Meu melhor erro romance Capítulo 34

Resumo de Capítulo 33: Meu melhor erro

Resumo do capítulo Capítulo 33 do livro Meu melhor erro de Letícia Nogueira

Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 33, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Meu melhor erro. Com a escrita envolvente de Letícia Nogueira, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

Gabriela de Sá

Meu coração pulou do peito e perdi a fome na mesma hora, deixei o pão de queijo que comia. Levantei e Lucas também, Rick já estava quase dentro do elevador.

Meu melhor amigo me olhou assustado e com cara de quem voltaria a chorar já, comprimi os lábios tentando confortar ele desde já.

— Não pode ser. — lágrimas escorreram por seu rosto.

— Não é. — o abracei bem forte e ele retribuiu, pude sentir seus músculos rígidos e tensos.

Peguei dinheiro na minha bolsa e dei para a atendente da lanchonete. Puxei Pedro para o elevador e apertei o primeiro andar, onde ficava a emergência. Ele chorava muito, afaguei seu cabelo tentando acalmá-lo.

Segurei seu rosto entre minhas mãos e sequei suas lágrimas. Se eu já me sentia aflita, imaginava como ele não estava.

—Minha sobrinha.

— Fique calmo. Rick já está nervoso, se ver você chorando então. Respira! — ele respirou fundo junto comigo e sequei suas lágrimas novamente.

A porta do elevador se abriu e nós adentramos em uma sala de espera, que tinha apenas uma mulher mexendo no celular.

Sentei Lucas em um dos bancos e fui até Rick que estava parado de braços cruzados do lado de fora da porta de vidro que separada a área interna do local que as emergências chegavam. Meu papel ali era manter a calma.

Suspirei.

Coloquei a minha mão nas costas dele e alisei, quando ele olhou para mim deu para notar a linha de seus olhos cheia de lágrimas, parecia estar se segurando para não derrubá-las.

Estendi a minha māo e ele segurou a

apertando.

— Não posso nem atender minha filha. — sua mão começou a tremer.

— E melhor assim, aqui tem muitos médicos bons. Vai ficar tudo bem!- apertei sua mão.

— Meu medo é do que a fez passar mal. E se

for...

— Não é. Ela pode ter passado mal ou tido

uma reação alérgica. — olhei em seus olhos.

— Vamos orar?

Ele assentiu e segurou minha outra mão.

Fechei meus olhos e comecei a pedir a Deus

para que cuidasse da pequena Maria, o pai

dela já havia sofrido demais e sei que ela

também. Assim que abri os olhos, um carro

cinza estacionou na frente das portas de

vidro que se abriram automaticamentee de

onde sairam dois enfermeiros e uma médica empurrando uma maca.

Uma mulher usando uniforme da escola

desceu do carro e abriu a porta do passageiro.

Rick correu até ela é tirou Maria de dentro

do carro, a colocando na maca. O rosto da

menina estava todo vermelho e ela estava

desacordada. Um dos enfermeiros segurou

Rick pelo braço, o impedindo de entrar na

emergência.

— Nós vamos cuidar dela, mas pra isso

você tem que esperar aqui. Você conhece as

normas do hospital! — o enfermeiro falou

gentilmente olhando nos olhos dele que

assentiu. — Vamos fazer o melhor pela sua

filha, Dr. Ricardo.

O enfermeiro deixou Rick e entrou atrás da maca, assim que passou pela porta, a mesma se fechou.

Respirei fundo e o abracei, assim como Lucas, tinha aquele grande homem

como um irmão. Ele desde que meu melhor amigo se mudou para a capital, era bem

presente na vida dele e consequentemente na minha que não desgrudava do Lucas.

— Vou pegar água pra você. — avisei e fui até a máquina de água.

A mulher da escola ficou um tempo contando sobre tudo, segurava a mochila da menina na mão, dava para perceber a tremedeira e o nervosismo dela, pelo visto todo mundo ali estava assim.

Peguei um chocolate quente e uma água que joguei adoçante junto. Agachei na frente de Lucas e dei o copo de chocolate quente em sua mão, sequei mais das suas lágrimas e beijei sua testa, ele triste bebeu o líquido e respirou fundo nitidamente agoníado.

Fui levara água com açúcar para Rick que

andava de um lado para o outro em frente à porta.

Voltei e peguei mais uma água para a

professora, ou diretora, da escola da Maria.

— Está demorando muito. Sabia que já deveria ter feito o ANA esse ano. — a mão que seguravam o copo tremia.

Maria fazia esse exame que detectada a

ação imunológica uma vez ao ano, mas ela

quando começou a entender mais as coisas,

não queria mais fazê-lo talvez por medo

de descobrir a mesma doença da mãe. Rick

era reumatologista, sabia que Lúpus não

— Senta aqui. — me colocou em um dos

bancos. — Vou buscar água.

Fiquei esperando a água tentando controlar minhas emoções. Eu sempre era assim, era controlada na hora que estava acontecendo, mas depois parecia que liberava tudo que havia reprimido. Lembro do acidente de carro que meu pai sofreu há um ano, eu fui a mais controlada da minha casa, dirigi até o hospital, acalmei minha mamãe e meus irmãos, porém depois que fiquei sabendo que estava tudo bem eu desmaiei de tanto nervoso que

tinha guardado para mim.

Lucas abaixou na minha frente e me deu

água. Quando peguei o copo notei o quanto

estava tremendo. Enchi os pulmões e soltei

o ar, coloquei a mão na minha barriga e

inspirei novamente. Meus pulmões doíam em busca de ar, assim como minha nuca parecia ter acabado de levar uma paulada.

—  Está melhor? —assenti e ele arrumou uma mecha do meu cabelo. — Vou pedir para a enfermeira aferir sua pressão.

— Não precisa.

— Fica quietinha aqui.

Ele foi até a porta da emergência e conversou com um enfermeiro que estava parado no balcão. Voltou e ao invés do enfermeiro apenas medir minha pressão, os dois me colocaram em uma cadeira de rodas e depois em uma maca dentro da emergência, me conectaram a inúmeros fios e eu só ouvi o bipe do meu coração disparado.

Olhei para a maca ao lado e encontrei Maria que arregalou os olhos assustada por me ver meio mole daquele jeito. Rick chegou perto do monitor e pegou uma prancheta que estava em cima da mesinha de controle.

— A pressão dela está muito baixa, deve ser

por conta do nervoso. —  Rick disse olhando.

— Vou prescrever uma medicação e vai ficar tudo bem, está bem Gabi?

Assenti com a visão escura e só senti a agulha entrando na minha veia. A outra mão foi envolvida por uma bem quente, abri um pouco os olhos, o bastante para reconhecer Lucas, e depois fechei novamente.

— Quem acertou o sexo do bebe? —  ouvi

Maria perguntar de longe.

— Eu, mas é claro. Quando é que o papai

erra?

Abri um pouco os olhos novamente, mas eles insistiram em fechar mais uma vez.

— Gabi? — Lucas me chamou.

— Ela vai ficar bem sonolenta mesmo... — Rick falou já longe. — Muito perigoso essa

queda de pressão, ainda bem que você foi

inteligente uma vez na vida e a trouxe pra cá.

Acabei dormindo conforme o soro adentrava nas minhas veias. Sentia o cafunéno meu cabelo e fiquei mais confortável para me entregar ao sono.

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Continua....

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