Raoul abriu a porta do apartamento com uma caixa em sua mão. Entrou no apartamento e ao ligar as luzes avistou diversos livros na mesa e um caderno em cima do sofá. Deixou tudo sob a mesa, pegou o caderno dela e começou a ler suas anotações.
–Raoul... o que.. está fazendo? – Emma perguntou tímida ao voltar do banheiro e encontrar o seu marido lendo o caderno do colégio. Desde a sua conversa com Caroline tentava não pensar em Raoul ou Rupert.
–Estava apenas vendo o que estava aprendendo no colégio – disse simplesmente ao olhar para ela. A olhou de cima a baixo ao ver o seu traje. O vestido dela vinha ate o meio de suas coxas, ele era azul claro e na parte de cima podia-se ver um decote. –vai sair?
–Não, estava estudando – falou envergonhada ao ver o olhar dele - Chegou cedo hoje.
–Tinha algumas coisas pra fazer – olhou para a caixa que trouxe e sorriu – gosta de nozes?
–Sim...
–A caixa é pra você. Espero que goste – falou antes de seguir para o seu quarto. Emma olhou curiosa para ele e em seguida para a caixa deixada na sala. A segurou e quando abriu ficou surpresa. Dentro da caixa encontrava-se uma torta de nozes com chocolate.
–Uma torta? – murmurou confusa ao tirá-la da caixa. – Mas hoje é um dia normal.
Raoul retirou a sua gravata assim que entrou no quarto. Olhou envolta e um sorriso brotou em seus lábios.
–É tão fácil deixar uma menina apaixonada – disse consigo mesmo. Lembrou-se das palavras de Enzo e antes que pudesse sentir algum remorso, suspirou – não posso fazer nada. É o meu sonho em jogo.
***
Emma sorria bobamente ao comer a torta. Aquela era a segunda vez em que Raoul se mostrava tão solicito para ela.
–Talvez ele não seja tão mal.
***
Enzo andou de um lado para o outro em seu quarto. Ele não conseguia acreditar no que estava prestes a fazer. Seu coração começava a acelerar-se. Enrico abriu a porta do quarto de Enzo e ao encontrá-lo inquieto, sorriu.
–Vejo que irá mesmo conquistá-la – disse ao olhar para a sacola em cima da cama dele. – isso ai é pra ela?
–Enrico... Porque está me incentivando a isso afinal de contas? – Enzo indagou com o semblante sério.
–Imaginei que não tivesse medo da rejeição e que lutaria por ela, mas me parece estar com medo.
–Enrico.. Sabe o quanto errado é o que estou prestes a fazer?
–O único que me ligou afirmando que faria isso, foi tu.
–Eu sei – murmurou.
–Então?
–Eu sei que é o certo a se fazer, mas é da maneira errada.
–Então quer esperar durante um ano, vê-la sofrer e só depois ir ao seu alento?
–Talvez fosse melhor.
–Enzo... Em todo o filme há sempre um homem que vai salvar a mocinha das garras do vilão malvado.
–Mas nem em todos a mocinha se apaixona pelo mocinho, as vezes... O vilão é mais tentador e apaixonante.
–Ele é apenas uma ilusão – meneou a cabeça e sorriu – escute a nossa conversa. Isso está ficando ridículo. Decida-se, vai conquistá-la ou não?
Enzo suspirou ao responder para Enrico, o qual sorriu abertamente.
–Muito bem.. Já que se decidiu faça as coisas corretamente. Ela tem que ser sua.
–Só não irei mentir como Raoul está fazendo.
–Então precisará de sorte – falou sério.
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