Resumo de Capítulo 38 – Uma virada em Meu melhor erro de Letícia Nogueira
Capítulo 38 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Meu melhor erro, escrito por Letícia Nogueira. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Gabriela de Sá
— Fique quieta. — segurou meu rosto.
— Isso arde.— choraminguei.
— Ardido vai ficar a cara daquela vadia
quando eu cruzar com ela na rua.
Fui obrigada a rir, não sei porque eu mesmo não tinha revidado.
— Você é muito agressiva, Joice.
— E ela é covarde de bater em uma mulher grávida. Por que não briga com alguém do
tamanho dela?
— Ei, está me chamando de baixinha? — fiz
outra careta conforme ela passava pomada
no arranhão no meu rosto.
Serio, quero encontrar ela na minha frente
para você ver o que vou fazer.
Respirei fundo relembrando a cena de
algumas horas antes. Meu peito tinha uma
mistura de angústia e raiva, minha vontade
era de estrangular aquela louca, mas ao
mesmo tempo só conseguia pensar em Lucas e se era aquilo tudo que ele achava de mim.
— Ele quase me beijou. — falei com o olhar
fixo em um porta-retratos em uma prateleira.
— Que? —arregalou os olhos e se jogou
para trás no sofá, mas logo voltando para me encarar.
— Duas vezes. Antes dela chegar, eu estava
prestes a beijá-lo! — suspirei.— Mas então
Júlia chegou me lembrando que isso é um
erro e que nunca daria certo.
— Aí meu Deus. E a vontade de matar essa
garota só aumenta. — colocou as māos
na bochecha e se aproximou de mim. —
Finalmente o Lucas largou de ser frouxo e
percebeu que você e ele devem ficar juntos.
— Que história é essa, dona Joice?
— Todo mundo sabe que vocês nasceram para ficar juntos, Gabriela! — revirou os olhos.
— Lucas não gosta de mim desse jeito, Joice.
Ele gosta daquela louca.
— E porque tentou te beijar então?
Suspirei, eu também não sabia explicar isso e era mais uma que estava me atormentando.
Minha falta de reação, eu estava totalmente
entregue nos braços dele, não fiz absolutamente nada. Se a louca não tivesse
chegado, eu não sei o que teria acontecido, só sei que também desejava aquele beijo, e como desejava.
— Eu não sei Joice, só sei que estou cansada. Meus pés estão inchados, minhas costas doem, eu na maioria das vezes sinto que não sou eu que estou tomando minhas próprias decisões e sim um bando de hormônios pilantras. — respirei fundo e agarrei meus joelhos. — Eu só queria que tudo estivesse mais calmo.
— Tudo vai entrar nos conformes. — apertou meu ombro.
— Eu espero, caso contrário, eu vou ficar
maluca.
Meu celular se ascendeu indicando que tinha chego mensagem, mas nem olhei, apenas vi que já passava das duas da manhã.
Limpei algumas lágrimas com a costa da mão, esbarrando na pomada que Joice havia passado que deixou minha mão gosmenta. Respirei fundo algumas vezes, eu definitivamente precisava de ajuda, pois estava perdida.
— Lucas, ela está bem. Estou preparando um chá, ela vai tomar e vai dormir...
A Joice começou a gravar um áudio.
— Pense no filho de vocês, ela não pode passar mais nervoso. Ela entende que você não tem culpa de nada, mas dê um tempo para ela. A Gabi precisa pensar. Então fique calmo que eu vou cuidar dela, enquanto
isso respira e se acalme também.
Segurei um soluço para não sair no áudio,
quando ela tirou o dedo, eu voltei a chorar
compulsivamente. Minha amiga foi até a
cozinha buscar o chá e me entregou, tentando fazer com que eu me acalmasse.
— E se eu estiver sentindo algo mais por ele? Então vocês vão ficar juntos. — prendeu meu cabelo.
— Não, Joice! Ele não gosta de mim desse
jeito..
— Gabriela por que ele tentou te beijar então?
— Eu não sei, mas não posso arriscar perder a amizade dele por suposições. — bufei e beberiquei o chá.
— Tudo bem, não pense nisso agora. Tire esses dias de folga, conheça a pequena cidade, vou te levar para conhecer as fazendas. Nada melhor que cheiro de cocô de para curar a confusão.
Fiz uma careta com nojo e bebi o restante do chá, tentando não pensar nos meus sentimentos.
— Ah, quando foi que tudo ficou tão difícil?
— Relaxa! Vem, você vai dormir.
Me pegou pela mão e me guiou até sua cama de casal. Como se eu fosse uma criança, me embrulhou, arrumou o cobertor e afagou meu cabelo na hora de dar boa noite.
Chorei um pouco depois que ela saiu, peguei meu celular com inúmeras chamadas perdidas e fui até a galeria de fotos. Lucas estava na maioria delas, o que me fez chorar mais um pouco. Dormi um tempo depois
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Continua...
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