DESEJO romance Capítulo 24

Resumo de CAPÍTULO 23 - AMÉLIA: INDECENTE DESEJO

Resumo de CAPÍTULO 23 - AMÉLIA – INDECENTE DESEJO por Canli pop

Em CAPÍTULO 23 - AMÉLIA, um capítulo marcante do aclamado romance de Erótico INDECENTE DESEJO, escrito por Canli pop, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de INDECENTE DESEJO.

Pisco uma e outra vez, tentando digerir o que mamãe acaba de falar. Seus olhos me encaram com receio e preciso tomar alguns passos de distância para lidar com toda a carga das revelações que ela acaba de fazer.

— Há quanto tempo vocês estão juntos? — Seus olhos enchem de lágrimas e sua cabeça começa a balançar de um lado para o outro em negação.

— Por favor, não me olhe assim. Eu não mereço esse olhar de julgamento, Amélia. — Suas palavras saem afetadas pelo choro, quase as tornando inaudíveis. Abaixo minha cabeça, incapaz de olhar em seus olhos por mais de três segundos. Eu não queria julgá-la. Eu a amo com todas as minhas forças, Dona Anna Maria é minha heroína e meu espelho, mas não posso negar que estou atordoado, cheia de preconceitos.

— Só me responda, por favor. — Ela soluça, não contendo mais as lágrimas e meu corpo estremece, cheio de culpa.

— Foi em uma conferência há alguns meses, você sabe o quanto estou engajada nos serviços sociais que o partido do seu pai prestam, porém, faço por amor, porque me sinto alguém melhor ao ajudar o próximo, garanto que não tenho segundas intenções. No entanto, o marketing do seu pai usa a minha imagem para passar alavancar a reeleição de Augusto e isso tem me saturado, a mídia anda fazendo especulações sobre a veracidade das minhas ações e isso tem me deixado triste, mas seu pai não se importa. — Diz. Ergo minha cabeça e encontro seus olhos vermelhos, mostrando que suas palavras são verdadeiras.

Contudo, ela está enrolando e eu preciso saber. Respiro fundo, sentando sobre minha cama e sentindo meu estômago revirar. Puxo ar para meus pulmões, me esforçando para manter o contato direto com ela.

— Por favor, mamãe. Vá direto ao ponto. — Minha voz sai fria, bem diferente do que eu gostaria de passar e ela percebe. Posso identificar a decepção em sua face.

— Eu preciso contar como tudo aconteceu, você precisa visualizar todo o contexto para entender e me perdoar. Assinto com a cabeça, desejando no fundo, não ouvir mais nada.

— Bem, resolvi ignorar tudo e todos e me afogar nessas ações humanitárias de corpo e alma.

— Por isso você vem passando tanto tempo longe de casa? — Pergunto, sentindo meus olhos arderem ao perceber que ela me incluiu em sua estatística, faço parte do tudo e todos.

Ela desvia o olhar e esfrega suas mãos em sua calça social escura, soltando um lufada ao voltar para me encarar.

— Sim.

Sinto minha boca secar quando tento engolir um pouco de saliva, dando o meu melhor para não sair do quarto. Fugir do que ela ainda tem pra falar. Ela não se importou comigo todo esse tempo também.

— Sei que não é fácil pra você ouvir isso, apesar de tudo, Augusto é seu pai e nenhum filho quer ouvir que a mãe cometeu traição.

Suas palavras se tornam facas afiadas e causam dor em todo o meu corpo.

— Por favor, mamãe... — Peço, não conseguindo me manter parada em um só lugar.

— A conferência tratava da falta de investimento na saúde pública, seu pai deveria estar lá, mas ele me enviou em seu lugar. Eu não sabia que Ezequiel tinha virado médico e nunca imaginei o encontrar depois de tantos anos.

Franzo o cenho ao perceber a maneira como ela fala de seu amante.

— Vocês já se conheciam? — Pergunto. Ela hesita por um momento, mas afirma com a cabeça quando percebe que este é o momento para me falar tudo.

— Nós éramos noivos quando eu fui trabalhar na empresa do seu pai, ele não estudava medicina na época, mas tinha um coração enorme e possuía inteligência de sobra para conquistar um futuro próspero, mas não tinha ambição, ao contrário de mim. — Sua voz sai mais baixa no fim da frase, como se ela estivesse envergonhada.

Noivos?

No entanto, eu não consigo parar de rir ou chorar. Dediquei minha vida para fazê-la feliz, briguei tantas vezes por ela e nada foi real, todo esse tempo... Todas aquelas pessoas tinham razão.

— Eles tinham razão, você é uma vadia. — As palavras saem como um pensamento solto, repercutindo por todo o quarto até surtir seu efeito. O choque de sua mão no meu rosto vem segundos depois, não causando tanta como suas revelações.

— Você não vai falar assim comigo, me entendeu? — Grita.

Não digo nada, apenas continuo com a face virada, evitando olhar seu rosto.

— Fui uma garota tola, me deixei levar por um mundo luxuoso. Não estou negando o meu erro, mas sou uma mulher diferente agora e exijo seu respeito. Eu era uma menina, Amélia. Uma jovem cheia de sonhos e com um desejo de ter o melhor, fui pelo caminho mais fácil, só que muito das minhas decisões veio da falta de maturidade. Eu quero ser feliz, filha... — Para, diminuindo a tonalidade de sua voz. Soando mais apelativa. — Por favor, não me odeie. Ezequiel e eu vamos nos dar uma nova chance, mas preciso de você parece ser feliz. Sem a minha menina linda não serei completa. — Diz, acariciando meus cabelos. Me afasto do seu toque, seguindo direto para a porta.

— Parece que você já decidiu tudo sozinha, não finja que se importa agora. — Digo, a olhando pela última vez antes de sair e deixá—la sozinha.

Choro alto assim que fecho a porta atrás de mim, descendo o mais rápido possível as escadas. Ignorando o chamado de Pedro quando passo por ele.

— Amélia, espere! — Pedro grita, tentando acompanhar meus passos.

Pego as chaves do carro de mamãe no local de costume e sigo para a porta da frente, sabendo que seu carro estará estacionado na entrada da casa, pronto pra qualquer emergência.

Destravo o carro e entro, travando novamente. Pedro bate na janela, mas não dou-lhe atenção, ligo o automóvel e sigo para o mesmo lugar que tenho ido todos os dias dessa semana, o mesmo lugar que fiz de refúgio, a fazendo Zattani.

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