O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 2

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O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino por Hinovel

Diante de todas as adversidades, Marta não desiste. A fome a acompanha como uma sombra cruel dos últimos meses. O frio corta sua pele, os pés latejam, mas a necessidade de seguir em frente é maior do que o desespero.

O dia inteiro foi assim, batendo de porta em porta, insistindo até o limite. Quando o cheiro de café quente invade suas narinas, Marta percebe o quanto está fraca. Seus bolsos vazios são a prova de que o pouco que tinha se esvaiu em uma passagem de ônibus, comprada com a esperança de um trabalho, onde a promessa de uma vaga de atendente evaporou assim que ela cruzou a porta e ouviu o gerente dizer:

— Desculpe, a vaga já foi preenchida.

Agora, ela vaga por ruas desconhecidas, sentindo o peso da cidade grande esmagá-la a cada "não" que recebe.

— Só mais uma… só mais uma tentativa. — murmura para si mesma, tentando ignorar a dor latejante nos pés e a sensação de que está cada vez mais distante da vida que sonhou.

Marta aperta o casaco surrado contra o corpo, mas o tecido fino não é páreo para o vento gelado que a corta até os ossos. Cada passo parece um esforço sobre-humano. Seus pés doem, a barriga ronca, e a exaustão pesa sobre os seus ombros como uma âncora.

A sensação de fracasso a consome. Porta após porta, “não estamos contratando”, “volte outro dia”, “só estamos aceitando currículos online”. Palavras vazias, portas fechadas, esperanças esmagadas.

Ela junta o resto de força que ainda tem e anda mais um pouco, para diante de um pequeno café, a placa de "Aberto" balançando na porta de vidro embaçada. O cheiro de pão e café quente atravessa a fresta, e seu estômago reage com um rosnado audível. Marta respira fundo e empurra a porta, o sininho acima tilinta avisando a sua presença.

O dono do café, um homem de meia-idade com avental sujo de farinha, levanta os olhos cansados.

— Boa noite… posso ajudar? — diz ele, enxugando as mãos em um pano.

Marta umedece os lábios, a vergonha queimando em sua garganta.

— Eu… estou procurando um emprego. Qualquer coisa. Eu lavo pratos, limpo o chão, faço o que for. Por favor, preciso trabalhar. — Sua voz falha no final, quase um sussurro.

O homem a observa por um momento longo demais. Ela sabe o que ele vê, uma garota com roupas gastas, cabelos grudados pela chuva e olhos desesperados.

— Não estou precisando de ninguém agora… — ele começa, mas então seu olhar recai sobre a mão dela, que repousa contra a barriga roncando.

— Você está com fome?

Marta aperta os lábios, mas não consegue segurar a verdade.

— Sim. — responde, quase num fio de voz.

O homem suspira, balançando a cabeça, e vai até o balcão. Pega uma bandeja com salgados do dia, esfihas, coxinhas meio murchas, empadas, que não servirão para amanhã. Coloca tudo em um pratinho de papel, junto com uma xícara de café com leite.

— Come. São os que sobraram do dia, ia jogar fora mesmo. — A voz dele é dura, mas há um brilho de compaixão em seus olhos.

Marta quase desaba de alívio.

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