INDECENTE DESEJO romance Capítulo 48

—Bom dia.— A voz sedutora e levemente enrouquecida chega até meus ouvidos como uma perfeita melodia, esticando meus braços eu ergo meu tronco e me sento sobre a cama, ainda sonolenta o encaro sorrindo.

— Bom dia. — O respondo, não resistindo e descendo meus olhos pelo seu corpo parcialmente desnudo e molhado. Que visão. Seus lábios estão curvados em um sorriso prepotente, porque ele sabe que domina minha mente tanto quanto domina meu corpo. Seus braços e peitos estão descobertos e gotas de água do seu banho recente descem por sua pele, tornando a visão mais atraente.

— Eu amo seus moletons. — Permito meus olhos vagarem para o meio de suas pernas, onde o tecido cinza claro marca a sua protuberância. — Ele rir e passa a caminhar até a cama.

Lambo os lábios, bebendo dele.

Quanta abundância.

— Eu já falei o quanto você fica sexy quando acorda? — Diz sedutor, se curvando e apoiando suas duas mãos sobre a cama, igualando nossos olhares. Mordo meus lábios, balançando a cabeça de forma positiva.

— Você disse isso na manhã de ontem e na anterior a ela. — Ele engatinha sobre a cama vindo na minha direção, se posicionando no meio das minhas pernas e sorrir como um predador, meu corpo arrepiar quando seus dedos tocam a pele das minhas coxas.

Arquejo, fechando os olhos por um par de segundos.

— É a mais pura verdade. Seus cabelos ficam mais revoltos, espalhados pelo seu rosto e ombros. Sua boca sempre está mais vermelha e inchada, como se acabasse de ser beijada, mas o que fode comigo são os seus olhos... — Ele abre mais minhas, falando cada palavra pausadamente e beija a parte interna da minha coxa direita.

— O que tem meus olhos? — Consigo falar, embora saia mais como um gemido.

Ele rir baixo, soprando o hálito quente na trilha de beijo que acabou de deixar. Me jogo pra trás, abrindo mais as pernas pra ele.

— Você sabe que eles me deixam louco, sempre me abalaram, na verdade. — Confessa e meu coração erra uma batida pelo tom que usou. — Quando você era só uma adolescente, eles traziam comoção ao meu peito e me deixavam confuso sobre seu caráter, mas agora eles despertam desejo, tesão cru e uma vontade de torná—la minha.

Controlo minha respiração e mordo meu lábio inferior com força, ouvir suas palavras me deixaram desnorteada em vários sentidos. Primeiro, porquê ele nunca falou de maneira tão doce e íntima comigo antes e sua confissão baixou ainda mais meus muros de proteção.

— O que isso significa? — Murmuro, mesmo correndo o risco de ter estragado com esse momento, já que é a primeira vez que temos um diálogo que não envolva insinuações sexuais ou acusações desde que voltei há uma semana.

Um silêncio se instaura e todo o som evidente são os das nossas respirações ofegantes.

— Não vamos falar. — Diz, voltando a acariciar minha coxa com a boca. Lágrimas enchem meus olhos e tento fechar as pernas, mas ele as segura abertas.

— Amélia! — Esbraveja, irritado.

— Me solte, estou indo pra casa. — Rosno, me obrigando a não derramar a porra de nenhuma lágrima na frente dele.

Estamos fodendo há uma semana e não temos conversado sobre o que aconteceu, mas é evidente o quanto ele está ressentido.

— Não, você não vai. — Volta a falar, se deitando sobre mim. Me encurralando com o peso de seu corpo.

— Não sou seu brinquedo sexual, você me fez acusações e até agora estou esperando para que me mostre a tal mensagem. — Cuspo, lutando para tirá—lo de cima de mim.

Ele suspira, prendendo as minas mãos acima da minha cabeça, se acomodando de forma mais confortável junto do meu corpo.

— Saia! — Rosno, o fulminando com o olhar.

— Quieta. Você quer conversar? Então, nós vamos conversar. — Pontua, cínico, roçando os dentes no meu pescoço.

— Não tente me seduzir. — O ameaço, me contorcendo toda.

Ele rir, zombando da minha tentativa falha de escapar do seu aperto.

— Não estou tentando te seduzir, minha menina brava. Isso é pra te acalmar. — Beija meu queixo, depois minha bochecha até chegar na orelha, onde morde e chupa de forma depravada. Meu corpo reage e quero socar o rosto dele.

Mentiroso do caralho!

— Henrico Zattani, tire suas patas de cima de mim agora ou vou gritar! — Ameaço, evitando fechar os olhos e gemer pelo seu trabalho bem feito na minha orelha.

— Como você fez ontem a noite? — Sussurra, zombando de mim.

Ele passa a moer, me obrigando a abrir ainda mais minhas pernas. — Por favor, pare...

— Você quer mesmo que eu pare? — Provoca, descendo uma de suas mãos para o meu seio e o agarrando sem misericórdia. Ele brinca com o bico, puxando e amassando sem trégua por cima da blusa que estou vestindo.

Meu celular vibra e a melodia The time of my life de Bill Medley e Jennifer Warnes passa o soar, Henrico para de se esfregar em mim e me lança um de seus olhares questionadores, arqueando a sobrancelha.

— Então, você gosta dos clássicos? — Pergunta, não escondendo seu sorriso de aprovação.

Bufo.

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