Resumo do capítulo Capítulo 40 de Meu melhor erro
Neste capítulo de destaque do romance Romance Meu melhor erro, Letícia Nogueira apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
Eu estava me sentindo bem e renovada eu não era mas aquela menininha aquela adolescente e vou ser mãe eu tenho que ser uma mulher.
Caminhando com a sacola na mão pelas ruas da pequena cidade avistei uma floricultura que me chamou atenção, senti muita falta da minha estufa. Fui até o estabelecimento analisando a beleza do pequeno local, flores penduradas em toda a parte servindo tanto de decoração quanto de produto para venda.
Passei a mão por algumas orquídeas expostas e fui até o caixa.
— Me vê uma dúzia de orquídeas, por favor.
A mulher que estava atrás do balcão foi preparar um arranjo para que eu levasse. Percebi que algumas flores murchavam nas últimas prateleiras, talvez as vendas da moça poderiam ser bem melhores caso ela observasse mais esses detalhes. No mesmo momento que pensei nisso, lembrei que eu como Engenheira da produção, administraria muito bem um negócio como esse, eu sempre fui muito boa nas aula sobre administração, sei que não é a mesma coisa já que só trabalhei em fábricas.
Ela voltou e me entregou um embrulho muito bem feito. Sorri e paguei pelas flores
As cheirei eu sou apaixonada por flores, e quando meu celular conectou ao WiFi na casa de Joice, eu já estava pesquisando formas de cultivo de orquídeas.
O telefone residencial tocou e eu fui até a bina ver o número, e era do escritório do Lucas. Deixei a secretária eletrônica atender, sim, minha amiga era uma das únicas pessoas que ainda mantinha esse serviço diz ela que é por medo de não ser informada se acontece alguma coisa com os pais, e por incrível que pareça, as pessoas usavam muito para deixar recados para ela, talvez eu colocasse um desse na minha casa quando tivesse uma.
— Olá, aqui é a Joice, não estou no momento, mas deixe um recado que retornarei assim que possível.- a voz de Joice surgiu quando apertei o viva voz.
— Oi, Joice, ou Gabi, ou ninguém né, não sei se
tem alguém em casa, mas preciso falar de algo
sério. Se tiver alguém ai atenda., por favor.
Pensei em pegar o telefone no mesmo momento que ouvi a sua voz, mas não me sentia "mudada" por completo para resistir as palavras doces dele, eu precisava de mais tempo distante.
Mas e se fosse algo muito urgente? Ouvi ele suspirar do outro lado.
— Bom Gabi eu sei que você está em casa e que está me ouvindo. Eu sei que você já disse que precisa de um tempo para pensar e tudo mais, e entendo isso e respeito seu tempo, seu momento e o que for. Mas eu tenho que falar sobre o seu processo contra a indústria.
Coloquei a mão no telefone como se fosse atender, mas desisti, não queria que ele pensasse que estava ouvindo esse tempo todo e não atendi, melhor ele achar que não tinha ninguém em casa, mas tarde eu mandaria uma mensagem para falar sobre o recado.
— Está bem, você me venceu, ou seu silêncio, não sei. — fez um breve silêncio. — A audiência foi marcada para 1 de agosto, será levado a juiz e você precisa estar no fórum às 14 horas. — limpou a garganta. — E eu vou mandar algumas fotos de uma fotógrafa que achei, veja se você gosta do trabalho dela. O nome dela é Estefânia, ela trabalha com fotos de bebês e casamento há mais de quatro anos. Eu tive uma ótima indicação dela.
Queria mais do que nunca atender, mas controlei minha mão a levando até meu cabelo transformado. Não, eu não iria atender, eu não era dependente dele. Depois enviaria uma mensagem e ficaria tudo certo.
— Bom, é só isso. Até mais barrigudinha. — foi quase como se eu pudesse ver o seu sorriso do outro lado da linha. — Estou com saudade.
— Você vai. — sorri e afaguei o cabelo dela.
Meu pai dirigiu a minivan dele ao lado do meu gol, em direção a capital, especificamente no bairro da Bela Vista, edifício residencial dos pássaros, apartamento 205. Lucas não estava lá, pois eu havia pedido para pegar algumas coisas e preferia não vê-lo ainda, e ele concordou dizendo que ficaria na minha estufa.
Entrei no apartamento que parecia ter sido atropelado por um furacão. Estava tudo fora do lugar, a cozinha bagunçada, a cama da mesma forma, o sofá cheio de farelo de bolacha e manchas de miojo. Se dona Jaqueline visse aquilo ficaria doida com o filho. E se Rick visse a forma como estava aquele sofá, com toda certeza, xingarião irmão.
Pedi para o meu pai lavar a louça enquanto eu ao menos varria a sala. Lucas não era tão bagunceiro assim, podia imaginar ele no meio daquele caos com a barba por fazer e o nariz escorrendo.
O quarto que eu ficava ainda estava do jeito que eu deixei, a mala em cima da cama, as portas do guarda roupa aberto. Suspirei e comecei a colocar algumas coisas na mala, não sei porque, mas desde que desarrumei aquela mala ali naquele apartamento, eu sabia que um dia faria de novo, e não demoraria. Não demorou, menos de três meses.
Deixei as coisas do bebê e algumas roupas minhas, pois não dava para levar tudo dessa vez. Meu pai pegou a mala da minha mão e nós fomos para casa. Minha mãe esperava com um chocolate quente nas mãos. Ficou impressionada como corte do meu cabelo, mas disse que aprovou, tinha me deixado mais jovem e mostrava mais meu rosto.
A minha Irmãzinha foi sincera e disse que eu estava com "cabelo de homem", já o meu irmãozinho disse que preferia assim, pois não sabia porque as mulheres tinham que ter cabelo grande. Fomos todos para a cama, chorei um pouco pela noite, mas nada diferente dos dias que seguiam.
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Continua...
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