O Amor de Um CEO romance Capítulo 61

O Amor de Um CEO Capítulo Vinte e Dois - Ana e Matteo por Internet

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Capítulo Vinte e Dois - Ana e Matteo

Parte 1...

Ficamos um tempinho contemplando a beleza da paisagem lá embaixo. Não falamos mais nada durante esse tempo e foi muito bom. Eu nem me lembro de ter uma cumplicidade com outra mulher, assim como estou tendo com Ana.

Talvez seja apenas pela questão da necessidade. Para nós dois.

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Ana

Não sei se eu estou ficando mole com relação a Matteo, ou se ele está mesmo se mostrando pra mim, sem ser aquele chefe chato e crítico. Eu não sei, nunca tive um momento assim com ninguém.

Só espero não cometer nenhum erro. Por agora estou boba com essa vista e com ele. Não pensei que justo ele teria um lugar assim, onde se refugiava para pensar. Acho que no fundo, os amigos dele até que estão certos. Ele é uma boa pessoa, só tem hábitos particulares demais e cria um casca de proteção para que ninguém perceba como é de verdade.

Afinal, pelo jeito, ele tem mágoas do passado também. E acho que a maioria das pessoas tem algum tipo de trauma ou mágoa. Passamos por tantas coisas na vida que às vezes fica muito difícil. Cada um reage de uma forma. Não dá pra julgar.

— Sabe, Ana... Às vezes fico pensando sobre como a vida pode ser difícil. Mas confesso que tenho um lado egoísta que só pensa em mim, esqueço dos outros.

— Acho que entendo você - suspirei — Existem tantas pessoas que sofrem em silêncio, carregando mágoas antigas que não conseguem se livrar. E muitas vezes a gente acaba mesmo esquecendo do próximo. Nem todo mundo consegue ter empatia pelo sofrimento do outro.

Ele me olhou meio de lado. Depois me puxou para seu colo. Travei. Nossa, travei muito. Parece que tem um sinal de alerta vermelho tocando dentro de minha mente. Meu coração acelerou de vez e acho que fiquei com um bolo na garganta.

Pelo amor de Deus, ele faz umas coisas do nada. Eu não sei como me portar assim tão rápido. Pelo menos, não em uma situação de intimidade. Arregalei os olhos. Estou sentada no colo dele, sentindo o volante do carro em minhas costas. Estou presa. Uma mão dele em minha coxa e a outra em minha nuca.

Jesus! Vou ter um troço.

— Você tem muita coisa escondida, não tem?

— Eu? - puxei o ar fundo.

— É... Eu tenho, acho que você tem também. Senti que gostou da surpresa de eu ter trazido você até aqui, mas me pareceu também que sua voz escondia algo. Quer me contar?

Eu mordi o lábio. Ia dizer o que?

— Não é algo muito legal, Matteo... Eu fui arrastada para um lugar assim... Quer dizer, não bonito assim, mas no alto de um morro... - puxei o ar fundo novamente. É ruim recordar — Dois caras queriam se aproveitar de mim...

— De quando você morava nas ruas? - o rosto dele se fechou.

— Isso... Eu era muito tonta naquela época... Achei mesmo que eram amigos de rua - dei uma risadinha triste — Eles me disseram que a gente ia ter um lugar pra ficar por um tempo e eu acreditei... Os segui e eles tentaram se aproveitar... Você sabe como - fiquei com vergonha.

— Se não quiser falar, tudo bem - senti que ele ficou chateado — Eu acho que sei bem o que era.

— Eu dei sorte, me fiz de boazinha e aproveitei para escapar pelo meio do mato. Era noite também, um pouco mais escuro do que aqui no mirante.

— Deve ter sido angustiante - ele apertou minha nuca, depois fez um carinho girando o dedo, fazendo uma massagem leve.

— Foi sim.... Mas.... De certa forma foi bom.

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