Resumo de Capítulo 46 – Uma virada em Meu melhor erro de Letícia Nogueira
Capítulo 46 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Meu melhor erro, escrito por Letícia Nogueira. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Lucas Fraga
Quando ela falou que nós não tivemos nada eu sei que fiquei vermelho, com vergonha de ter derrubado vinho nela e de talvez ter imaginado aquilo. Suspirei e peguei o suco bebendo. Mas no fundo sentia certa tristeza, queria sim que tivesse acontecido.
— Desculpa...
— Não sei se transaria com alguém com esse barrigão.
— Sua barriga nem está tão grande, e dizem que isso ajuda no parto. — dei de ombros.
O que você está falando Lucas? Cala a boca. Não quero que ela fique com raiva de novo não posso perde ela, eu prefiro tê-la só como amiga do que não tê-la.
Gabriela começou a gargalhar e depois enfiou um docinho na boca.
— Mas deve ser incômodo.
— Mas é para o bem do bebê. — encostei na cama me xingando mentalmente por manter esse assunto.
— Não sei — balançou a cabeça. — E se machucar?
— Na internet diz que não machuca.
— Então você anda pesquisando?
Caramba, eu devia colocar uma mordaça na minha boca, só assim para ficar quieto.
— Talvez. — falei me aproximando mais dela.
— Ele está mexendo.— apontou para a barriga.
Por instinto coloquei a mão sobre sua barriga, mas depois tirei para ela levantar a blusa e para poder olhar de perto, parecia dar para ver o pezinho do neném. Sorri e passei a mão bem devagar.
— Oi filhote, você acordou? — me aproximei da pele gelada da Gabriela.
— Está se espreguiçando meu amor? —Gabriela passou a mão, onde outro chute era dado.
— E acordou com tudo. Está agitado molequinho? — Como se me respondesse, ele deu outro chute onde minha mão estava. Sorrindo beijei a barriga dela, que se encostou nos travesseiros atrás dela, e dobrou as pernas. Fiquei fazendo carinho em sua barriga e podia sentir a pele antes fria, agora ficando quente.
— Ele fica mais agitado quando escuta sua voz, acho que ele estava com saudades do pai — ela falou enquanto eu fazia carinho na barriga dela.
— Eu também estava morrendo de saudades de vocês dois, aí filhão eu te amo tanto — falei beijando a barriga dela que sorriu.
— Está chegando a hora.- ela falou. — Falta só um mês.
— Vamos para casa? — olhei para cima.
— Vamos.
Se espreguiçou mais uma vez, porém dessa vez eu peguei em sua cintura e a puxei para um abraço. Ela aproximou todo o seu corpo, ficando totalmente em meus braços. Exalei seu cheiro gostoso. Agora com o cabelo curto eu tinha livre acesso ao seu pescoço, minha mão deslizou por suas costas, chegando até sua nuca, subi um pouco mais e deixei as pontas dos meus dedos na raiz do seu cabelo.
— Promete que vai parar de ficar bebendo tanto assim? — pediu em meu ouvido.
— Nem um pouquinho? — brinquei.
— Nadinha. Agora você vai ser pai, não pode andar bêbado por aí. Isso é feio, e se eu e o seu filho precisarmos de você como posso saber se posso contar...
— Desculpa por ontem. Prometo parar de beber assim.
Beijei seu pescoço e deixei meus lábios parados por ali. Meu polegar acariciou sua nuca com carinho.
— Tioooooo! — Maria gritou do corredor fazendo em saltar para trás.
Gabriela foi para o lado, saindo dos meus braços e eu fui correndo para fora do quarto, querendo saber o que estava havendo com a menina que gritava assustada.
— O que foi menina?
— Tem uma barata no banheiro.
Gritei e voltei correndo para o quarto.
— O que foi? — Gabriela perguntou assustada.
— Uma barata.
Ela me olhou com os olhos semicerrados. Pegou um chinelo do chão caminhou até mim e colocou na minha mão.
— Vai matar a barata.
— Não, eu tenho medo.
— Mata a barata. — apertou os olhos.
— Eu tenho...
— Eu também quero. — Gabi foi atrás para pegar também.
Sentei no sofá para esperar as baixinhas, meu pai apertou meu ombro, eu deveria estar com um sorriso gigante na cara. Encostei no ombro do meu pai e suspirei.
— E garotão. Acho que você cresceu de vez agora em. — falou.
— Acho que agora sim. — respondi. — Quero ser um pai que nem você. — minha voz saiu bem orgulhosa.
— Você vai ser melhor. Assim como seu irmão, admiro muito vocês viu? A forma que cresceram, buscando seus sonhos, é garotão, vocês são meu orgulho.
Sorri e o abracei com força. Meu pai com seus 52 anos ainda conseguia ser bem ativo, trabalhava, se preocupava com a família, fazia viagens e até tinha umas namoradas escondido, só ele achava que a gente não sabia. Mas ele nos últimos tempos, quando nos mudamos para São Paulo principalmente, no auge da minha adolescência, se tornou meu super herói.
— Aí que coisa linda. — Maria disse correndo para entrar no abraço também.
Envolvemos ela entre a gente também, Gabi parou no portal do corredor, estava sorrindo, a chamei com um gesto de mão e ela veio para o nosso abraço também.
— Meus dois netinhos juntos. — meu pai falou. — Só falta Rick aqui para minha família linda estar completa.
Suspirando desfizemos aquele abraço. Peguei as mochilas das baixinhas, e nos despedimos do meu pai. Já no portão, Maria colocou a mão na cabeça.
— Me esperem, esqueci a carta da minha mãe. — Maria saiu correndo para dentro da casa.
Gabriela abriu a porta do golzinho dela e entrou no banco do motorista. Ela abriu o vidro quando eu bati nele como indicador dobrado.
— Vou até a casa dos seus pais com você, tudo bem? — a Gabi perguntou.
— Sim, você quer que eu vá com você, para você não pegar a estrada...
— Eu posso ir não se preocupe vamos estar bem — ela falou passando a mão na barriga e depositei um beijo na testa dela.
— Eu vou com o meu carro também assim te ajudo a trazer as coisas — o meu medo dela desistir de volta para casa está gritando.
— Uhum.
Maria tossiu chamando a atenção, mostrando que já tinha aberto o portão e estava apenas esperando. Demos risadas e eu fui para o meu carro.
Maria resolveu que iria com a Gabi, alegando que eu dirigia muito mal. Coloquei uma música, e fiquei cantando bem alto durante todo o caminho. Paramos na casa dos pais da baixinha mais alta, pegamos todas as coisas que estava lá, incluindo todas as coisas que ela ganhou no chá de bebê e fomos para casa.
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Continua...
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