Resumo do capítulo Capítulo 36 do livro Meu melhor erro de Letícia Nogueira
Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 36, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Meu melhor erro. Com a escrita envolvente de Letícia Nogueira, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.
Lucas Fraga
Pior do que ter sido interrompido, era a
situação que se criou quando eu abri a porta, Sara estava segurando sua bolsa e chorando.
Ai meu Deus, minha vida parece novela
mexicana. Ela entrou e aos prantos e me
abraçou.
— O que houve? — perguntei.
Não proferiu nenhuma palavra, apenas
chorava em meus braços. Olhei de longe para Gabriela, que fitava a cena com uma expressão diferente.
Direcione Sara até o sofá e me mantive um pouco distante dela. O barulho de uma panela caindo no chão me assustou,
olhei para a cozinha e respirei fundo.
—...eu perdi... — chorava e falava coisas
desconexas. — Foi tudo culpa dela! — gritou se levantando e apontando para minha melhor amiga.
— O que você está falado, Sara?
— O que foi culpa minha? — Gabriela veio
para a sala secando as mãos em um pano de prato. — Fala garota, o que é minha culpa?
— Você uma vaca, ladra de namorados.
gritou bem alto.
— Sara! — a repreendi. — Você não vai vim na minha casa falar assim da Gabriela...
— Deixa ela falar, anda, fale mais! — minha amiga cruzou os braços chegando mais perto.
— Não, você não pode passar nervoso.
Acabou, ninguém vai brigar aqui! — falei
pegando na mão da Gabi, na intenção de
levá-la para o quarto.
— Eu nāo vou a lugar nenhum! Quero saber do que eu tenho culpa. —cruzou os braços.
— De ter roubado meu namorado, com esse
golpe barato de barriga. — gritou bem mais
alto fazendo eu ficar estático.
— Golpe barato? — ela perguntou falando
devagar e depois olhando para mim.
— Você nem sabe se ele é o pai, sua vadia!
Sara foi para cima da Gabriela agarrando o cabelo dela, assustado passei o braço pela cintura da minha agora com toda certeza ex-namorada e puxei ela de cima da minha amiga.
Ela estava muito nervosa, tanto que foi preciso colocar muito mais força para separá-las. Os óculos da minha amiga caiu no chão.
— Chega!— gritei colocando Sara do outro
lado da sala. — Chega! Acabou. — Gritei na cara da Sara. — Vá embora você não vai chegar na minha casa para ofender a mãe do meu filho desta maneira Sara acabou, vai embora — falei ardendo em raiva.
— Você nem sabe se está coisa ai é seu filho ela está dando um golpe bem dado, afinal Lucas você é um burro elas está se aproveitando de você, vindo morar na sua casa e você pagando tudo, afinal você é um Fraga e ela sempre foi uma pobretona ela só estudou com bolsa e só fez a faculdade por causa do ProUni ela nunca teve um real, nunca ia abrir mão da boa vida, e você vai viver pagando pensão de um filho que nem é seu.
Olhei para Gabriela do outro lado da sala, estava chorando, sua bochecha vermelha, por conta de um arranhão que tinha levado.
Respirei fundo, depois eu dizia que minha vida parecia novela mexicana e ninguém acreditava, um dia depois do outro e só tinha confusão.
— Sara vai embora, você não tem nada o que fazer aqui.
— Sua interesseira, veio devagarinho,
engravidando, vindo morar no apartamento dele, fazendo ele pedir um tempo para mim para então dar o bote né?
Gabriela pegou os óculos no chão e correu para o quarto aos prantos, fui atrás dela que pegou uma mala em cima do guarda roupa e começou a jogar suas coisas dentro.
Peguei em seu braço, para que ela olhasse para mim, mas ela continuou colocando as coisas dentro da mala.
— Olha para mim, Gabi! — pedi pegando no seu queixo.
— Você concorda com aquilo? — ela sussurrou.
— Não! Lógico que não, que pergunta é está Gabriela, ela é uma doida — fiz com que
ela olhasse para mim e vi o arranhão que
começava a sangrar em sua bochecha.
— Eu não precisava passar por essa humilhação. Eu vou embora.
Deixou a mala de canto e foi pegar apenas uma mochila que estava em cima da penteadeira, colocou algumas roupas e jogou por cima do ombro.
Perplexo coloquei a mão na cintura e parei na porta, impedindo que ela saísse.
— Você não vai sair daqui nervosa desse jeito.
— Aqui eu não fico mais. — ela falou e tentou passar.
soltasse. Peguei meu celular e comecei a
ligar para minha melhor amiga, como ela
não atendia e eu me sentia um idiota por ter deixado ela ir embora, peguei a chave do meu carro, precisava ir atrás dela.
Deixei Sara chorando no chão da sala, peguei o elevador e fui para o último andar, quem sabe ela ainda não estaria na sua estufa.
Subi as escadas até o terraço correndo. Infelizmente as luzes da estufa estavam apagadas.
Mesmo assim entrei acendendo as luzes, aquele lugar estava lindo. Incrível como ela cuidava de cada detalhe dali, podava as flores que nasciam, regava e adubava.
Sentei na cadeira que ficava no meio de todas as flores.
Costumava observar quando ela ficava ali.
Sentava-se no centro de tudo, colocava a mão na barriga e ficava explicando sobre cada planta para nosso filho.
Eu deveria ter defendido mais ela, deveria
ter tirado Sara dali a força. Minha baixinha não merecia ouvir nada daquilo, não merecia essa humilhação. Não merecia nada disso. Notei em cima de uma pequena bancada, que eu mesmo havia feito, havia um vaso com lindas flores de tom azul, não conhecia aquelas.
Joguei minha cabeça para trás e vi as estrelas bem lá no alto, ela cuidava até do acrílico do teto. Como eu podia ter deixado ela ir embora daquele jeito. Ouvi a porta da estufa se abrir, olhei na esperança de ser ela, mas era Sara com a maquiagem borrada e raiva nos olhos.
— Ela gosta desse lugar não é mesmo? _
perguntou passando o dedo em um dos vasos.
— Eu já mandei você ir embora. — repeti.
— Assim como eu gostava do nosso
relacionamento... — continuando andando e passando o dedo pelos vasos.
— Sara, será que você não entendeu ainda?
Acabou, seu show acabou, vá embora, é a
última vez que eu falo.
— Assim como ela destruiu o que eu gostava — eu..apenas ouvi o barulho.
Descontrolada ela começou a jogar todos os vasos no chão. Levantei tentando arrumar um jeito de fazê-la parar, mas não dava para chegar perto, pois ela parecia uma louca jogando tudo no chão e pisando em cima.
Meus olhos encheram de lágrimas que caíram quando ela derrubou a plantinha azul.
Fiquei estático, meu peito doía de tanta angústia ao ver aquilo. Quando consegui me recuperar, a segurei pelos ombros, enquanto ela ainda pisava com todo ódio que tinha em cima das flores azuis.
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Continua...
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