Meu melhor erro romance Capítulo 34

Gabriela de Sá

Meu coração pulou do peito e perdi a fome na mesma hora, deixei o pão de queijo que comia. Levantei e Lucas também, Rick já estava quase dentro do elevador.

Meu melhor amigo me olhou assustado e com cara de quem voltaria a chorar já, comprimi os lábios tentando confortar ele desde já.

— Não pode ser. — lágrimas escorreram por seu rosto.

— Não é. — o abracei bem forte e ele retribuiu, pude sentir seus músculos rígidos e tensos.

Peguei dinheiro na minha bolsa e dei para a atendente da lanchonete. Puxei Pedro para o elevador e apertei o primeiro andar, onde ficava a emergência. Ele chorava muito, afaguei seu cabelo tentando acalmá-lo.

Segurei seu rosto entre minhas mãos e sequei suas lágrimas. Se eu já me sentia aflita, imaginava como ele não estava.

—Minha sobrinha.

— Fique calmo. Rick já está nervoso, se ver você chorando então. Respira! — ele respirou fundo junto comigo e sequei suas lágrimas novamente.

A porta do elevador se abriu e nós adentramos em uma sala de espera, que tinha apenas uma mulher mexendo no celular.

Sentei Lucas em um dos bancos e fui até Rick que estava parado de braços cruzados do lado de fora da porta de vidro que separada a área interna do local que as emergências chegavam. Meu papel ali era manter a calma.

Suspirei.

Coloquei a minha mão nas costas dele e alisei, quando ele olhou para mim deu para notar a linha de seus olhos cheia de lágrimas, parecia estar se segurando para não derrubá-las.

Estendi a minha māo e ele segurou a

apertando.

— Não posso nem atender minha filha. — sua mão começou a tremer.

— E melhor assim, aqui tem muitos médicos bons. Vai ficar tudo bem!- apertei sua mão.

— Meu medo é do que a fez passar mal. E se

for...

— Não é. Ela pode ter passado mal ou tido

uma reação alérgica. — olhei em seus olhos.

— Vamos orar?

Ele assentiu e segurou minha outra mão.

Fechei meus olhos e comecei a pedir a Deus

para que cuidasse da pequena Maria, o pai

dela já havia sofrido demais e sei que ela

também. Assim que abri os olhos, um carro

cinza estacionou na frente das portas de

vidro que se abriram automaticamentee de

onde sairam dois enfermeiros e uma médica empurrando uma maca.

Uma mulher usando uniforme da escola

desceu do carro e abriu a porta do passageiro.

Rick correu até ela é tirou Maria de dentro

do carro, a colocando na maca. O rosto da

menina estava todo vermelho e ela estava

desacordada. Um dos enfermeiros segurou

Rick pelo braço, o impedindo de entrar na

emergência.

— Nós vamos cuidar dela, mas pra isso

você tem que esperar aqui. Você conhece as

normas do hospital! — o enfermeiro falou

gentilmente olhando nos olhos dele que

assentiu. — Vamos fazer o melhor pela sua

filha, Dr. Ricardo.

O enfermeiro deixou Rick e entrou atrás da maca, assim que passou pela porta, a mesma se fechou.

Respirei fundo e o abracei, assim como Lucas, tinha aquele grande homem

como um irmão. Ele desde que meu melhor amigo se mudou para a capital, era bem

presente na vida dele e consequentemente na minha que não desgrudava do Lucas.

— Vou pegar água pra você. — avisei e fui até a máquina de água.

A mulher da escola ficou um tempo contando sobre tudo, segurava a mochila da menina na mão, dava para perceber a tremedeira e o nervosismo dela, pelo visto todo mundo ali estava assim.

Peguei um chocolate quente e uma água que joguei adoçante junto. Agachei na frente de Lucas e dei o copo de chocolate quente em sua mão, sequei mais das suas lágrimas e beijei sua testa, ele triste bebeu o líquido e respirou fundo nitidamente agoníado.

Fui levara água com açúcar para Rick que

andava de um lado para o outro em frente à porta.

Voltei e peguei mais uma água para a

professora, ou diretora, da escola da Maria.

— Está demorando muito. Sabia que já deveria ter feito o ANA esse ano. — a mão que seguravam o copo tremia.

Maria fazia esse exame que detectada a

ação imunológica uma vez ao ano, mas ela

quando começou a entender mais as coisas,

não queria mais fazê-lo talvez por medo

de descobrir a mesma doença da mãe. Rick

era reumatologista, sabia que Lúpus não

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