POV GAIA.
Fui acordada pela luz do sol que banhava meu rosto, aquecendo minha pele, enquanto uma fome voraz parecia corroer meu estômago, uma dor que pulsava com insistência. Virei-me para o lado e lá estava Caspian, mergulhado num sono profundo, o peito subindo e descendo lentamente. Sorri com um misto de ternura e malícia. Acho que exagerei com ele — meu ogro foi completamente nocauteado. O pensamento trouxe um calor ao meu rosto, e um sorriso travesso curvou meus lábios.
Com cuidado, deslizei para fora da cama, sentindo um leve ardor em minha região íntima, um lembrete ardente do momento que compartilhamos. No banheiro, deixei a água morna do chuveiro acalmar meu corpo enquanto meus pensamentos vagavam.
— Caspian é simplesmente maravilhoso na cama. Perdi as contas de quantas vezes ele me levou ao êxtase — pensei, suspirando, enquanto a água escorria por minha pele.
— Parece que nosso companheiro te deixou completamente exausta — provocou Minerva, invadindo meus pensamentos com sua voz brincalhona.
— Exausta e faminta — retruquei mentalmente, com um leve riso. — Preciso comer, mas primeiro, tive que tomar um banho. Não queria andar pela casa cheirando a sexo. — Comentei.
Minerva soltou uma risada satisfeita, e eu sabia o quanto ela estava feliz por eu e Caspian estarmos juntos, exatamente como ela queria. Terminei o banho, sentindo-me renovada, e voltei ao quarto. Caspian continuava imerso em seu sono, alheio ao mundo. Caminhei até o closet, peguei uma camisa leve e a vesti, sentindo o tecido macio contra minha pele. Movendo-me com cuidado para não acordá-lo, saí do quarto e fechei a porta suavemente. O corredor estava silencioso, caminhei por ele apressada. Precisava das minhas roupas.
Cheguei ao meu quarto, abri a porta e peguei minha mochila, escolhendo uma peça confortável. Logo, estava pronta e me dirigia à cozinha. Ao descer as escadas, o aroma familiar de café e pão fresco invadiu meu nariz, mas, ao chegar à sala de estar, outro cheiro, mais familiar e reconfortante, fez meu coração disparar. Meus olhos se arregalaram e segui o rastro daquele cheiro inconfundível.
Quando cheguei à porta da sala de jantar, lá estavam eles. Sentados à mesa, com Aina e Conrado, estavam meus pais. Eles sentiram meu cheiro no mesmo instante e viraram-se para a porta, seus rostos iluminados por alívio e emoção.
— Mamãe! Papai! — exclamei, a voz carregada de felicidade, indo ao encontro deles.
— Gaia! — disseram em uníssono, levantando-se rapidamente. Fui envolvida pelos braços calorosos dos meus pais, um abraço que parecia apagar toda a saudade que eu carregava. Ficamos assim por um longo momento, o tempo parecendo suspenso, até que, relutantemente, nos afastamos.
— Minha pequena — disse meu pai, a voz emocionada, enquanto me guiava até uma cadeira para sentar. — Ficamos tão preocupados quando chegamos e te encontramos naquele estado. Quando você acordou? — Perguntou.
— Acordei na madrugada — respondi, sentindo o peso do olhar preocupado deles.
— Filha, eu fiquei desesperada. Não faça mais isso com sua mãe — pediu mamãe, a voz tremendo de emoção, os olhos marejados.
— Não farei, prometo — assegurei, tentando aliviar sua angústia.
— Deveria ter nos avisado de que havia acordado — reclamou meu pai, franzindo a testa, mas com um tom que misturava alívio e bronca.
— Era madrugada, papai, não quis incomodar — expliquei, oferecendo um sorriso suave.
— Gai, querida, como você está se sentindo? — perguntou Aina, inclinando-se para mim com preocupação genuína.
— Estou bem, tia. Mas estou faminta, preciso de comida! — respondi, tentando trazer leveza ao momento com um sorriso.
— Isso é normal no seu estado. Grávidas costumam comer bastante — disse minha mãe, com um tom casual que, no entanto, fez meu coração dar um salto. Olhei para ela, confusa, esperando que fosse uma brincadeira.
— Não estou grávida, mamãe. Só porque estou faminta, não significa que estou gerando um filhote. Que ideia doida é essa? — falei, rindo, tentando dissipar a tensão. Mas, ao olhar para meus pais e meus tios, percebi que nenhum deles ria. Seus rostos estavam sérios, quase solenes.
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