O CEO sem coração romance Capítulo 106

LINDA

Não esperava que eles iriam aparecer aqui. Muito menos o Rômulo, que é todo chique.

Eu não entendo a maturidade desses caras. Fazendo competição de surra. Uma loucura. Rômulo ficou com um corte no rosto, Rodrigo com o lado esquerdo do queixo roxo, Gustavo com um olho roxo e o Caleb com os lábios quebrados.

Uma acabação.

Nós almoçamos e eu fiquei com as minhas vizinhas, tomando uma cerveja.

A filha mais nova de uma delas estava com a gente também. A que vive com as redes sociais abertas.

— As meninas parecem que nunca viram tanto homem bonito junto. Mas também eu aposto que nunca viram mesmo. — ela comentava e nós ficamos rindo.

— O seu namorado é bem sério, não é? — minha outra vizinha comentou.

— Sim. Ele é sempre assim. — eu confirmei e depois olhei para a mesa deles e o Rômulo estava tomando sua cerveja, conversando com o Gustavo, todo sério.

— Olha lá, Linda. — a menina, Maria, me cutucou. — As bonitas já estão se chegando. Daqui a pouco elas vão dançar bem do lado da mesa deles. Você vai ver.

— E o que elas querem com isso?

— Chamar a atenção deles. Elas não aguentam ver gente de fora que já vai pra cima.

Era um grupo com 5 meninas. Todas com o mesmo estilo de roupa. Shortinho curto, cropped ou body, gargantilha e tênis branco. Os cabelos de prancha e a mesma cor de batom em todas. Vermelho.

Elas estavam se achando as rainhas da cocada preta.

— E olha quem chegou pra completar a festa. — ela sacudiu o meu braço e eu olhei para a porta. Era a Maria Isabel. Basicamente a minha pedra no sapato versão pobre. Foi ela quem espalhou que eu nunca tinha beijado ninguém.

Ela chegou com os cabelos de prancha também, que vão até a bunda. E ela se acha a tal com essa bunda. Só porque é grande. Um piercing no umbigo e argolas nas orelhas. Já pegou a cerveja da mão de um e veio se juntar às outras que a Maria disse que logo estariam dançando na frente da mesa dos meninos.

— Ela vem sempre aqui, é? — perguntei, não muito animada.

— Vem. Todo domingo.

Uma banda local começou a tocar e foi aí que elas se animaram. Começaram a dançar tomando todo o espaço do lugar. Rodando e rebolando as bundas. As bailarinas do Washington Brasileiro…

Já estava anoitecendo.

Os rapazes já tinham bebido muito. Nós bebemos um pouco, mas estávamos nos divertindo mais com as conversas.

Depois que a Maria Isabel chegou, eu e a Maria da minha vizinha ficamos só observando ela e seu grupinho. Bastou o tocador cantar umas 3 músicas e elas pararam na frente da mesa dos meninos. A cara de felicidade do Rodrigo era nítida. Ele e o Gustavo estavam adorando isso.

Então uma delas teve a audácia de perguntar. — Vocês não dançam não?

— Claro! — o Gustavo falou animado e levantou. Rodrigo fez o mesmo e o Caleb também.

Caras de pau.

Eles chamaram as meninas para dançar. O Gustavo duro feito uma engrenagem enferrujada. Eu ri e não foi pouco! O Rodrigo tem molejo, o Caleb também.

— Agora o alvo delas é o seu namorado. — Maria da vizinha comentou comigo.

A Maria Isabel já estava de olho nele.

Tem que ter muita autoestima para ir falar com ele, porque se eu não o conhecesse nunca iria falar com ele num momento assim. Ele é sério e o que eu imaginaria ouvir seria um fora daqueles.

As senhoras que estavam na mesa com a gente foram dançar com seus coroas e sobrou somente eu e a Maria da vizinha.

— Acho que você devia ir lá sentar com seu namorado. Assim ninguém chega perto. Tem que marcar território, Linda. Quem tem um namorado desses. Senão as meninas vão pra cima.

Eu dei risadas.

Um rapaz chegou e a chamou para dançar. Acabei ficando sozinha e resolvi fazer o que ela sugeriu.

A Maria Isabel logo me notou e veio falar comigo.

— Olha só, se não é ela que saiu de casa! Que milagre é esse? — ela perguntou olhando para a minha camiseta. — Ata. Anda com o grupo das velhas. Por que não anda com a gente?

— Tava com saudades de mim, Maria Isabel?

— Tava. Não quer vir beber com a gente não?

Aquela falsa simpatia.

— Não. Eu vou sentar ali com o meu namorado. Com licença. — eu pedi a elas e passei pelo meio do grupo, então cheguei na mesa dos meninos e o Rômulo estava focado em sua cerveja. Puxei a cadeira do Rodrigo para perto dele e me sentei virada para ele e de costas para as meninas. — Vocês não estão exagerando na bebida não? Quem vai dirigir? — perguntei apoiando o cotovelo na mesa e minha cabeça no punho.

Ele virou o rosto pra mim e em seguida me deu um beijo nos lábios, depois me encarou tranquilo.

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