Capítulo 376 – Alforria
Enzo
Havíamos chegado na casa do Sterling, casa que mia donna insiste em dizer "nossa". Mia bambina tem um carinho especial por Amélia, que a retribui com a mesma intensidade, e isso não poderia aquecer mais o coração de um pai: saber o amor que a sua bambina recebe.
Elena quis descansar um pouco. A viagem foi exaustiva para ela e nostro bambino também não tem dado trégua.
— Como está se sentindo agora? — perguntei, a envolvendo por trás enquanto ela se apoiava na pia do banheiro.
— Amor, eu nem sei descrever. — ela respondeu e nós dois rimos. Virei-me para ficar de frente com ela e a peguei no colo.
— Don Mancini, está me deixando muito mal-acostumada.
— A mia vita, já te disse que, se quiser, só te carrego no colo. — Elena me deu um beijo enquanto caminhei com ela até a cama.
A deitei com cuidado e me coloquei ao seu lado.
— Já está na hora de me reunir com Alex, vamos ir até a casa dos Anderson.
— Que loucura pensar que Lorenzo é o pai do cretino do Robert. — ela disse.
— Por isso que Robert nunca teve medo da Cosa Nostra, e ainda sequestrou mia sorella sem receio algum. Sabia que mio nonno, quer dizer, que tuo padre, o defenderia se fosse preciso.
— E como você está se sentindo com tudo isso? — Elena perguntou, passando a mão por meu rosto.
— Acho que estou igual a você, amore mio, nem sei descrever. — Ela sorriu para mim, e tirei uma mecha de cabelo de seu rosto. — Ou talvez eu saiba, mas prefira deixar para lá.
— Eu estou aqui, quer dizer… — ela pegou a minha mão e levou até sua barriga. — Nós estamos aqui. — Desci meus lábios nos dela, minha língua exigindo passagem e mia donna cedendo. Deitei sobre ela com cuidado e minhas mãos começaram a explorar seu corpo. Mas batidas soaram na porta e nos separamos.
— Andiamo! — gritei, e logo a porta se abriu.
— Don, Alex já está nos aguardando no escritório. — Giuseppe disse, e ficou parado me aguardando. Dei um último beijo em Elena.
— Não quero você fora desta casa.
— Enzo… — ela começou.
— Sem essa, Elena, per favore, não desta vez. Preciso buscar meu tio e acabar de uma vez com isso.
— Se entregando. — ela retrucou, cruzando os braços irritada.
— Não vou me entregar de verdade, Alex já tem tudo planejado e confio nele.
Elena suspirou em derrota, me puxou para mais um beijo.
— Só não esquece que você tem mulher e dois filhos. — Ela disse, encostando a testa na minha.
— Nunca, mia vita, e é por vocês que estou fazendo isso.
A beijei uma última vez e segui com Peppe.
— Já se despediu de tua donna? — perguntei a ele enquanto caminhávamos lado a lado.
— Sim, ela está furiosa. Nunca imaginei que num frasquinho tão pequeno daquele carregasse uma fragrância tão ardida.
Nós dois rimos.
— Bem-vindo ao clube, mio amico.
Entramos no escritório e já estavam todos ali, inclusive Amira e a piccola Jo.
— Agora que Enzo chegou, vamos ao que interessa. — Alex começou. — Amira nos deu as informações sobre Farid, descobrimos que, neste momento, Lorenzo está agindo sozinho. O tal Emir está na mira do governo americano e decidiu recuar. Já o velho maldito preferiu manter o plano dele.
— Que é? — Amira perguntou.
— Acabar comigo e com meus irmãos. — ele respondeu sem hesitar. — E com os primos por tabela, já que nosso suposto avô é Lorenzo Mancini.
— Então o impostor é seu avô? — Amira perguntou confusa, ela não havia participado da reunião no avião.
— Exatamente, o cretino do vovô Fred forjou a própria morte e assumiu o lugar do Lorenzo Mancini. — Brady disse com deboche.
— Isso aqui daria um bom roteiro de filme. — Matteo disse.
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