Resumo de Capítulo 8 – Uma virada em MINHA de Thaina Gomes
Capítulo 8 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de MINHA, escrito por Thaina Gomes. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
P.O.V Kelly.
Sentada no chão da sala eu olhava as centenas revistas com os catálogos de vestidos de noivas, acho que Nadia trouxe mais de trinta modelos para eu escolher.
- O ideal seria mandar fazer um especial para você mas vocês quiseram adiantar a data para tão cedo. - Nadia diz olhando uma das revistas.
- Sogrinha eu não quero um vestido feita sob medida, um lindo vestido desse já esta bom. - Digo também analisando um dos modelos.
Nem pensar em adiar o casamento, preciso da Cristina aqui o quanto antes, falando nela eu queria que ela estivesse aqui para escolher meu vestido comigo porém isso não vai acontecer.
- Tudo bem querida, é o seu dia... Você já sabe o que o Gregory vai usar? - Ela pergunta docemente.
- Por que eu deveria saber? - Pergunto com o cenho franzido.
- Como assim Kelly? É claro que você tem que saber o que ele vai usar, se depender do Gregory ele usa um dos ternos do closet e não podemos deixar isso acontecer. - Ela diz e eu sorriu.
Com certeza Nadia é uma ótima mãe quem dera eu tivesse tido uma mãe como ela.
- Tudo bem sogrinha, eu vou falar com ele.
- Você pode fazer isso agora, dependendo do que ele for usar você pode escolher o modelo do vestido mas formal ou mais despojado. - Ela sugere.
- Mais não sei onde ele esta? Ele não deu as caras desde o almoço.
- Deve esta no quarto vermelho. - Ela diz e eu franzo o cenho.
- Quarto vermelho? - Pergunto curiosa.
- Sim, é no terceiro andar, segunda porta a esquerda. - Ela diz despreocupada olhando a revista.
Ainda confusa me levanto deixando as revistas de lado seguindo para cima, eu realmente não sei o que ela quis dizer com quarto vermelho mas estou assustada e ao mesmo tempo curiosa.
Adentro o terceiro andar e sigo até a porta indicada, percebo que em cima da porta tem uma espécie de alarme vermelho que esta apagado, tomo coragem e sem bater adentro o cômodo.
Olho em volta e abro a boca em surpresa por vê o que estou vendo.
- Você realmente não bate na porta né? - Gregory diz de costas para mim.
- Olha quando sua mãe disse que você estava em um quarto vermelho eu imaginei um quarto de corro com algemas e chicotes na parede... Mas um estúdio para revela fotos? Realmente me surpreendeu. - Digo surpresa.
- Ainda posso usar algemas em você quando quiser. - Ele diz malicioso se virando.
- Estou bem obrigada, quer dizer o mafioso insensível gosta de fotografias? - Pergunto olhando em volta.
- Elas não se mexem, não me contestam e não entram sem bater. - Ele me manda uma indireta.
- Elas também mostram belezas, belezas que sinceramente achei que fosse incapaz de percebe-las. - Dou de ombros.
- Estava errada mas não se preocupe ainda vai saber muito sobre mim Kelly. - Ele diz chegando perto.
O jeito que esse homem pronúncia meu nome é quase pornográfico, eu não posso nem descrever o que me causa quando ouço ele sair de sua boca.
- O que veio fazer aqui? - Ele pergunta parando bem perto de mim.
- Vim pergunta o que vai usar no casamento?
- Um dos meus ternos. - Ele diz como se fosse óbvio.
- Errou feio. - Faço uma careta.
- Então o que quer que eu use? - Ele pergunta.
Dou de ombros sorrindo.
- Vamos fazer um joguinho, se eu aceita ganho um beijo. - Ele diz com sorriso de lado.
- Tudo bem, vamos lá Petrov. - Provoco.
- Um smoking?
- Errado.
- Um fraque?
- Nunca vai conseguir ganhar. - Provoco rindo.
Ele me encara com a sombrancelha levantada mas para e me olha.
- Quer que eu compre um terno novo sob medida só para o casamento. - Ele diz e eu o olho surpresa.
- Acertou. - Digo e ele sorrir de lado.
Sem nem dar tempo de eu pensar Gregory me agarra passando a mão na minha cintura colando seu corpo no meu. Sua lingua invade minha boca e eu puxo seu cabelo entrando no ritmo do beijo.
Suas mãos passam pelo meu corpo e param na minha bunda a apertando, arfo com o prazer sentindo seu membro duro roça na minha intimidade que a essa altura já esta molhada, com impulso ele me joga pra cima fazendo eu enrosca minhas pernas em sua cintura.
Cravo a unha em suas costas por cima da camisa branca, ele me costa na parede e eu ouço um clique. Ainda sobre seu domínio ele me leva para cima da mesa e me põe sentada mordendo meu lábio inferior.
Abro meu olhos e percebo que o clique que ouvi foi do interruptor e que agora o cômodo esta sob uma luz vermelha que deixa tudo mais quente. Gregory se separa um pouco de mim e abre o primeiro botão da minha blusa só então percebo o que estamos fazendo.
- Espera... Espera... - O afasto.
- O que foi? - Ele pergunta ofegante.
- Não podemos fazer isso. - Digo saindo de cima da mesa.
- Por que não? - Pergunta me encarando.
- Por que o combinado foi só um beijo. - Digo me virando fechando o botão.
Ouço ele bufa.
- Parece que eu fiz a escolha certa e te tirei da boate, você não serve pra ser prostituta. - Ele diz num tom ácido.
- Como é que é? - Pergunto me virando imediatamente.
- Uma prostituta tem que saber se oferecer e você claramente não sabe, você não é desse tipo. - Ele diz irônico.
Ah então é assim Gregory, tudo bem vamos brincar. Dou três passos lentos em sua direção e fico a milímetros do seu rosto.
- Eu sei que você esta acostumado a ter vadias que se esfregão aos seus pés mas não sou o tipo de mulher que se oferece, eu sou o tipo de mulher que é conquistada...
- Ah é? - Ele pergunta olhando para minha boca.
- Sim. Eu sei que você nunca teve essa sorte e quer muito isso mas vou te dar um aviso, tome cuidado porque o homem que deita na minha cama não é quer mais sair dela. - Digo e lhe dou um selinho me afastando saindo da sala.
Três dias depois...
Estamos em uma festa chata da máfia onde eu tenho que sorrir e parecer uma estatua de porcelana, eu nem sei o motivo dessa. Talvez não tenha motivo e eles só querem uma oportunidade de usar suas joias e roupas caras.
- Então essa é famosa kelly? A nossa futura segunda dama. - Um homem de cabelos brancos para na nossa frente me olhando de cima a baixo.
- Sim, sempre se lembre disso Tomás. - Gregory responde me puxando pela cintura.
Ele sempre faz isso quando estou perto de outro homem, para marca território talvez.
- Quem dera meu filho desse a sorte de conhecer uma mulher tão bonita quanto essa. - Ele diz com pesar.
- Por favor Tomás, seu filho não tem competência para ter uma mulher como a minha. - Ele diz com desdém.
Eu poderia reclamar por ele está falando como se eu não estivesse aqui? Poderia. Iria adianta? Não.
- Eu vou procurar a Hanna. - Digo em seu ouvido.
- Tudo bem, mas tome cuidado fique por perto.
Assinto e saio olhando para os lados, logo a encontro sentada em uma das mesas afastada dos outros.
- Pensei que fosse boa demais pra vir a esse tipo de evento. - Digo me sentando ao seu lado.
- Eu não tinha muito o que fazer e vim acompanhar o Dimitri, mas já estou me arrependendo. - Ela da ombros.
- Não é tão ruim assim.
- Não pra você. - Ela diz pegando uma flor do vaso que decorava o local começando a despedaça-la.
Olho em volta parando em Nadia e Ivana.
- Já reparou nas nossas sogras. - Digo olhando para as duas.
- O Dimitri praticamente beija o chão que você pisa e eu... Bom... - Deixo a frase morrer.
- Você é minha melhor amiga e não precisa da amizade dela.
- Ah, você me considera sua melhor amiga? Que linda. - Sorriu.
- Não tem nada de lindo nisso mas sim, eu considero.
- Eu também me te considero minha melhor amiga, minha bruxa favorita.
- Meu primeiro feitiço vai ser fazer você desaparecer. Vamos la fora. - Ela se levanta.
- Ta bom. - Me levanto a seguindo.
A noite para variar não estava fria e sim em um clima agradável. O jardim era muito lindo cheio de flores e arbustos.
- Eu quero ir embora. - Hanna bufa ao meu lado.
- Quando você não quer? - Pergunto rindo.
- É agora eu quero ir mais ainda. - Ela diz cruzando os braços vendo Daria aparecer com uma loira a tira colo.
- Vocês estão ai, eu estava procurando vocês. - Daria diz se aproximando.
- Acabamos de sair. - Digo olhando para mulher ao seu lado que estava de cara fechado.
- Esta é a Anastasia uma amiga, ela estava fora do país e voltou de viajem a pouco tempo. - Daria aponta para a mulher.
- Hanna Devan. - Hanna estende a mão para ela.
- Kelly Stabler. - Digo fazendo o mesmo que Hanna.
- Eu sei muito bem quem são vocês duas. - Ela diz com desdém ignorando nossas mãos.
Olho para Hanna que encara a mulher.
- Que bom que sabe, primeira dama, segunda dama... E você quem é? Com certeza não faz parte das principais famílias, afinal já conhecemos todos os filhos das famílias do conselho. - Hanna diz com seu melhor sorriso.
- Muitos podem ter medo de vocês mas eu não... Você só esta viva por ser filha do grande Igor e você é uma ninguém. - Ela diz a última parte com odeio direcionado a mim.
- Olha que engraçado, porque aqui a única que não conhecemos é você... Que tal nos dizer sua relevância? Se é que tem alguma. - Digo a olhando de cima a baixo.
- Eu era namorada do Gregory e você sua maldita, roubou ele de mim... Roubou o meu lugar. - Ela diz entre dentes.
- Ah, uma das vadias do Gregory. - Digo para Hanna.
- Ele era tão dela que não conseguiu mante-lo. - Hanna rir.
- Eu só vim da um aviso, vou destruir você e vou recuperar o que é meu. - Ela me olha com odeio.
Coitada.
Hanna da um passo e fica minha frente.
- Não tem nada seu aqui e não ameace minha amiga. - Ela diz nervosa.
- Vamos. - Daria tenta puxar a tal Anastasia.
- Querida deixa eu te contar uma coisa, eu não quis o Gregory para mim ele quem escolheu ser meu... Eu nem faço muita questão dele mas acho que ele faz de mim... Eu não fiz você ser trocada, ele te trocou porque provavelmente te acha descartável... Mas eu sou contra a rivalidade feminina e então quando eu me cansar dele eu o mando pra você, afinal eu nem te conheço mas já deu pra percebe que você adora os restos. - Digo serenamente.
Ela da um passo a frente mais é impedida por Daria.
- Eu juro que vou te destruir. - Seus olhos brilham de raiva.
- Não se ela fizer isso primeiro, leve ela Daria ou ela vai ser arrastada pelos seguranças. - Hanna ordena.
Daria com muito custo consegue arrastá-la para dentro.
- Quando pensamos que não pode piorar, já não bastava a Ivana? - Hanna pergunta.
- Essa ai é só uma coitada rejeitada... Quão baixo uma mulher pode chegar por um homem. - Digo pensativa.
- Você vai vê que eu tenho razão quando eu digo que nada no mundo é mais perigoso que uma mulher apaixonada e obstinada a ter o homem que deseja.
- Bom pode ser, deixa ela tenta... Vamos ver do que a Anastasia é capaz...
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: MINHA
Muito bom. Parabéns...