Ilha de Capri. Este foi o destino escolhido por Enzo para conquistar Emma. Uma das ilhas mais belas e românticas. Tudo havia sido reservado por Enrico tendo Enzo que apenas levá-la ate lá e tornar a sua missão possível. Os quartos reservados foram um do lado do outro e por ter a família Belinni como um dos maiores acionistas do hotel tudo tornou-se possível para o plano deles.
Enzo sorriu ao desligar o telefone e olhar para o seu reflexo no espelho. O short contrastava com a sua cor e a blusa de regata evidenciava os seus músculos. Pegou uma sacola dentro do closet e saiu sorrindo. Abriu a porta de seu bangalo e virou para o lado esquerdo, bateu na porta e sorriu ao ver Emma abrir a porta confusa.
–Gostou? – ele perguntou ao passar por ela e olhar a sua volta – esta tudo como pedi.
–Enzo... Porque estamos aqui? E onde estamos afinal?
–É impressão minha ou está nervosa e ansiosa – comentou ao se aproximar dela. Segurou em uma mecha de seu cabelo e cheirou.
–Enzo... o que está fazendo? – para ela nada daquilo estava fazendo sentido.
–Vista o que tem ai e venha para fora – entregou a sacola para ela e saiu.
Emma olhou o conteúdo da sacola ficando sem saber o que fazer. Retirou o biquíni, surpresa.
–Ele acha que vou usar isso? – se perguntou ao segurar a minúscula peça na cor verde.
***
Enzo espreguiçou-se em frente do bangalô de Emma e sorriu ao ver o céu azul e límpido. Já estava indo atrás dela quando a porta se abriu dando passagem a ela, que trajava um vestido branco de tecido leve.
–Vamos? – perguntou oferecendo a sua mão a ela, sendo que ela o rejeitou. Apenas o olhou seriamente – já sei.. Quer saber onde estamos. Vou lhe explicar tudo.
Ela assentiu hesitante ao segui-lo pelas areias fofas e brancas da praia. Caminharam durante alguns instantes ate ele parar em frente a duas cadeiras, colocadas uma ao lado da outra, e uma mesa do lado. Enzo se sentou e indicou que ela fizesse o mesmo.
–Bem.. como posso começar? – se perguntou em voz alta – Você está na Ilha Capri, esse lugar é um ótimo paraíso de férias e esta vazio pela baixa temporada. Esse hotel oferece muitas atividades como...
–Ainda não entendi porque me trouxe ate aqui – o interrompeu séria, o encarando.
–Para que se apaixone por mim? – gracejou – na realidade... Preciso testar alguns serviços daqui e como os Belinni possuem a maior parte das ações...
–Veio a trabalho então?
–Sim e lhe trouxe para ajudar-me.
–Porque eu?
–És jovem, possui uma ótima mente e tenho certeza que irá gostar daqui. Porque não se divertir um pouco?
–Poderia ter trazido qualquer pessoa – murmurou ainda confusa.
–Sim, qualquer pessoa, mas nenhuma delas seria você – tornou sério a encarando. Emma ficou inebriada pelo olhar dele esquecendo-se, por alguns segundos, de respirar.
***
Enzo mostrava-se um cavalheiro com ela. Vivia a paparicando, a protegendo e cuidando dela. Emma começa a se divertir sem lembrar-se sua vida, de Raoul, de Rupert e tudo que a preocupava.
A água do mar mostrava-se convidativa, mas a jovem ainda encontrava-se envergonhada pelo biquíni que trajava.
–Não vai pra água? – Enzo perguntou ao levantar da cadeira retirando a camisa.
–Acho.. Melhor não – balbuciou ao olhar para o corpo dele de relance. Sentiu suas faces ficarem rubras e culpou, internamente, o sol, apesar de saber ser uma mentira.
–Por quê? O biquíni não ficou bom? – indagou curioso ao olhar para o corpo dela.
–Não.. é que... estou com vergonha – confessou de cabeça baixa.
–Não sei o motivo, estamos apenas nós dois aqui – sorriu ao olhar em sua volta. Não se via uma alma viva em 300 metros.
–Verdade... Porque não há ninguém aqui? – perguntou curiosa dando-se conta de não ter visto ninguém desde que havia chegado.
–O resort foi fechado para a inspeção. Venha, vamos – ofereceu a sua mão com um sorriso no face – se não for.. ficarei triste e não poderia lhe fazer uma surpresa mais tarde.
–Surpresa?
–Sim
–Mas... Não há motivo para isso.
–A graça é essa. Não precisamos de nada para comemorar. Nós criamos nossas datas especiais e nossos momentos que devem ser celebrados.
Emma o fitou com um sorriso na face. Em seu intimo, sentia que iria se arrepender, mas optou por dar de ombros. Se ergueu, retirou o vestido exibindo o seu corpo, coberto apenas por um biquíni pequeno verde. Enzo a admirou durante alguns instantes e não demorou para sorrir, segurar em sua mão e a levar para o mar.
***
Enrico atravessou o saguão da seguradora com o semblante sério, denotando um ar conquistador. As mulheres não conseguiam evitar de olhar para ele, e um sorriso brotava em seus lábios. Ele nunca se cansava de ver o desejo nos olhares femininos. Parou em frente a secretaria de Raoul, piscou para ela e sorriu.
–Meu primo está ai? – perguntou mexendo em algumas coisas em cima da mesa dela a fim de distraí-la.
–Sim, senhor Belinni – comentou segurando o riso – ele está sozinho na sala.. Se quiser..
–Eu vou entrando então – sorriu dando uma piscadela antes de adentrar na sala do presidente da seguradora. Encontrou Raoul concentrado em seu laptop, digitando freneticamente – depois não reclame quando for largado – disse sorrindo.
Raoul não havia escutado nenhum barulho antes de escutar a voz de Enrico. Assim que o viu, todas as lembranças do que houve na Toscana vieram em sua mente. Sua vontade era de bater em seu primo, entretanto respirou fundo, mantendo a calma.
–O que faz aqui, Enrico? – indagou sério.
–Vim ficar no lugar de Enzo, por alguns dias acho –comentou pensativo.
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