Meu melhor erro romance Capítulo 33

Resumo de Capítulo 32: Meu melhor erro

Resumo do capítulo Capítulo 32 de Meu melhor erro

Neste capítulo de destaque do romance Romance Meu melhor erro, Letícia Nogueira apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

Gabriela de Sá

— Para com isso. — puxei a mão da boca dele.

— Estou nervoso. — mordeu meu ombro.

— Aí Lucas! — reclamei o empurrando e

rindo.

Lucas estava sentado na cadeira ao lado da maca que eu estava deitada. Minha barriga

estava exposta e nós esperávamos a doutora que tinha ido buscar uma fita métrica para medir a altura uterina.

— Você deixava eu te morder antes. —reclamou.

— Quando eu tinha, tipo, 15 anos.

Fez uma careta engraçada e colocou a mão gelada na minha barriga. Já estava muito frio, eu estava com a barriga de fora e com uma mão grande e gelada sobre ela. Me encolhi com frio e virei de lado olhando para o Lucas, sorri e estendi a mão para bagunçar seus fios de cabelo preto. Fez uma careta como se fosse reclamar, mas depois apenas abaixou a cabeça e fechou os olhos, continuei mexendo, mas dessa vez com mais calma.

— Olha quem está deixando mexer no cabelo. — brinquei.

— Não conte pra ninguém que eu gosto.

Sorriu e deitou sua cabeça no canto da maca.

A porta se abriu e eu dei um pulo com o susto.

Tanto Lucas quanto a Dr. Marília caíram na

gargalhada. Cruzei os braços e encarei os dois com os olhos semicerrados.

A porta se abriu novamente e Rick colocou

apenas a cabeça para dentro perguntando

se podia ficar. Tanto eu quanto Lucas

assistimos e ele entrou indo para o lado do

irmão e colocando o braço pelo ombro dele.

— Quer apostar? — perguntou. — Um

churrasco com tudo pago.

— Fico com menina.

— Menino. — Rick falou confiante e estendeu a mão para apertar a do irmão.

— Super lindo vocês apostando o sexo do meu bebe. — falei.

— Olha, o número de pais que fazem isso

é gigante. — a doutora riu colocando a fita

métrica da minha pelve até a parte superior do meu útero. — Quanto você tem de altura Lucas?

—1,86.

— Seu filhote vai nascer bem grandinho

também viu. — constatou olhando a

marcação que fazia com o dedo. — 28

centímetros.

No início do pré-natal, a doutora havia me explicado que a altura uterina indicava mais ou menos o tamanho e a posição do bebê.

Sempre seria dois centímetros a mais do que o número de semanas de gestação, sendo mais podia indicar que o bebê estava grande, ou que a musculatura da barriga era mais.dispersa e essas coisas e sendo menos que a criança era menor ou a musculatura mais rígida.

Como eu estava com 24 semanas, o certo seria eu estar com 26 centímetros, mas como o pai do bebê era um ser humano gigante, minha criança parecia estar puxando pra ele.

— Se for menina e puxar a mãe a garotinha vai ser bonita!

— Não é você que está dizendo que vai ser um menino? — rebateu franzindo o cenho.

A doutora começou a tatear minha barriga, entia o bebê reagindo aos toques dela e se mexendo. Ela sorriu também sentindo e foi

pegar o gel.

— Acho que hoje vai dar para ver em.  Parece que a posição está boa!

O gel caiu na minha barriga fazendo eu sentir mais frio ainda. Senti mãos quentes envolverem a minha, olhei para Lucas que tinha um sorriso muito grande no rosto, isso deixava meu coração tão aquecido. Era quase como se tudo fosse se encaixar em certo momento.

— Estou com fome. — falei para tentar me

dispersar dos pensamentos.

— Rick vai bancar um churrascão na casa

dele.

— Não canta vitória antes da hora em. — deu um tapa na cabeça do irmão mais novo e voltou a encarar o monitor ainda preto.

Dr. Marilia pegou o aparelho de ultrassonografia e colocou gel também.

— Estão certos de suas apostas? —perguntou

— Sim. — 0s dois responderam em uníssono.

Ouvindo a resposta ela colocou o aparelho

sobre meu ventre e começou a pressionar

fazendo eu dar um pequeno pulo. Lucas

apertou mais minha mão, mas continuou

encarando o monitor que agora tinha uns

borrões.

Comecei a ficar ansiosa também. Ao ouvir o

som do coraçãozinho já não conseguia mais

controlar minhas lágrimas. Rick estava quase entrando dentro do monitor para tentar compreender a imagem.

— Está conseguindo ver? — Lucas me

perguntou.

— Não.

— Está fácil de ver hoje. — a médica falou.— Já tem ideia para nomes?

Notei um sorriso no rosto de Rick, entendi aquilo. Eu teria um menininho, ele olhou na minha direção e eu sorri de volta. Deixei minha cabeça cair para trás e sequei as lágrimas que escorria. Idealizava meu filho como uma miniatura do meu melhor amigo, eu já amava tanto essa criança.

— Nós deixamos para escolher o nome

quando soubéssemos o sexo. — Lucas

sorridente.

— Como eu nunca pensei que fosse possível.

— Pensei que não fosse gostar, porque você

queria uma menina.

— Amaria até se fosse um dinossauro.

Revirei s olhos e Rick se sentou colocando

meu pão de queijo em cima da mesa.

— Lucas, sinto lhe informar mais você me

deve a entrada do carro novo e um churrasco.

— Que mané entrada de carro. Não

apostamos isso! — cruzou os braços.

— Apostou sim, lá em casa, no dia que a

Maria estava lá.  — contrariei rindo.

— Você quer que nosso filho passe fome

Gabriela? A entrada do carro que ele quer

é quase o preço de todo ensino fundamental inteiro do garotinho, do Primeiro ano ao novo ano.

Rick gargalhou e tirou uma chave do bolso,

entregou para o irmão ver.

— Pra sua sorte eu já comprei. Viu não a

BMW branca na vaga dos médicos? E minha!

— Caraca, posso dirigir?

— Não deixa não Rick, sabe como o Lucas

dirigi mal né?

— Gabriela, para de queimar meu filme!—fez cara feia para mim e eu devolvi com uma careta.

— Já escolheram os padrinhos? — Rick sugestivo cruzou os braços por cima do jaleco.

— Não vai ser você, pode ir tirando o

cavalinho da chuva. Minha vingança

demorou, mas chegou. — Lucas deu uma

risada maléfica.

No mesmo momento o telefone do Rick tocou e ele levou até a orelha, seus olhos se arregalaram alguns segundos depois de atender.

— Estou esperando na emergência. — falou se levantando e desligando o celular. — Maria passou mal na escola. Vou para a emergência.

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Continua...

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