O CEO sem coração romance Capítulo 103

LINDA

Cheguei em casa e somente depois que fechei a porta, desabei em lágrimas. Eu não esperava isso para esta noite. Não esperava que abriríamos o jogo mais uma vez, porém com um tom diferente. Não esperava ouvir aquelas palavras do Rômulo.

Ele sempre deixou bem claro que não se arrependia do que fez comigo, que pouco se importava com isso. Depois de um tempo ele começou a me pedir para deixar para lá, para deixar no passado, para esquecer, mas tudo isso não significa pedir perdão.

Nem tampouco pedir perdão significa que a pessoa está realmente arrependida.

Mas eu sinto dentro de mim, eu senti nos olhos dele e naquele seu tom de voz (o qual só me lembro de ter ouvido quando ele estava no hospital), eu acredito que ele esteja arrependido.

E o que eu devo fazer quando a ferida ainda está aberta?

Como posso perdoá-lo se as cicatrizes ainda estão se curando? Na verdade, acho que elas começam a se curar quando quem machucou procura se redimir, se arrepende e pede o perdão. Ou seja, a partir de agora as feridas podem se curar.

Eu chorava por me lembrar de tudo o que passei. Me dói saber que passei por tudo aquilo. Está marcado na minha pele e na minha memória.

O que mais me choca no pedido de perdão do Rômulo é que eu não consigo mais enxergá-lo como aquele homem. Ele está tão diferente e não digo isso porque talvez eu sinta algo por ele depois desse envolvimento que surgiu entre nós, mas porque realmente ele não se parece nem age como aquele monstro.

Talvez ele tenha mudado. Mas mudou quanto? Será que ele mudou por completo? Ou será que eu sou um acontecimento isolado? Será que a única coisa ruim que ele se arrependeu foi de ter me machucado? Ou será que ele pretende se arrepender de outras coisas também?

Eu já sei o que dizer a ele quando tocarmos novamente nesse assunto.

Enxuguei minhas lágrimas e fui trocar de roupa para depois dormir.

[•••]

SEXTA-FEIRA

Não demorei me arrumando desta vez.

Quando cheguei na frente do prédio, o carro dele ainda não havia chegado. Esperei mais ou menos 5 minutos até que ele chegasse.

Assim que parou, eu fui até o carro, abri a porta e entrei.

Não consegui olhar o Rômulo nos olhos, mas percebi que ele me encarava. — Bom dia. — Eu falei baixinho, coloquei o cinto e fiquei de cabeça baixa.

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