Capítulo 380 – Então… nunca é um adeus.
Evelyn
Alex já havia saído há algum tempo, mas eu ainda me sentia inquieta, como se algo estivesse para acontecer, uma sensação, um pressentimento.
— Está tudo bem? — Jo perguntou, parando ao meu lado enquanto eu olhava para o portão.
— Esperando seu irmão, ele me disse muito pouco sobre o que faria hoje.
— A estratégia dele era agir com cautela, ele não queria ser agressivo para não colocar ninguém em risco. — ela me respondeu.
Senti uma fisgada no peito e levei a mão ao local na mesma hora.
— O que foi?
— Não sei, uma dor no peito de repente.
— Você ficou branca, quer se sentar? — Jo me perguntou.
— Não, acho que vou ligar para o Alex.
— Evie, ele não vai te atender. Eles estão bem, fica tranquila.
Forcei um sorriso, mas algo dentro de mim me dizia o contrário. Precisava ouvir a voz dele, mesmo com a Jo me dizendo para não fazer, eu liguei.
Mas não tive sucesso.
— Você conseguiu ver onde os Piccolo foram? — perguntei, tentando tirar um pouco o foco dessa sensação.
— Sim, eles se encontraram com Leonardo. Depois, foram até a casa dos Anderson.
— Acha que eles estão com Tommaseo? — perguntei, preocupada.
— Não, eu avisei o Hugo, mas ele não me retornou ainda.
Voltei a encarar o portão quando Aline apareceu.
— Evie… — a voz dela era mansa… Mansa até demais, e aquilo me deixou em alerta.
— Qual o problema? — vi algo em seus olhos, e não gostei nada daquilo.
— É o Alex, ele foi ferido e os meninos já o levaram para o hospital.
O chão sob os meus pés sumiu, minhas pernas amoleceram e eu desabei.
— EVIE!! — Jo gritou e correu até mim.
— Eu sabia… — eu murmurei. — Eu senti que tinha algo errado.
— Evie. — Aline disse, me ajudando a levantar. — Ainda não sabemos de nada, vamos ao hospital e lá teremos notícias, ok? — Eu assenti e segui com elas.
Aline foi dirigindo com Alessa ao seu lado. Jo estava do meu lado e Rosa do outro, segurando minhas mãos. Deixamos as crianças com Lila, Vivi e Amélia. Assim que chegamos, eu desci correndo, passei pela primeira porta e fui até a recepção. Antes que a moça me respondesse, olhei para o corredor à minha frente e precisei me apoiar no balcão.
Havia uma maca no meio do corredor, com médicos e enfermeiros ao redor. Jackson estava segurando a mão de alguém, Brandon ajoelhado ao seu lado, Ben e Tom sentados no chão. Minhas pernas começaram a me obedecer e eu fui caminhando até lá.
Meu coração parecia querer sair do peito, minhas mãos tremiam, ninguém me viu chegar. Parei ao lado do Jack e consegui ouvi-lo dizer:
— Você é a porra do Alexander Sterling. E você sempre cumpre suas promessas…
E depois veio um barulho.
— BIP… BIP… — o monitor deu um bip trêmulo.
— Tem ritmo! — alguém gritou, quase aliviado demais.
— Alex… — minha voz chamou a atenção do Jack.
— Evie… — ele falou, me dando passagem. Parei do lado do meu noivo.
— Amor… por favor.
— Precisamos levá-lo para o centro cirúrgico. — um dos médicos nos disse.
— Ele vai ficar bem? — perguntei, segurando a mão do Alex.
— Acabamos de trazê-lo de volta de uma parada, mas ainda temos um caminho a percorrer.
Essas foram suas últimas palavras antes de seguir com Alex para dentro. Eu não conseguia soltar a mão dele e fui com ele até que a enfermeira me barrou.
— Preciso que solte, senhora.
— Mas… — eu comecei a falar com a voz embargada.
— Ele precisa subir para o centro cirúrgico agora. — eu via a urgência em sua voz.
Assim que ela puxou minha mão da dele, minhas pernas cederam.
— EVIE! — Jack gritou e correu até mim.
— Jack… por favor, me diz que ele vai ficar bem. — Ele me abraçou ainda no chão.
— Estamos falando do Alexander Sterling, o cara mais irritantemente teimoso deste mundo. Claro que ele vai ficar bem. — Me agarrei a ele, e minhas lágrimas escorriam por meu rosto.
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