O CEO sem coração romance Capítulo 136

LINDA

O advogado veio falar comigo, quando eu sair da delegacia. Eu já tinha assinado os papéis sobre o meu depoimento e eu não sabia o que fazer. O Rômulo estava lá dentro. Espero que ele não tenha falado nada que o comprometa.

O advogado falou comigo, não era o que conheço. Nunca o vi na minha vida. Não o conhecia, mas agora ele é meu aliado.

— Linda, qual foi a acusação?

— Falaram que o Rômulo me agrediu e me manteve presa na casa dele por dois dias, sob ameaças de morte. — responde um pouco assustada por ter que falar sobre isso. É horrível para mim relembrar o que aconteceu.

— E isso realmente aconteceu?

Eu olhei para trás, para ver se não tinha nenhum policial por perto.

Como eu vou admitir isso?

Será que esse advogado é de confiança mesmo?

Eu não tinha coragem de falar.

— Existe alguma prova? Qualquer coisa que possa ser usada para comprovar que ele cometeu os atos com você?

— Não. Não. Acho que não. Não tem, não. — eu falei toda confusa.

— Então podemos ficar tranquilos quanto a isso. Se você não registrou a queixa contra ele e também não há provas, ele não pode ir para uma prisão preventiva por causa do abuso, nem prisão por cárcere privado. Se não há provas não tem como. Você pode ficar tranquila.

— Sério? — eu fiquei com uma pontada de esperança.

— Sim.

— Mas se tivesse provas de que ele cometeu essas coisas que estão o acusando, ele poderia ir preso? — eu queria entender.

— Bom. A pena para cárcere privado no Brasil é de 2 a 5 anos, já a prisão preventiva por conta de agressão a mulher é de dois meses e meio.

Nossa. Eu não imagino o Rômulo ficando dois meses e meio preso.

— Eu não falei nada pra polícia. Eu neguei. — expliquei para ele.

— Então acho que no momento é melhor você ir para casa. Se você quiser eu posso te dar uma carona.

— Eu não posso ir com o Rômulo, não? — fiquei apreensiva por me separar dele.

— Não. É melhor vocês ficarem afastados no momento. Não é só a confusão na delegacia. As pessoas estão falando. O RP da empresa já ligou e falou que é melhor cuidar para que não tenham mais o que falar. É provável até que já tenha paparazzis por aqui, fotografando a nossa conversa, já que eles estão por todo canto e a notícia está correndo, então eu posso te levar para casa e depois nós resolvemos aos poucos.

— Tá bom.

Eu fui com ele e fiz várias perguntas durante a viagem, mas quando cheguei em casa eu continuava aflita.

Quando eu cheguei em casa, fiquei pensando no que poderia acontecer com o Rômulo. Mandei um áudio para ele.

[ Rômulo, você está bem? Onde você está? Você não vai ficar preso não, não é?]

Ele não viu a mensagem. Fazia tempo que ele não entrava no aplicativo, mas de uma hora, então resolvi ligar.

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