O CEO sem coração As promessas do casamento

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RÔMULO

Fomos para a minha casa.

Eu estava com as costas estalando por causa daquela maca do hospital, mas pelo menos a minha dor de cabeça passou.

Quando chegamos em casa, eu fui direto para o meu quarto e a Linda ficou falando com o Sérgio.

Deitei para ver se minha cabeça não voltava a doer e também para esperar a reação passar.

Me olhei no espero antes disso e até que não estava tão mal. Meu quarto estava bem escuro, pois fechei todas as cortinas antes de deitar, então fiquei ali, agarrado a um travesseiro.

— A cozinheira vai preparar um prato pra você. Tá bom? — Linda falou de repente.

— Tá.

— Trouxe água.

— Deixa aí na mesa.

— Tá bom. Você quer mais alguma coisa?

— Por agora não. — sussurrei.

— Tá bom.

Relaxei para tirar mais um cochilo.

Um tempo depois…

— Rômulo. — uma voz me tirou do inconsciente. — Rômulo, o seu almoço.

Era ela.

— Deixa aí.

— Não. Vai comer agora. Já são 16 horas e você não almoçou!

Me virei pra ela e vi o Sérgio lá atrás, rindo de braços cruzados.

Ela estava com o prato na mão. — Vai, antes que esfrie!

Mandona.

— Arg! — sentei na cama. — Eu não tô com fome. Só quero descansar.

— E morrer de fome enquanto dorme? — perguntou enquanto levava o prato para uma mesa que tem no meu quarto. Fui até a mesa. De vez em nunca eu tomo café nela.

— Não é pra tanto. Quem tem fome nem consegue dormir.

— Você nunca passou fome. — ela puxou a cadeira.

Será que ela já?

— Quer mais alguma coisa? — perguntou ela, encostada na mesa.

— Por enquanto não.

— Então está liberado, Sérgio. — ela avisou a ele.

Comecei a comer e a fome me apareceu.

— Seu rosto melhorou. Acho que você não vai morrer por causa disso.

Eu ri. — Você ainda está pensando na minha morte?

— Não. — ela andou pelo quarto. — O seu quarto é quase do tamanho da minha casa.

— Sua casa é o apartamento agora. Não é tão pequeno.

— Você vai me dar mesmo? — ela se virou para mim.

— Sim. Não está no contrato?

— Mas é muito dinheiro. Eu não quero passar por golpista.

— Ah, meu Deus! Não me diz que você ouviu o que a Ana Cláudia falou… — revirei os olhos.

— É muito dinheiro. Eu nunca teria condições de comprar um apartamento daqueles. Também não gosto de mentir. Já basta esse namoro… se me perguntarem da casa eu vou contar que foi você e qualquer um acreditaria que te dei o golpe. Ainda mais ganhar uma casa depois que terminou o namoro…

Terminar…

— Esquece isso. Deixa pra pensar quando estiver no tempo. Ainda falta muito para esse contrato acabar. — continuei o meu almoço.

Ela parou de falar, mas ficou andando pelo meu quarto.

Assim que terminei de comer eu levantei e resolvi voltar para a cama.

— Você está se sentindo bem? — ela perguntou.

— Tô melhor. — me ajeitei na cama.

Acho que vou lá no apartamento trocar de roupa… tomar um banho.

Mas você volta? — a encarei.

Ela ficou confusa. — Você precisa de mim?

Venha. E se eu tiver uma recaída?

— Afs, não fala isso não! — ela pôs a mão no coração. — Eu vou e volto então. — saiu do quarto apressada.

Eu fiquei rindo baixinho.

ela assustada é só falar em morte.

[•••]

Cheiro bom. Acordei com um cheiro bom no quarto.

Rômulo. O remédio. — Linda falou, para me matar do coração desta vez.

Que horas você chegou? — me virei pra ela. Bem que reconheci o perfume. Ela estava usando um vestido justo, que não era tão justo. Na cor preta.

— Agora.

— Já veio de luto?

Afs, Rômulo! Não fala isso não! — ela pôs a mão no coração de novo e desta vez eu ri na frente dela. Não teve como esconder. — Isso não

Cadê o remédio? — sentei na cama.

Ela tirou da caixa e me entregou junto com um copo

— É… a gente já cumpriu todo o juramento do casamento. — comentei tomando o comprimido.

— Como assim?

Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza… — tomei a água toda.

Qual foi a alegria? — indagou com uma expressão engraçada.

Eu suspirei e fiquei calado para não dizer que iria mostrar a ela.

Por quanto tempo eu dormi? — levantei e fui ao banheiro.

— Sei lá.

Meu rosto voltou ao normal. — me olhei no espelho. Ainda bem. Maldita alergia.

e eu olhei pra ela.

— O que foi?

Nada. — ela se virou para a janela ainda rindo

Rindo de mim. Só pode.

estava ali para escovar os meus dentes e passei algo no rosto para melhorar a pele. Ela estava um pouco ressecada.

saí, a Linda estava na janela, com o vento batendo nos cabelos.

— Gostou do meu quarto?

uma bela vista da cidade. Por que você não mora num

de condomínio. — fui até o meu closet e peguei uma roupa na intenção de tomar um banho. E eu só pensei nisto depois de lavar o

Eu vou lá para a sala. Depois venho ver se você precisa de algo. — saiu do

nunca pensei que ela se preocuparia comigo desse jeito. Ela está simplesmente em estado de alerta. O tempo inteiro perguntando como me sinto e se preciso de algo.

o banheiro e comecei o meu banho.

ela voltou então significa que vai dormir aqui.

sorri pensando na outra

ela estiver no meu quarto e trancar a porta vamos ficar os dois presos juntos.

dia que se passa estou mais parecido com o sem noção do meu irmão, me emocionando com tudo.

que terminei o banho, passei um perfume e antitranspirante, penteei meus cabelos e coloquei minha roupa de dormir.

fome. Talvez não coma mais nada hoje a

tempo no meu quarto. Eu pensei em ir lá na sala, mas já que a Linda está com esse surto de bondade eu sei que ela vem me ver para saber como estou.

Eu já me sinto ótimo.