O CEO sem coração romance Capítulo 32

LINDA

Só vou aceitar isso por causa da Ana Cláudia.

Como ela pôde falar essas coisas sobre mim ?

Ela desdenhou de um jeito que acho que as pessoas estão pensando muito diferente do que deveria.

Eu resolvi ler os comentários. Sei que isso é um grande erro.

Nossa, eu fiquei com a autoestima no lixo. As pessoas estavam deixando comentários horríveis sobre mim e ao que parece tem gente que apoia que Ana Cláudia fique com ele.

Tá bom.

Isso foi a coisa mais baixa em termos de exposição da minha imagem pelo qual já passei. Uma grande sacanagem.

A vontade que eu tenho é de comentar. Eu quase fiz isso, mas preferi me preservar. O meu Instagram já é super difícil de encontrar, se eu me revelar todo mundo mais me procurar para me atacar diretamente.

Eu larguei o celular de lado e fui arrumar a minha dispensa.

Tinha caixa pra tudo quando é canto. Eu vim de Uber pois as compras eram muitas. Só de pensar que estou de aluguel pago e armário cheio eu já fico mais tranquila. Posso fazer meus bicos e ir juntando uma graninha para o futuro.

Espero mesmo que essa coisa de namoro com o monstro não interfira na minha vida.

Eu só quero mostrar para a Ana Cláudia que tudo o que ela falou está errado. Que eu posso sim me relacionar com alguém que seja de uma classe social diferente da minha. Mesmo que isso seja só uma farsa.

Quando estava empilhando tudo no armário, meu celular tocou.

Já era de noite e eu aguardava a resposta do selvagem sem coração.

E era ele quem me ligava.

— Alô?

— O meu motorista vai te pegar aí.

— Quando? — fiquei nervosa.

— Agora.

— Agora? Mas eu nem arrumei as minhas coisas.

— Você não vai precisar das suas coisas se vai agir como minha parceira. Só pegue sua bolsa mesmo. Ele vai te levar para um apartamento. Lá tem tudo.

— Tá bom.

Então ele pensou em tudo mesmo. E resolveu bem rápido também!

Ele desligou.

Eu não vou deixar tudo não!

Não estou louca.

Terminei que guardar tudo no armário e corri para o meu quarto. Coloquei tudo o que pude dentro de uma mochila. Cremes, roupa íntima, roupa de dormir, casaco. Tudo o que coube eu pus ali.

Então eu esperei ele chegar com o carregador na mão e a porta da casa fechada.

Chamei a minha vizinha e contei o que aconteceria. — Eu vou precisar ficar uns dias fora por causa dessa história com o Rômulo. Mas não se preocupe. Eu não vou pra casa dele e também não vou ficar em perigo. Vou para um lugar onde esses paparazzi não vão me preocupar. Qualquer coisa a senhora me liga e eu te ligo também. Ok?

— Tá bom, minha filha. — ela me deu um abraço. — Se cuida. Eu não quero saber de notícias ruins.

— Está bem.

Logo em seguida o carro chegou e então eu perguntei quem era e ele disse que era o motorista do Rômulo, então eu fui com ele.

Não demorou para chegar no condomínio. Mas eu conhecia aquele caminho. Era o caminho da casa dele.

Ele me colocou mesmo para morar perto. Espero que seja um lugar realmente seguro.

Enquanto no local e o motorista me deu a chave. — Apartamento 22.

— Tá bom. — peguei a chave e saí do carro. — Obrigada pela carona.

Olhei para cima. O prédio tinha uns 10 andares.

Fiquei segurando o roupão para não mostrar o decote dos peitos e peguei a bolsa com a outra mão.

Dei uma olhada e era o mesmo vestido que ele me deu pra vestir quando estava na casa dele.

— Não preciso vestir isso agora. Eu não vou sair pra canto nenhum.

— Achei que queria comer. — ele comentou menos empolgado do que eu com essa história.

— Eu como aqui mesmo.

— Então eu vou pedir. — ele pegou o celular.

— Não vai perguntar o que eu quero comer? — estranhei.

— Não. Você vai comer o que eu pedir.

Que filho da...

Essa coisa toda vai ser uma merda mesmo.

Eu fui para o quarto vestir uma roupa. — Escuta, você não vai ficar entrando toda vez assim não, né? — tranquei a porta do quarto e comecei a me vestir.

— Eu te liguei. Você não atendeu. Eu tinha a chave, então entrei.

— Isso é invasão de privacidade.

— A nossa privacidade já foi invadida.

— Não existe "nós".

— Eu também não gosto disso, mas vamos fingir que existe. Ao menos para os outros.

— Não tem mais ninguém aqui. Não precisa falar. — passei meus cremes.

— Ok. Como quiser.

Não acredito que vou ter que vê-lo com frequência...