Resumo de Capítulo Quinze - Ana e Matteo – Capítulo essencial de O Amor de Um CEO por Ninha Cardoso
O capítulo Capítulo Quinze - Ana e Matteo é um dos momentos mais intensos da obra O Amor de Um CEO, escrita por Ninha Cardoso. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
Parte 1...
Ana
Eu fiquei surpresa. Tudo bem que eu já sabia que teria que mudar para a casa dele, mas ouvir esse pedido, direto assim, fiquei meio desorientada.
Onde estava o chefe rude e impaciente que eu conheço?
Ele até parecia estar preocupado comigo. Isso não entra bem na minha cabeça, porque não é essa a imagem que eu tenho dele.
O que houve com ele para ter essa transformação de sapo para príncipe? Ou será que eu tinha uma visão errada sobre ele?
Minha mente está começando a dar uma pane.
— Hã... Tudo bem, eu posso me mudar em uns dois dias.
— Não - ele disse firme — Você vai voltar comigo agora. Pegue o que precisar e vamos.
Eu fiquei travada. Assim? Pegar uma bolsa com algumas coisas e voltar para a casa dele?
Arregalei os olhos. Dormir na casa dele sem nem me preparar emocionalmente para isso?
Não sei se eu posso. É uma mudança muito brusca.
— É que... - apertei os lábios sem jeito — Eu tenho que me oganizar e... Sendo bem honesta, eu não sei se consigo dormir na sua casa.
— E por que não?
— Bem... - respirei fundo esfregando as mãos na roupa — É que você... É meu chefe... E você é... Meio esquisito - fiz uma careta.
Ele puxou o ar fundo, enchendo o peito e me olhando com uma cara de pouca paciência. Mas aqui eu estou no meu cantinho, na minha casa. Ele não pode brigar comigo.
— Tá, eu sou esquisito e você também é - ele encolheu o ombro — Só que agora nós temos que ser o casal esquisito, para conseguirmos enganar as pessoas.
Eu mordi o lábio de lado. Ele tinha razão. Fiz uma cara meio lá e meio cá. Seria muito estranho, mas meu nome já estava no documento e Otávio disse que uma conta seria aberta em meu nome amanhã mesmo.
Ou seja, amanhã a essa hora eu já seria uma mulher rica. Poderia fazer o que quisesse e principalmente, levar Acácia para um lugar melhor. Só de pensar nisso minhas mãos formigavam.
E também porque a ideia de ficar sozinha com ele, no ambiente íntimo de sua casa, me deixava muito nervosa.
Ele me olhava com cara impaciente, mas tinha razão, não dava pra continuar morando aqui depois do acordo que fizemos e de modo algum, outra pessoa pode saber que temos um contrato de casamento, então tenho que fingir bem.
É, acho que me mudar logo vai ser mais certo, tipo puxar de vez o band-aid ao invés de aos poucos e acabar doendo mais.
— Ai, meu Deus! Você não me escuta mesmo, né? É sempre assim! - gritava uma mulher com voz irritada.
— Ah, para com isso! Você que vive implicando com tudo! - respondia um homem em tom de indignação.
— Não sou eu quem deixa tudo jogado pela casa, não é, Edu?
— Ah, não começa, Maria! Só estou cansado do seu controle o tempo todo!
As palavras eram ditas em meio a um turbilhão de emoções e eu não pude evitar me sentir preocupado com Ana. Imaginava como seria difícil para ela, morando sozinha, ficar nesse local, em meio a esse ambiente um tanto tumultuado.
Enquanto eu refletia sobre tudo isso, percebi o quanto a vida de cada um de nós é repleta de desafios e contradições. Aqui estava eu, o chefe de Ana, me questionando sobre sua moradia, mas eu mal conhecia sua jornada e o que ela enfrentava diariamente.
Esse momento de reflexão me fez sentir uma mistura de compaixão e empatia. Talvez, ao invés de julgar ou presumir, eu pudesse tentar entender melhor sua realidade e oferecer apoio, se necessário.
— Pronto - ela voltou carregando uma bolsa grande de pano — Peguei algumas coisas, mas vou precisar vir aqui de novo pegar mais, porque agora só deu para juntar o mínimo.
— Tudo bem, podemos ver isso depois, com calma.
Os ruídos da briga do casal do lado de fora do apartamento continuavam a ecoar pelos corredores. A discussão ficava cada vez mais acalorada e com xingamentos e eu não conseguia ignorar a tensão no ar.
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