O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 2

A luz dourada do fim da tarde atravessa os vitrais da Igreja de Santa Marta e se espalha em feixes coloridos pelo salão da recepção, tingindo de esperança cada rosto presente. O ar parece carregado de algo sagrado, como se a fé, a alegria e as lágrimas de todos se misturassem em uma única oração silenciosa. As velas acesas lançam um brilho cálido, e o som distante de uma música suave completa o cenário de devoção e ternura. É nesse instante que Jonathan volta a falar, erguendo-se diante da família e dos amigos, ainda com a emoção evidente na voz.

— Muitos de vocês sabem... começa ele, a voz embargada.

— Jeff e Lua nasceram juntos, mas não cresceram lado a lado nos primeiros meses de vida.

O silêncio toma o salão. Até as crianças, antes agitadas, parecem compreender a gravidade do que está sendo dito. Os olhares se voltam para o casal que, mais do que ninguém, conheceu o peso da dor e da espera.

Jonathan inspira fundo, as palavras tremendo em seus lábios.

— Foi uma dor que não desejo a ninguém. Segurar minha filha nos braços e sentir a ausência do meu filho... foi como carregar metade da alma ferida. Como se a cada amanhecer me faltasse o ar.

Um murmúrio de comoção percorre os convidados, mas todos se calam para ouvi-lo. Marta aperta a mão do marido, dando-lhe forças.

— Foram meses de angústia, continua ele, noites em claro, lágrimas que tentamos esconder um do outro, mas que nos consumiam por dentro. Buscamos Jeff com todas as nossas forças, e muitas vezes o desespero tentou roubar nossa fé. Mas... seus olhos se erguem ao alto.

— Deus nunca nos abandonou. Ele colocou anjos em nosso caminho.

Jonathan faz uma pausa. Quando volta a falar, seu tom é firme e doce ao mesmo tempo.

— E um desses anjos teve nome e coração, a Vivian.

O nome ecoa pelo salão, provocando um arrepio coletivo. Vivian, sentada entre os convidados, baixa discretamente os olhos, emocionada.

— Enquanto chorávamos pela ausência, prossegue Jonathan, ela cuidava do nosso filho com amor verdadeiro. Não era sua obrigação. Não havia laços de sangue. Mas ainda assim, ela o protegeu, o amou e o alimentou como se fosse seu. Por isso, ao olhar para o meu menino dormindo em paz hoje, eu não sinto apenas alegria. Sinto gratidão. Gratidão a Deus e gratidão a ela.

Jonathan se recompõe e busca o olhar de Don David Lambertini.

— Também não posso deixar de reconhecer aqueles que não descansaram até que nosso menino voltasse para casa. Don David Lambertini, com sua força e determinação, foi um pilar nessa busca. Ao seu lado, Ravi, Derick, Rui... tantos que arriscaram, que perderam noites, que lutaram com uma única missão, trazer Jeff de volta.

Ele ergue a mão, como se quisesse alcançar cada um.

— Vocês foram a esperança quando a dor nos consumia. Vocês foram coragem quando o medo nos paralisava. Por isso, este batizado não é apenas uma celebração de fé. É também a celebração da amizade, da lealdade e do amor que nos une.

As palavras ressoam fundo. Marta, em prantos, é envolvida por ele num gesto protetor. Mas logo, tomada por sua própria força, ela também se ergue. O silêncio retorna quando sua voz suave, mas firme, se espalha pelo salão.

— Quando nos tornamos pais, acreditamos que tudo será pleno, que segurar nossos filhos é a maior das certezas. Mas comigo... não foi assim.

Ela leva a mão ao peito. Seu olhar se perde no vazio por um instante, antes de retomar:

🌸 Uma Benção para Jeff e Lua Parte 2🌸 1

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