O CEO sem coração romance Capítulo 92

RÔMULO

Fomos para a minha casa.

Eu estava com as costas estalando por causa daquela maca do hospital, mas pelo menos a minha dor de cabeça passou.

Quando chegamos em casa, eu fui direto para o meu quarto e a Linda ficou falando com o Sérgio.

Deitei para ver se minha cabeça não voltava a doer e também para esperar a reação passar.

Me olhei no espero antes disso e até que não estava tão mal. Meu quarto estava bem escuro, pois fechei todas as cortinas antes de deitar, então fiquei ali, agarrado a um travesseiro.

— A cozinheira vai preparar um prato pra você. Tá bom? — Linda falou de repente.

— Tá.

— Trouxe água.

— Deixa aí na mesa.

— Tá bom. Você quer mais alguma coisa?

— Por agora não. — sussurrei.

— Tá bom.

Relaxei para tirar mais um cochilo.

Um tempo depois…

— Rômulo. — uma voz me tirou do inconsciente. — Rômulo, o seu almoço.

Era ela.

— Deixa aí.

— Não. Vai comer agora. Já são 16 horas e você não almoçou!

Me virei pra ela e vi o Sérgio lá atrás, rindo de braços cruzados.

Ela estava com o prato na mão. — Vai, antes que esfrie!

Mandona.

— Arg! — sentei na cama. — Eu não tô com fome. Só quero descansar.

— E morrer de fome enquanto dorme? — perguntou enquanto levava o prato para uma mesa que tem no meu quarto. Fui até a mesa. De vez em nunca eu tomo café nela.

— Não é pra tanto. Quem tem fome nem consegue dormir.

— Você nunca passou fome. — ela puxou a cadeira.

Será que ela já?

— Quer mais alguma coisa? — perguntou ela, encostada na mesa.

— Por enquanto não.

— Então está liberado, Sérgio. — ela avisou a ele.

Comecei a comer e a fome me apareceu.

— Seu rosto melhorou. Acho que você não vai morrer por causa disso.

Eu ri. — Você ainda está pensando na minha morte?

— Não. — ela andou pelo quarto. — O seu quarto é quase do tamanho da minha casa.

— Sua casa é o apartamento agora. Não é tão pequeno.

— Você vai me dar mesmo? — ela se virou para mim.

— Sim. Não está no contrato?

— Mas é muito dinheiro. Eu não quero passar por golpista.

— Ah, meu Deus! Não me diz que você ouviu o que a Ana Cláudia falou… — revirei os olhos.

— É muito dinheiro. Eu nunca teria condições de comprar um apartamento daqueles. Também não gosto de mentir. Já basta esse namoro… se me perguntarem da casa eu vou contar que foi você e qualquer um acreditaria que te dei o golpe. Ainda mais ganhar uma casa depois que terminou o namoro…

Terminar…

— Esquece isso. Deixa pra pensar quando estiver no tempo. Ainda falta muito para esse contrato acabar. — continuei o meu almoço.

Ela parou de falar, mas ficou andando pelo meu quarto.

Assim que terminei de comer eu levantei e resolvi voltar para a cama.

— Você está se sentindo bem? — ela perguntou.

— Tô melhor. — me ajeitei na cama.

— Acho que vou lá no apartamento trocar de roupa… tomar um banho.

— Mas você volta? — a encarei.

Ela ficou confusa. — Você precisa de mim?

— Venha. E se eu tiver uma recaída?

— Afs, não fala isso não! — ela pôs a mão no coração. — Eu vou e volto então. — saiu do quarto apressada.

Eu fiquei rindo baixinho.

Pra deixar ela assustada é só falar em morte.

[•••]

Cheiro bom. Acordei com um cheiro bom no quarto.

— Rômulo. O remédio. — Linda falou, para me matar do coração desta vez.

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