POV CASPIAN.
Eu não estava no controle, mas podia sentir tudo o que eles faziam, e foi maravilhoso e intenso. Minerva não estava transando só com Odin, mas comigo também, do mesmo modo que não era só ela ali, mas Gaia também. Poder ter minha companheira nos braços foi incrível. Sinto-me quase completo, pois só estarei pleno quando marcar Gaia como minha Luna.
Quando Odin me devolveu o controle, meu corpo ainda vibrava com a intensidade do que havia acontecido. O cheiro de Gaia estava em todo lugar, impregnado na cama, no ar, em mim. Meu coração batia descompassado, uma mistura de alívio por saber que a primeira noite tinha dado certo, mas uma culpa me corroía por dentro. Gaia não sabia de nada; estávamos enganando-a, e isso me incomodava.
— Você foi cuidadoso? Não deixou marcas? — perguntei a Odin, minha voz tensa, quase acusatória.
— Fui. Sem marcas, como Minerva pediu — respondeu ele, a voz calma, mas com um toque de provocação. — Relaxe, Caspian. Sei o que estou fazendo — afirmou com firmeza.
— É mesmo? Pois teve um momento em que você perdeu o controle. E as coisas não são tão simples, como pensa — retruquei, esfregando o rosto com as mãos, tentando aplacar a tempestade na minha mente. — Gaia não merece ser enganada assim. Sabemos que ela ficará irada quando descobrir tudo — falei, preocupado.
— É melhor não pensarmos nisso agora. Vamos deixar rolar; depois lidamos com as consequências. Temos que garantir que ela seja nossa e que nosso filhote esteja no útero dela, até o final do cio — respondeu Odin.
— Só espero que esse plano não afaste Gaia de nós, ou pior, que a faça nos odiar e ir embora — comentei.
— Isso nunca. Ela não pode nos abandonar. Vamos amarrá-la no pé da cama, se for preciso — disse ele, nervoso.
— É mesmo, gênio? E como pretende prender uma bruxa, alfa poderosa? — perguntei, irritado.
— Verdade, nossa lobinha é poderosa. Não vamos nos desesperar; iremos achar uma maneira de lidar com o problema se ele chegar — afirmou.
Revirei os olhos com sua confiança de que tudo dará certo. Eu tinha minhas dúvidas, mas vou seguir seu conselho e deixar para lidar com os problemas depois. Levantei-me e caminhei até a janela, olhando a lua cheia que brilhava sobre a alcateia. O ar ainda estava carregado, com o cheiro de sexo.
— Amanhã será pior — murmurei, mais para mim mesmo. — O cio vai ficar mais forte. Gaia vai sofrer ainda mais. Me sinto culpado pela sua dor. E nossa presença parece ter intensificado os efeitos do cio. Não viu como Minerva chegou aqui? — perguntei.
— Percebi, mas tenha calma. Nós estaremos prontos para ajudá-la — disse Odin, com uma confiança que eu queria ter. — Gaia é nossa, Caspian. Vamos dar a ela o que necessita. Não deixaremos que sofra — garantiu.
Fechei os olhos, respirando fundo. A imagem de Gaia sofrendo por minha rejeição não saía da minha cabeça. Eu havia falhado com ela uma vez, mas agora tinha a chance de consertar tudo. Mesmo que doesse, mesmo que o preço fosse alto, eu não podia falhar de novo.
— Não vou decepcioná-la outra vez — prometi, a voz firme, apesar do medo de perdê-la que apertava meu peito. — Não dessa vez — concluí.
Odin ficou em silêncio, mas eu sabia que ele concordava. Fui para o banheiro e tomei um banho rápido. Eu não queria tirar o cheiro dela do meu corpo, mas era preciso. Não poderia correr o risco de Gaia sentir seu próprio cheiro em mim. Voltei para o quarto e me deitei para descansar. Odin se divertiu bastante com Minerva, mas o cansaço físico sobrou para mim. Fiquei pensando: se só Minerva no controle já foi essa intensidade toda, imagina quando for Gaia. Fechei os olhos e imaginei como seria. O sono e o cansaço me dominaram, e adormeci.
POV GAIA.
Abri os olhos com dificuldade; minhas pálpebras estavam pesadas. Mexi-me um pouco, e meu corpo estava bastante dolorido. Esse cio parecia diferente dos outros. Eu estava mais cansada, e os efeitos, mais fortes. Será que a presença de Caspian e o fato de nosso vínculo de companheirismo existir estão me afetando, intensificando tudo? Suspirei, e senti uma dor nas costelas, que me fez gemer. Parecia que um trator me atingiu enquanto eu dormia. O que aconteceu comigo? Resolvi perguntar a Minerva.
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