Resumo de Capítulo 19 – Meu melhor erro por Letícia Nogueira
Em Capítulo 19, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Meu melhor erro, escrito por Letícia Nogueira, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Meu melhor erro.
Lucas
Na segunda feira, depois de um domingo extremamente irritante com a família, completamente fresca da Sara, me julgando por ter um filho com outra mulher, sinceramente eu pensei em terminar com a Sara inúmeras vezes, mas tenho medo de fazer isso e não consegui me conter perto da Gabriela sei que ela só me ver como amigo e ela não pode surta tenho que pensar no meu filhinho.
Me arrumei, fiz a barba e coloquei meu melhor terno, peguei minha pasta e segui para a fábrica onde Gabriela costumava trabalhar.
Peguei o elevador que levou muito tempo para parar no andar do RH. Fiquei em uma fila demorada em frente à porta, aliás era uma fábrica grande e normal ter toda essa demanda de gente.
Arrumei meu cabelo e quando chegou minha vez de ser atendido pedi para conversar com o responsável judicial, mais um tempo de espera e me guiaram até uma sala, uma mulher robusta e de cara fechada sentou de frente para mim.
- Então o que o senhor deseja?- ela perguntou com um cara péssima como se já estivesse de mal humor
- Meu nome é Lucas Acendino Ferreira Fraga e sou representante legal da Gabriela Gonzalez de Sá, sua ex administradora do setor de produção.- tirei a carta de demissão da pasta e coloquei em cima da mesa. - Vim tratar da demissão dela.
- Qual problema coma demissão? Na carta está falando sobre o FGTS e aviso prévio.
- Um fundo de garantia muito abaixo do que deveria ser, e a Gabriela está grávida. Logo essa demissão está completamente fora da legalidade, ou a senhora desconhece o artigo 391?
-A empresa não tinha conhecimento algum da gestação da funcionária.
- Houve notificaçāo da parte dela, eu mesmo mandei o e-mail informado que a funcionar estava grávida, logo essa demissão não está dentro da legalidade. Creio que se não houver uma recontratação terei que abrir um processo contra a fábrica, lembrando a senhora que vocês teriam que pagar pelos nove meses já que a minha cliente está entrando no quinto mês de gestação, e vocês sabem o que terão que pagar por tê-la demitido.
- Olha ela não será a primeira.- ela sorrir cinicamente - Deveria ter pensando bem antes de ter engravidado.
-Se vocês querem assim. Minha cliente não cumprirá aviso prévio, aguarde uma notificação da justiça.
- Fale para ela retirar as coisas da sala, não podemos perder mais tempo.
Aquela mulher estava sendo totalmente grossa e ridícula, já estava perdendo a cabeça, mas precisava ser paciente e profissional se quisesse ganhar essa causa.
-Eu mesmo vou retirar. - falei calmo mantendo a minha frieza.
-Sabe o caminho? - ela perguntou toda sem paciência.
Assenti e me retirei daquela sala, querendo quebrar o chão de raiva. Fui bufando para
a sala onde Gabriela costumava trabalhar. A secretária me deu algumas caixas e eu fui
colocar as coisas dela.
Da mesma forma que ela bagunceira em casa, era no escritório. Peguei todas as agendas que tinha dentro das gavetas, as blusas deixadas em volta da cadeira, as canecas que enfeitavam prateleiras, algumas fotos e alguns sapatos que ela tinha deixado de baixo da mesa.
Quando já estava quase terminando de colocar tudo em uma segunda caixa, o tal daquele metido chamado Diogo, entrou segurando uma caixa parecida com a que eu enchia. Olhei de cima abaixo para ele. Estava com um sorriso de cabide na cara.
Associei o sorriso a caixa que ele segurava com peito estufado, ele ficaria no lugar da
minha melhor amiga. Meu sangue começou a ferver e senti vontade de socar a cara dele, como era capaz de dormir com ela em um dia e roubar o emprego dela no outro?
Apertei minhas mãos em torno das duas caixas e caminhei até a porta. Esbarrei propositalmente nele e sai quase colocando fogo pelo nariz.
O caminho até meu carro foi tentando conter meu ódio, como iria contar isso para Gabriela?
E qual seria a reação dela? Pior, como eu iria ajudar ela a sair dessa? O processo demoraria alguns meses, principalmente por se tratar de uma instituição grande, o FGTS pago por eles daria apenas para pagar a dívida do acidente e um mês do apartamento.
- As marcas no corpo do seu filho são nítidas. Se você concordar podemos ir até a delegacia agora e fazer um boletim de ocorrência, tanto pela agressão quanto pelas ameaças.- encarei os olhos cansados da mulher e tentei passar confiança, assim como meu pai sempre fazia. - Em cima desse boletim vou entrar pedindo uma ordem judicial para que seu filho fique apenas com a senhora e que seu ex marido mantenha uma distância considerável de vocês.
-Obrigada, Doutor, - limpou mais lágrimas.-Quanto aos seus honorários…
- Não se preocupe com isso. Aqui no escritório temos um espaço para certos casos que não cobramos. Apesar de delicado, seu caso é simples de resolver.
Ela sorriu agradecida e continuamos conversando sobre o caso. A convenci a ir
até a delegacia e então não demorou muito
para a ordem que iniciaria o processo sair.
Aproveitei que iria no fórum na área de direito trabalhista deixei a papelada do processo contra a fábrica de enlatados.
Cansado daquele dia cheio, fui para minha casa tomar um banho bem demorado e quente. A imagem daquele garotinho nos braços da mãe, com medo, não deixava minha cabeça. Senti necessidade e muita vontade de estar perto do meu filho naquele momento.
Ainda que ele tivesse na barriga da Gabriela, queria estar ao lado dela, passando a mão sobre seu ventre, sentindo ele ali se formando. Já estava me imaginando sentindo ele mexer.
-E se ele mexer e eu não estiver lá para sentir? - pensei em voz alta.
No mesmo momento peguei minha carteira, minha chave do carro e um tênis. Qualquer cansaço desapareceu, somente não queria ficar longe daquilo que era mais importante pra mim.
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Continua…
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