O CEO sem coração Um lugar romântico

LINDA
Quinta-feira,18h55PM
"— desenhe o contorno dos lábios e depois preencha a parte interior. Pode deixar o centro do lábio inferior com menos cor, para dar um degradê".
Fiz como ela mandou e ficou bom.
Me olhei mais uma vez no espelho e suspirei. — Não estou tão mal. Uma saia preta e uma t-shirt branca com uma jaqueta por cima e um tênis.
Eu só espero que ele não me leve para nenhum lugar chique.
Me perfumei e peguei a minha bolsa para ir espera-lo no saguão, senão ele vai aparecer e dizer que me atrasei.
Saí do apartamento e chamei o elevador.
Assim que ele se abriu, tome um susto e dei um passo para trás.
— Já? — perguntei ao ver o Rômulo no elevador.
— Está atrasada 5 minutos.
Eu entrei no elevador.
— E achou que vindo dizer isso na minha porta iria me fazer andar mais rápido? — apertei no botão para descer e depois virei para ele. Ele estava me medindo com os olhos.
— Achei sim. — respondeu com a cara lisa.
Estava vestido fora dos padrões. Com um suéter preto e uma calça jeans.
Eu me encostei na parede do elevador.
Será que ele vai vir de novo me beijar? Parece que isso está virando rotina dentro do elevador.
Mas ele está estranho desde que estivemos na plataforma. Com o pensamento longe, aparentemente preocupado, ficou mais de 1 hora sem implicar comigo. Parece que ele ainda está assim.
— Então… — me virei para ele, tentando quebrar o silêncio e ele olhou pra mim. — Esse jantar é para quê? Para comemorar 3 semanas que você me trancou no quarto da sua casa?
Ele deu uma rápida risada e depois ficou sério, encarando o chão, de braços cruzados.
— Podemos conversar sobre isso. Em três semanas muita coisa aconteceu, não foi?
Eu balancei a cabeça concordando.
Ele está bem sério mesmo. Vixi.
— Aconteceu alguma coisa?
— Que tipo de coisa?
— Que te deixou assim, todo sério.
— Eu sempre sou sério.
— Mas está mais do que de costume. — pontuei, olhando olá tela do elevador.
— Tem algo me incomodando sim, mas vamos conversar sobre isso no final da noite.
Aposto que vai implicar com o Vinícius. Estava demorando. Ele implica com todo cara que fala comigo.
Saímos do prédio e ele abriu a porta para eu entrar. Ele estava com outro carro. O carro de luxo que só cabe duas pessoas.
— Tá ostentando hoje, é? — brinquei.
— Está impressionada?
— Não.
Ele riu e entrou no carro. Eu também entrei e ajeitei a minha saia, deixei a bolsa no colo e coloquei o cinto.
— Quando eu entro nesse carro sempre acho que você vai sair dando cavalo de pau e depois meter carreira na estrada. Ainda bem que…
Ele deu uma rasteira no carro que eu fiquei com o coração na mão. O carro saiu girando, depois deu uma freada e depois pisou firme de novo, então ele entrou na estrada dirigindo do jeito que eu tinha falado.
Acho que ele só dirigiu devagar naquele outro dia…
Eu fiquei colada no banco, com os olhos na rua, com medo de acontecer alguma coisa, então depois ele diminuiu a velocidade pois o trânsito estava lento mais à frente.
— O que você estava falando?
— Eu me enganei.
De novo.
— Olha, se tiver querendo se matar, me avisa que eu saio do carro. Sou muito jovem.
— Eu também sou. Não estou querendo matar ninguém, sua doida. Só estou dando um pouco de emoção.
— Você já me proporcionou muita emoção hoje. Pode dirigir a 20 por hora mesmo. — tentei relaxar no banco do carro.
Ele deu um leve sorriso, olhando para a rua.
Não demorou muito para chegar ao restaurante. Era um lugar mais tranquilo e mais aberto. Saímos do carro e ele segurou a minha mão, depois fomos para dentro do restaurante.
me acostumei a andar de mãos dadas com ele. Já fizemos coisas mais íntimas.
O lugar tinha um clima todo romântico. Todas as mesas eram iluminadas a luz de velas e tinha muitos casais. Eu me senti até estranha. Principalmente pelo fato de ser o Rômulo me trazendo para um lugar como esse. Deve ser parar dar close para essas coisas de fofoca.
numa mesa para dois, frente a frente, mas o ambiente tornou o momento diferente dos outros em que estivemos nas mesmas posições. Eu olhei para fora, pela janela de vidro. Dava de frente para um lado e tinha um iate passando. Ele era bem iluminado e tinha algumas pessoas dançando
Então você se lembrou que são 3 semanas… —
Claro. Toda quinta. Eu e o tufo de cabelo que falta em
— ele suspirou e o garçom chegou com os cardápios. Eu peguei um e ele outro.
O que dizia? — perguntei, olhando
Vamos falar de outra
Tá bom. — eu balancei a
E aquele seu amigo. Parece que são muito próximos.
que esse era o assunto principal do final
comecemos desde criança. Ele morava perto da minha casa. Nós brincávamos juntos.
Vocês ficaram muito felizes em se rever…
Faz muito tempo que não nos vemos. Nós éramos como irmãos, melhores amigos. Por causa disso as meninas não gostavam muito de mim. A garota que contou que eu nunca tive um namorado, ela gostava do Vinícius e tinha ciúmes da gente. — contei com um leve sorriso. — Na época foi tenso, mas hoje até que é
não duvido de ele não ter pensado nessa ideia.
olhei para ele. — Bom… — eu não quis mentir. Já que ele tocou no assunto. — Antes de ir embora ele disse que gostava de mim. — olhei para
Acho que isso não mudou.
— Já faz tempo.