Resumo do capítulo Lição 54 - Declaração? de Lição de Amor
Neste capítulo de destaque do romance Romance Lição de Amor, Thay apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
A medida que se aproximava do centro da Itália, o carro esportivo dirigido por Enzo Belinni aumentava a velocidade sem importar-se com as multas que receberia ou com os perigos que estava correndo. Ele desejava apenas chegar o mais rápido possível para Emma. Ele necessitava vê-la, saber se estava realmente bem. Após alguns minutos estacionou o seu carro de qualquer forma no meio fio em frente ao edifício onde Raoul morava. Passou pelo portão principal sem parar, pois já era conhecido de todos os porteiros. Caminhou apressado ate o elevador, entrou impaciente e logo as portas se abriram na cobertura. Bateu na porta do apartamento e tocou a campainha não demorando para Emma abrir a porta com o semblante confuso e um pouco assustado.
–Enzo...? aconteceu algo? – perguntou ao vê-lo com o semblante estranho – você está...
–Graças a Deus que esta realmente bem – Enzo disse ao abraçá-la. A puxou para si com força e a apertou em um forte abraço. Pousou sua cabeça em cima da dela e relaxou – pensei que estivesse com algum ferimento. Quando soube o que houve contigo... fiquei tão assustado.
–Enzo, eu estou bem – disse sorrindo levemente ao tentar se afastar, entretanto o quanto mais tentava mais ele a apertava.
–Fique quieta, vamos ficar assim apenas um pouco. Quero sentir que você está bem de verdade.
Emma optou por continuar abraçada com ele. A sensação de tê-lo em seus braços era reconfortante e aconchegante, assemelhando-se a sensação que tinha quando Raoul a abraçava. Não se importaram se ficarem abraçados no meio do corredor, apesar deixaram-se levar pelo momento.
–Enzo.. como soube do acidente? – perguntou curiosa.
–Enrico. Não sei como, mas ele descobriu e me contou. Fui ao hospital, mas ao chegar lá soube que já havia sido liberada. Porque não me telefonou? Eu poderia ter ido e... te ajudado.
–Obrigada Enzo, mas há coisas que preciso fazer sozinha – sorriu otimista colocando uma mão sobre o tórax dele tentando se afastar – não quer entrar? Acho estranho continuar com essa conversa aqui fora.
Enzo sorriu ao vê-la virar de costas e entrar no apartamento. Assim que fechou a porta atrás de si, Enzo, olhou em volta percebendo algumas mudanças sutis no ambiente. O local outrora frio possuía um calor que era lhe familiar. No sofá antes simples, jazia uma manta sobre ele dando-lhe uma cor, na mesa de centro algumas revistas estavam pousadas sobre ela assim como alguns objetos pessoais de Emma.
“Ela está conseguindo.. aos poucos esta tirando a frieza desta casa e de Raoul” pensou um tanto entristecido.
–Emma.. o que houve com você?
–Não foi nada demais. Já está tudo resolvido – sorriu sinceramente – obrigada por ter se preocupado comigo. É bom ver que tenho amigos como você.
–Amigo? – Enzo repetiu sério – sabe que.. Emma... o que sinto por você vai além de uma amizade. Eu tentei não falar nada.. eu prometi a mim mesmo não revelar meus sentimentos até que você sentisse algo por mim, mas percebi que a vida é muita curta. Se tivesse acontecido alto contigo.. eu nunca me perdoaria por você não saber de meus sentimentos.
–Enzo..
–Emma por favor, só estou lhe pedindo uma chance. Uma chance para mostrar o quanto meus sentimentos são verdadeiros. Eu te amo. Te amo de uma forma inexplicável. Meus sentimentos cresceram dia-a-dia e quando me dei por mim... você já estava em minha mente, meu coração e alma. Vamos nos dar uma chance. Uma oportunidade de sermos felizes.
Emma o fitou sem acreditar nas palavras que escutava. O fitou sem reação. Viu ele caminhar ate onde ela estava e antes que se desse conta, seus braços envolveram a sua cintura, puxando-a para si, e seus lábios colaram-se aos dela. O beijo era repleto de sentimentos e quando Emma deu-se por si, o afastou.
–Enzo... eu.. eu não...
–Não diga que não pode e que não quer. Só tem convivido com Raoul não há como dizer que o ama. – aproximou-se dela, segurando-a pelos braços – sei que sente algo por mim. Os beijos que trocamos confirmam isso.
–Eu... não é assim, Enzo – falou sem jeito – os beijos.. sim, admito que me deixam confusa, mas..
–Emma.. entre eu e Raoul, acredite em mim. Sou a melhor opção para você, sou o único que pode te fazer feliz.
–Como pode ser o único a me trazer felicidade? Sabe que esta sendo arrogante e prepotente, não?
–Posso estar sendo, mas digo o que vai em meu coração. Cansei de esconder meus sentimentos.
–Enzo.. sou casada com seu primo.
–Fala de uma forma como se o coração escolhesse.
–É que.. isso é errado – murmurou ao virar o rosto, pois começava a sentir-se afetada pelo olhar dele – Raoul.. se ele descobrir..
–Ele já sabe. Ele foi o primeiro a quem disse. Não sou de mentir, Emma. Quando estou sério sobre algo, não minto.
Emma o olhou sem reação. “Ele sabia que Enzo está apaixonado por mim, mas não fez nada? Como ele pode ser tão frio?” se perguntou em pensamento.
–Desde.. desde quando ele sabe? – perguntou friamente tentando não transparecer a sua decepção.
–Após a festa em que foram.. a primeira.. comecei a perceber meus sentimentos por você naquele dia e em seguida disse a ele.
–Senhor Belinni, tens uma visita – disse próxima a ele.
–Diga que estou ocupado. Tem hora marcada?
–Não – negou sem graça – mas... acho que deveria recebê-la.
–Muito bem. Deixe-a na minha sala e quando terminar eu vou – a viu assentir e sair segundos depois – podemos continuar.
***
A secretaria de Raoul sorriu para Emma que mostrava-se nervosa no saguão da empresa, no ultimo andar.
–Ele pediu para que esperasse em sua sala. Daqui a pouco estará lá.
–Obrigada – murmurou ainda sem ter certeza de que estava fazendo a coisa certa. Seguiu a secretaria até uma grande porta.
–Fique a vontade. Deseja que traga algo? Café, suco, água?
–Não obrigada. – disse ao entrar na sala. Olhou tudo com curiosidade e ao se ver sozinha andou pelo escritório dele. Estranhou não ver nenhum bem pessoal dele, apenas uma foto pousada sobre a mesa. A foto de todos os parentes reunidos na casa da Toscana. Segurou o porta-retrato com um sorriso na face ao ver a expressão de desagrado de Raoul. Colocou de volta no lugar, sentou-se na cadeira dele e olhou em volta – eu vou conseguir perguntar, não vou?
***
Quarenta e cinco minutos depois, Raoul saiu da sala de reunião rodeado pelos homens que estavam na reunião de outrora. Continuaram discutindo alguns assuntos ate Raoul olhar para a sua secretaria e perceber o olhar que ela lhe fitava.
–Me perdoem, mas tenho um compromisso agora. Se acharam que mudanças seriam pertinentes façam um relatório e me enviem – ao dizer isto lhe deu as costas e abriu a porta de sua sala. Estancou ao ver Emma sentada em sua cadeira com os olhos levemente fechados. Indagou-se por um breve segundo se não estaria tendo alucinações, sorrindo em seguida com o seu pensamento. Caminhou ate onde ela estava e a fitou pacientemente. Ficou sem saber o que fazer, pois não queria acordá-la. Puxou uma cadeira colocando-a de frente para Emma. Agachou-se a ponto de ver o seu rosto perfeitamente. Delicadamente, passou o dedo pela testa dela, o seu nariz e o contorno de seus lábios.
–Harmônica – sussurrou levemente. Estava aproximando o seu rosto do dela quando a viu abrir os olhos e encará-lo com uma expressão pacifica na face. – eu..
–Raoul.. você.. me ama? – perguntou confiante. Para Emma aquela cena não passava da continuação do sonho que estava tendo. – Estou cansada de ficar confusa. Se não me amar diga, pois assim seguirei em frente. Não quero ficar parada esperando algo que nunca virá. – seus olhos ainda entreabertos não repararam na expressão surpresa do homem a sua frente. –por favor.. diga que sim – sussurrou sem perceber que ele escutava suas palavras e que não estava sonhando.
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