Resumo do capítulo Capítulo Vinte e Sete - Ana do livro O Amor de Um CEO de Ninha Cardoso
Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo Vinte e Sete - Ana, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance O Amor de Um CEO. Com a escrita envolvente de Ninha Cardoso, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.
Parte 1...
Eu nem dormi direito ontem, pensando no que o Matteo havia dito. Agora estou ansiosa com o que ele vai aprontar. Eu sei um pouco sobre ele, pelo menos nas minhas observações de quando era sua secretária e sei que todas as vezes em que ele se sentia dasafiado, logo em seguida ele tinha uma atitude.
Não sei o final delas, porque eram coisas pessoais, mas se tratando de trabalho, ele nunca deixava barato, sempre corria atrás e acabava saindo tudo como ele queria. Esse é o meu problema agora. E comigo?
Sei que ele entendeu o meu receio de ontem como um desafio, mas não foi bem assim, eu nem estava pensando em entrar em uma disputa de quem pode mais. Foi só o medo normal que me deu uma cutucada quando a gente estava se beijando no sofá. Eu sei que se não tivesse parado ali, teria acabado na cama dele.
Me assustei com as batidas constantes na porta do quarto. Claro, só pode ser Matteo com sua mania de querer tudo rápido. Levantei jogando o lençol de lado e abri a porta de vez.
— O que foi, Matteo? - segurei a porta — Porque essa agonia logo cedo - olhei o relógio perto da cama pra confirmar o horário — Ainda é cedo. Nem são seis e meia ainda.
— Eu sei, mas você tem compromisso com Alexandre e eu tenho que ir para a empresa - ele pegou minha mão e me puxou para fora do quarto — Tive uma ideia ótima de madrugada.
— Você não dorme? - andei puxada por ele até a cozinha — Patty já chegou tão cedo assim? - me admirei de ver a mesa posta para o café da manhã.
— Não - ele sorriu — Fui eu mesmo quem fiz tudo. Vamos comer.
— Matteo, eu nem tinha saído da cama ainda.
— Pra quem trabalhava pra mim, você é bem lenta.
Eu suspirei e esfreguei o olho.
— Jesus, homem... Eu não trabalho mais pra você e posso me dar ao simples luxo de demorar um pouquinho mais na cama, não posso?
— É, até pode - ele me soltou — Mas vá se ajeitar então e volte logo para comer comigo. Temos que sair logo.
— Porque essa pressa? - cocei o nariz.
— Porque enquanto você estiver com Alexandre, eu vou adiantar nossa viagem.
— Viagem? - eu quase gritei. Minha voz saiu fina e surpresa.
— É, Ana - ele riu — Tive uma ótima ideia. Mandei mensagem para Otávio ainda essa madrugada.
— Credo, coitado.
— Que nada, eu pago muito bem a ele pra fazer as coisas que preciso.
— Tá, mas que viagem é essa?
— Vai ser surpresa - ele me empurrou de volta para o corredor — Vá logo se cuidar e volte aqui. Eu não gosto de comer sozinho e já que você mora comigo, é até feio que me deixe na cozinha sozinho.
— Você é cheio de invenções, Matteo.
— Isso é verdade - ele piscou o olho.
Voltei para o quarto e segui logo para o banheiro. Agora estou ainda mais curiosa. Mas que viagem será essa? Eu tenho que falar com Acácia antes. E eu nunca saí da cidade, para onde será que vamos?
Corri para dar uma geral na cara e voltar logo para a cozinha. Matteo continua me fazendo correr. Parece que isso não mudou entre nós. E também continua me dando ordens.
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— Para onde vamos, Matteo? - tomei um pouco do café.
— Eu disse que é surpresa, Ana. Se eu te falar não vai ser mais - ele mordeu um pão redondo de milho.
— Tá, mas se você não me disser, eu não sei o que vou precisar levar. É longe? Vou precisar colocar algo mais em uma bolsa de viagem? - gesticulei — Vou precisar usar um sapato confortável, um chapéu? Tem que me dar uma dica pelo menos. E o que vamos fazer lá?
Ele sorriu e abaixou a cabeça. Continuou a comer e ergueu o olhar para mim. Não gostei nem um pouco desse olhar. Acho que foi meio safado e cínico ao mesmo tempo. Tem algo que ele está planejando e eu não quero ser a vítima.
— Ana, você tem que transitar por lugares como esse, como se fosse algo bem simples, que você faz há muito tempo - ele gesticulava enquanto andava ao meu lado — Ninguém pode desconfiar de que você não cresceu nesse meio. Todos devem achar que você é uma expert nesse mundo de grifes.
— Isso me parece tão intimidante, Alexandre - eu disse um pouco nervosa, olhando para os lados — Não sei se consigo.
— Bobagem - ele riu e disse de modo calmo — Foi tudo bem no jantar na casa do Lucas, não foi?
— Nessa parte, foi sim.
— Não se preocupe, minha cara. Tudo se aprende, depende só da vontade da pessoa de querer evoluir. Com um pouco de conhecimento e confiança, você vai se sair maravilhosamente. Primeiro, lembre-se sempre da regra número um: atitude é tudo. Mantenha a postura, como se você pertencesse a esse ambiente - ele ergueu o queixo — Ninguém aqui sabe quem você é de verdade.
— Certo, vou tentar - endireitei os ombros e coloquei uma postura de confiança.
— Isso mesmo. Agora, quando você entrar em uma loja dessas, muito caras e conhecidas, de gente fresca - ele disse baixinho e riu — cumprimente o vendedor com um sorriso caloroso e diga algo do tipo: "Olá, estou apenas dando uma olhada, obrigada." - ele abanou a mão de leve — Isso mostra que você está interessada, mas não está com pressa de comprar.
— Certo - apertei os dedos — Entendi. E se eu quiser realmente comprar algo?
— É mais fácil ainda. Se você encontrar algo que goste, peça ajuda com discrição. Pergunte ao vendedor sobre tamanhos disponíveis ou detalhes do produto. Isso demonstra que você está interessada no que está sendo oferecido e que sabe o que quer comprar.
— Mas... E se eu não souber o preço? - parei de andar.
— Fácil também - ele segurou meu cotovelo — Se o preço não estiver visível, você pode perguntar ao vendedor de forma educada, como: "Poderia me informar o preço deste item, por favor?" - ele tocou um vestido — Evite fazer caretas ou expressões de surpresa com os preços; isso pode denunciar inexperiência. Pessoas ricas nunca mostram que ficaram surpresas com o preço.
Eu estava ouvindo com atenção e anotando em minha mente suas dicas.
— Entendi, vou lembrar disso - meu celular vibrou — Desculpe, é o Matteo.
— Tudo bem - ele mexeu os dedos para mim — Veja o que é. Eu vou falar com uma vendedora.
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