O CEO sem coração romance Capítulo 31

RÔMULO

O que fez ela mudar de ideia tão rápido?

— Tudo bem, Sr.? — meu advogado perguntou. — Está pálido.

— Eu? Pálido? — toquei as minhas bochechas. — Não. Não. Eu só acabei de receber uma ligação da garota. Ela aceitou sustentar a história que está rolando por aí, então preciso que arranje um apartamento para ela. De preferência perto da minha casa. Também quero que coloque ela pra trabalhar com o Cristiano.

— Com o Cristiano? — ele esticou o pescoço para frente. — Tem certeza, Sr? Não é melhor falar com ele antes?

— Faça o que eu disse.

Cristiano não tem vontade própria. Quem manda nele sou eu.

— Está bem. Eu farei tudo. — ele levantou.

— Eu preciso de tudo pra hoje. Mais tardar a noite. Essa história do relacionamento tá ficando cada vez maior e eles logo vão cavar mais coisas.

— Sim, senhor. — ele saiu e eu voltei ao meu computador.

Como assim ela aceitou?

Eu dei tantos motivos naquela conversa e ela ainda disse não. Deve ter refletido que eu estava certo nessa história.

Não acredito que tô fazendo isso. Não é nada do que esperam de mim.

Eu não fui nem um pouco com a cara daquela garota e na semana passada ela já me fez tanta raiva...

Já achei uma humilhação ter que ir implorar pra ela fingir ser minha namorada.

Mas só fingindo mesmo. Eu não aturaria uma teimosa daquela nem por um dia. Não tem como se apaixonar por alguém como ela. Cabeça dura demais. Parece que ela vê o perigo e mesmo assim não tem medo.

Tem que ir ao extremo se quiser faze-la estremecer.

Fiquei trabalhando por mais uma hora ali na empresa até que o Cristiano entrou na minha sala.

— Linda? — eu ri encarando o grampeador.

— É. E bote linda nisso. A mulher não usa maquiagem e é daquele jeito. Imagina se usar? As amigas da Maria Clara ficaram morrendo de inveja. Você não dá chance pra ninguém.

— Esse relacionamento não estava nos meus planos.

— É assim mesmo. Essas coisas acontecem quando a gente menos espera. Olha só eu e a Maria Clara?

— O que aconteceu? Vocês dois se esbarram? — fiquei curioso.

— Não. A gente tava no mesmo iate e ela tava tirando todos de biquíni e pediu pra eu fotografar. Então... Rolou.

Eu ri discretamente.

— Bem natural.

Eu nem conto a minha história.