Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 186

Capítulo 186 – Meu homem irritante

Evelyn

Eu tinha certeza de que Alex viria atrás de nós.

Mas quando tivemos a confirmação de que a mensagem foi entregue e que agora ele sabia exatamente onde estávamos, meu coração se encheu de esperança, de que em breve eu voltaria para os braços do meu amor.

Só que eu devia ter previsto que Robert não nos entregaria assim com facilidade.

Ainda não sabia o motivo de ele nos querer.

A verdade é que eu nem me importava.

Tudo que eu queria era sair daqui.

Ele nos dopou mais uma vez e, quando acordei, estávamos voando.

O helicóptero era maior dessa vez, e tinha mais homens armados.

Tentei, mais uma vez, descobrir para onde Robert estava nos levando, mas ele fugiu da conversa.

Mas Elena sabia o que eu e Jordan nem imaginávamos.

— Ele nos vendeu, Evie… — Elena disse, com um desprezo velado por Robert. — Esse velho doente nos vendeu para algum pervertido.

Minha reação… choque.

Eu nem consegui raciocinar por alguns segundos.

Já minha cunhada… foi só fúria.

Mas essa fúria a levou a uma situação de puro temor e desespero.

Eu tentei… Avisei a ele que ela estava grávida, mas o cretino não se importou.

Chamou o próprio neto de bastardo e obrigou um dos seus homens a fazer o serviço.

Elena, Eloisa e eu lutávamos contra os malditos que nos seguravam.

Jordan abraçou a barriga, e o homem… mesmo contra a vontade, levantou o pé para acertar a minha menina caída no chão.

Robert era tão cruel e frio que queria causar um aborto nela, espancando-a.

Só que antes que ele acertasse a minha menina e machucasse meu sobrinho, Elena conseguiu se soltar e empurrou o homem, que se desequilibrou e caiu.

No susto, o homem que me segurava soltou meus braços e fui até Jordan.

Robert levantou furioso, e então o piloto avisou que iríamos pousar.

— Por hora… — ele disse, irritado. — Esse bastardo fica aí dentro. — Robert se aproximou de nós duas, que ainda estávamos abraçadas. — Mas assim que chegarmos em Dubai, eu arranco ele daí.

— Dubai… — Eloisa sussurrou.

— Isso mesmo, senhorita Fontana. — Ele ajeitou o terno, um gesto que eu já conhecia nele. Toda vez que Robert sentia que as coisas estavam saindo do controle, ele mexia no terno sempre alinhado.

Os homens nos obrigaram a sentar e colocar o cinto.

Em alguns minutos, pousamos.

E quando saímos, veio em nossa direção um cara de boa aparência. A corrente de ouro em seu pescoço reluzia na luz da lua.

— Anderson, parece que conseguiu escapar do Sterling. — Robert mais uma vez mexeu no terno. — Meu garoto é bom… mas eu sou melhor.

O homem somente balançou a cabeça, como se o que Robert dissesse não fizesse sentido.

— Quero que fique claro, Anderson. Se Sterling te pegar… — Robert o interrompeu.

— Ele não o fará. — respondeu, irritado.

— Bem, mas "se" pegar, quero deixar claro que não concordo com isso e só estou pagando uma dívida.

— Você já tinha dito isso antes. — Robert retrucou.

— Mas gosto de deixar as coisas claras. — o homem rebateu.

Ele fez sinal para os caras que o acompanhavam, entregou algo para Robert e saiu, sem nem mesmo olhar para trás.

— Eu me lembro dele, Lena… — Eloisa sussurrou.

— Guarde para você, Eloisa. — a irmã a interrompeu.

Jordan e eu nos entreolhamos.

— Onde está o navio? — perguntou Robert ao homem que estava ao meu lado.

— O entregador disse que chega em uma hora. Tem uma sala em um dos galpões. Combinamos de nos encontrar lá. — O homem respondeu, e nos conduziu.

Assim que entramos no tal galpão, eles nos jogaram lá dentro e saíram.

Fui novamente até Jordan, que estava sentada no chão, agarrada aos joelhos e com a cabeça escondida.

— Você está bem? — perguntei, passando a mão na cabeça dela.

Ela ficou alguns minutos sem responder, até que levantou o rosto e encontrou meus olhos.

— Ele ia matar meu bebê… — murmurou entre as lágrimas. — Sem dó, sem piedade, sem se importar com nada.

A abracei, e ela desabou.

A verdade é que eu queria fazer o mesmo, mas não podia.

Não agora.

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