Meu melhor erro romance Capítulo 46

Resumo de Capítulo 45: Meu melhor erro

Resumo do capítulo Capítulo 45 de Meu melhor erro

Neste capítulo de destaque do romance Romance Meu melhor erro, Letícia Nogueira apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

Lucas Fraga

Abri os olhos com certa dificuldade, estava bem claro. Minha cabeça reclamou de dor, indicando que eu havia bebido um pouco demais. Levantei o pescoço, e senti o lado direito do meu corpo pesado, olhei para o lado e encontrei os fios loiros da Gabriela no meu ombro.

Olhei melhor para a cena, ela estava usando apenas a blusa do dia anterior e uma calcinha azul, e eu apenas usando minha calça. Não, não, não podia ter acontecido e eu não lembrava de nada, não podia ter acontecido.

Coloquei a mão na cabeça perplexo. Estávamos no quarto de hóspedes, ela sobre meu corpo, seminua. Respirei fundo, puxei o ar com força, mas minha cabeça doeu.

Por que eu fui beber? Não era justo eu não lembrar de nada. Queria começar a chorar. Tentei me substituir por um travesseiro sem acordar a Gabriela. Minuciosamente levantei.

Como eu podia ser tão burro? Olhei para ela deitada sobre os lençóis branco. Queria me dar um grande soco. Caminhei até a enorme janela e fechei as cortinas, a luz estava me incomodando.

Depositei um beijo com carinho na sua testa e a cobri liguei o ar-condicionado para fazer ela descansar, logo mais o nosso filho vai era aqui por isso preciso que ela esteja aproveitando os momentos que tem para dormir.

Peguei minha blusa e a coloquei, precisava de um copo de água. No corredor encontrei Maria coçando o olho e com um pijama de ovelhinha.

— Bom dia, tio — falou com a voz rouca.

— Bom. Cadê seu pai? — perguntei a ela que ainda coçava os olhos.

Descemos as escadas, encontrando as coisas da festa no mesmo lugar e meu pai dormindo no sofá, fazendo um barulho estranho com a boca, parecendo um trator.

— Saiu logo cedo.

— E foi para onde? — espreitei os olhos curioso.

—  Para onde ele sempre vai todo dia 18 de agosto.

Realmente minha cabeça não estava muito bem. Rick pegava a estrada para praia todo aniversário da morte de Linda, dizia que ali sentia muito perto dela. Passei o braço pelo ombro da baixinha e apertei em uma tentativa de consolo, mas o fato era que eu sempre fui bom de ser consolado e não em consolar.

Em silêncio nós dois fomos para a cozinha, eu peguei um copo de água e ela um copo de suco. Olhei para o relógio, já passava das dez da manhã. Tomei a água e peguei um prato, enchi de salgadinhos e coloquei no micro-ondas. Maria roubou um quando tirei.

— Sabe que horas eu subi ontem? — perguntei a ela meio sem graça, eu não acredito que eu fiz isso de novo.

— Você não lembra? — pela cara que ela fez de supressa me deixou ainda mais chateado comigo mesmo.

— Não, acho que bebi muito vinho e cerveja.

— Essa é a terceira vez só nesse mês que escuto isso de você, toma cuidado para não virar um bebum. Você vai ter um filho sabia? Não pode ficar se embebedando em um aniversário de doze anos. — falou tudo na lata e acho que está precisando levar brinca da minha sobrinha.

— Aí, levando bronca de uma baixinha de doze anos. — coloquei a mão na cabeça com dor.

— Mas é a realidade tio, você precisa começar a ter mais responsabilidade. — deu de ombros.

— Você está certa, e olha que eu nunca fui muito de beber.

Não fazia ideia de como me comportar, eu não lembrava de nada. Deveria beijá-la ou não sei, falar sobre o assunto? Fiquei pensando tanto que não notei ela me olhando com curiosidade enquanto eu assustado olhava estático para a cortina.

— Lucas! — ela me encarou.

— O que foi? — perguntei com medo da resposta medo de não lembra da melhor noite da minha vida outra vez.

— Não, a gente não dormiu juntos.

— Eu, eu...

— Imagino que você não lembra, por isso você está desse jeito. — revirou os olhos.

—  Eu não lembro. — coloquei a mão na cabeça, estava completamente envergonhado de ter feito isso.

—  Você estava bêbado, derrubou vinho em toda minha calça e a outra que eu tinha dona Elisa já tinha colocado pra lavar, eu te trouxe aqui para cima, você disse para eu tirar a roupa suja de vinho que não iria olhar. E foi só isso que aconteceu, acabamos pegando no sono, e só.

Devo ter ficado vermelho, com vergonha de ter derrubado vinho nela e de talvez ter imaginado aquilo. Suspirei e peguei o suco bebendo. Mas no fundo sentia certa tristeza, queria sim que tivesse acontecido.

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Continua...

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