Lucas Fraga
Acordei com barulho de panelas caindo no chão. Me assustei vocês meus olhos antes de olhar para tudo. Levantei e estava sozinho na cama, a única coisa que existia lá alem de mim são roupas que Sara usava no dia anterior. Coloquei um moletom grosso e fui para a sala, onde Sara estava usando apenas uma camiseta minha, comendo uma salada de frutas e assistindo televisão.
Olhei por cima do balcão e a Gabriela estava fazendo alguma coisa no fogão, sua cara não era a das melhores. Suspirei e fui até minha melhor amiga, como de costume dei um beijo em sua bochecha.
- Bom dia.
- Dia. - ela falou desanimada, claramente stressada.
Olhei para ela tentando fazer comida, preparando um molho em uma panela, cozinhava macarrão em outra e picava cebola em uma taboa em cima da pia. Olhei para o relógio e já era quase meio dia.
A cara de brava da Gabi não negava a raiva que ela estava.
- O que foi, Gabi?
- Nada, só estou cansada. - foi irônica enquanto mexia o molho com uma colher de pau.
Apoiei a mão no balcão e fiquei olhando enquanto ela cozinhava quase quebrando as coisas. Só então entendi o que estava acontecendo, ela estava brava porque eu havia dito que estava cansado e a Sara ali na sala com minha camiseta dizia que eu estava mentindo.
Respirei fundo e cruzei os braços.
- Você vai destruir a cozinha desse jeito. -
brinquei indo pegar um iogurte.
- Bom dia, Luquinhas. - a Sara me abraçou depois de deixar o potinho em cima da pia.
- Bom dia.
Gabriela voltou a cortar a cebola e notei sua braveza na forma em que ela segurava a faca.
Puxei Sara para o quarto e cruzei os braços,
ela deu de ombros.
- Você não vai fazer eu mudar de ideia
fingindo que a gente transou.
- Lucas...
- Não Sara, não. - peguei minha toalha. -
Vou tomar banho. Tchau...
- Eu vou te esperar nós não terminamos a conversa, ontem você estava stressado.
- Eu não vou mudar de ideia Sara, eu preciso deste tempo.
- Mas.
Sair do quarto e fui para o banheiro ela veio atrás.
- Lucas...
- Eu vou tomar um banho, tchau.
Acredito que ela tenha entendido o recado, pois quando eu saí do banho ela já não estava mais lá. Vesti uma roupa bem quente e fui ajudar Gabriela na cozinha, que estava com os olhos vermelhos.
- Por que você está chorando, Gabi?
- É a cebola.
- Você não está mais cortando cebola.
Envolvi seu corpo em um abraço e afaguei
seus cabelos até ela parar de chorar.
Desliguei o molho para não queimar e sequei suas lágrimas.
- Sua mão está gelada. - ela reclamou.
- Para de chorar vai?
Ela assentiu e secou as próprias lágrimas.
Ajudei ela terminar de fazer seu macarrão e depois de limparmos tudo, fomos comer em frente à televisão.
- Ele está mexendo. - falou do nada e
apontou para a barriga.
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